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conhecidos. Um novo jardim tornara-se visível dentro do sistema solar,<br />

consistindo em pequenos e enrugados nacos de rocha e metal. Revelou-se<br />

que Ceres e Palas não eram planetas, mas asteroides, objetos de apenas<br />

algumas centenas de quilômetros de extensão. Eles vivem no cinturão de<br />

asteroides, ora conhecido por conter milhões de objetos, dentre os quais os<br />

astrônomos já catalogaram e nomearam mais de quinze mil – bem mais que o<br />

número de elementos na tabela periódica.<br />

O metal mercúrio, que assume a forma de um líquido viscoso à<br />

temperatura ambiente, deve seu nome ao veloz deus mensageiro romano.<br />

Assim também o planeta Mercúrio, o mais rápido de todos os planetas do<br />

sistema solar.<br />

O nome de tório vem de Thor, o deus escandinavo sempre a brandir o<br />

martelo e o trovão, que corresponde a Júpiter brandindo os raios na mitologia<br />

romana. Por Júpiter, as imagens recentes das regiões polares de Júpiter,<br />

captadas pelo Telescópio Espacial Hubble, revelam extensas descargas<br />

elétricas bem dentro de suas turbulentas camadas de nuvens.<br />

Saturno, o planeta favorito da maioria das pessoas, não tem nenhum<br />

elemento com seu nome, mas Urano, Netuno e Plutão estão ilustremente<br />

representados. O elemento urânio, descoberto em 1789, recebeu o nome<br />

em honra do planeta de William Herschel, descoberto por esse astrônomo<br />

apenas oito anos antes. Todos os isótopos do urânio são instáveis,<br />

desintegrando-se espontânea mas lentamente em elementos mais leves, um<br />

processo acompanhado por liberação de energia. Se for possível dar um jeito<br />

de acelerar o ritmo de desintegração com uma “reação em cadeia” entre os<br />

núcleos do urânio, obtém-se a liberação de energia explosiva requerida para<br />

uma bomba. Em 1945, os Estados Unidos explodiram a primeira bomba de<br />

urânio (familiarmente chamada de bomba atômica ou bomba A) a ser usada<br />

na guerra, incinerando a cidade japonesa de Hiroshima. Com noventa e dois<br />

prótons comprimidos em cada núcleo, o urânio ganha o prêmio de ser o<br />

maior e mais pesado elemento a ocorrer naturalmente, embora muitos<br />

vestígios de elementos ainda maiores e mais pesados apareçam em lugares<br />

onde o minério de urânio é explorado.<br />

Se Urano merecia um elemento, Netuno também fazia jus a essa honra.<br />

Ao contrário do urânio, entretanto, que foi identificado logo depois de seu<br />

planeta, o netúnio foi descoberto em 1940 no acelerador de partículas<br />

chamado Berkeley Cyclotron, noventa e sete anos depois que o astrônomo<br />

alemão John Galle encontrou Netuno num lugar no céu previsto como sua<br />

localização mais provável pelo matemático francês Joseph Le Verrier, que<br />

estudou o comportamento orbital inexplicável de Urano e deduziu a<br />

existência de um planeta mais além. Assim como Netuno vem<br />

imediatamente depois de Urano no sistema solar, o netúnio aparece logo<br />

depois de urânio na tabela periódica dos elementos.<br />

Os físicos de partículas que trabalhavam no cíclotron de Berkeley<br />

descobriram mais de meia dúzia de elementos não encontrados na natureza,<br />

inclusive o plutônio, que segue imediatamente o netúnio na tabela

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