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estrela de alta massa, podemos afirmar que cada estrela vive gerando e<br />

liberando em seu interior a energia que permite que a estrela se sustente<br />

contra a gravidade. Sem sua produção de energia por meio da fusão<br />

termonuclear, cada bola de gás estelar simplesmente colapsaria sob seu<br />

próprio peso. Esse destino pesa sobre as estrelas que esgotam seus suprimentos<br />

de núcleos de hidrogênio (prótons) em seus interiores. Como já observado,<br />

depois de converter seu hidrogênio em hélio, o núcleo de uma estrela<br />

massiva fundirá a seguir o hélio gerando carbono, depois carbono para<br />

oxigênio, oxigênio para neônio, e assim por diante até o ferro. Fundir<br />

sucessivamente essa sequência de elementos cada vez mais pesados requer<br />

temperaturas sucessivamente mais altas para que os núcleos superem sua<br />

repulsão natural. Felizmente, tudo isso acontece por si mesmo, porque ao<br />

final de cada estágio intermediário, quando a fonte de energia da estrela<br />

seca temporariamente, as regiões internas se contraem, a temperatura se<br />

eleva, e o próximo caminho da fusão entra em cena. Como nada dura para<br />

sempre, a estrela acaba se confrontando com um enorme problema: a fusão<br />

do ferro não libera energia, mas pelo contrário a absorve. Isso traz más<br />

notícias para a estrela, que já não pode se sustentar contra a gravidade<br />

realizando o truque mágico de tirar um novo processo de liberação de<br />

energia de seu chapéu da fusão nuclear. Nesse ponto, a estrela de repente<br />

entra em colapso, forçando sua temperatura interna a se elevar tão<br />

rapidamente que uma explosão gigantesca se segue, com a estrela explodindo<br />

suas entranhas em pedaços.<br />

Durante cada explosão, a disponibilidade de nêutrons, prótons e energia<br />

permite que a supernova crie elementos de muitas maneiras diferentes. Em<br />

seu artigo de 1957, Burbidge, Burbidge, Fowler e Hoyle combinaram (1) os<br />

bem testados princípios da mecânica quântica; (2) a física das explosões; (3)<br />

as mais recentes seções de choque de colisão; (4) os processos variados que<br />

transmutam os elementos uns nos outros; e (5) o essencial da teoria<br />

evolutiva estelar, para envolver definitivamente as explosões das supernovas<br />

como a fonte primária de todos os elementos mais pesados que o hidrogênio e<br />

o hélio no universo.<br />

Com as estrelas de alta massa como fonte de elementos pesados, e as<br />

supernovas como evidência da distribuição dos elementos, os quatro<br />

fabulosos adquiriram grátis a solução para outro problema: quando se forjam<br />

elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio nos núcleos estelares, não<br />

se faz nenhum bem ao resto do universo a não ser que de algum modo esses<br />

elementos sejam lançados no espaço interestelar, tornando-os disponíveis<br />

para formar mundos com marsupiais. Burbidge, Burbidge, Fowler e Hoyle<br />

unificaram nossa compreensão da fusão nuclear em estrelas com a produção<br />

de elementos visíveis por todo o universo. Suas conclusões têm sobrevivido a<br />

décadas de análise cética, assim, sua publicação é um momento decisivo em<br />

nosso conhecimento de como o universo funciona.<br />

Sim, a Terra e toda a sua vida provêm da poeira das estrelas. Não, não<br />

resolvemos todas as nossas questões químicas cósmicas. Um mistério

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