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nuclear cria e destrói tipos diferentes de núcleos, sempre foi um assunto<br />

confuso. As perguntas cruciais sempre incluíram as seguintes questões: como<br />

é que elementos variados se comportam, quando temperaturas e pressões<br />

variadas agem sobre eles? Os elementos se fundem ou se dividem? Com que<br />

facilidade realizam essa tarefa? Esses processos liberam nova energia cinética<br />

ou absorvem a energia cinética existente? E como é que os processos diferem<br />

para cada elemento na tabela periódica?<br />

O que a tabela periódica significa para você? Sendo como a maioria de exestudantes,<br />

você vai se lembrar de uma gigantesca tabela na parede da sua<br />

aula de ciência, turbinado com misteriosas caixas nas quais letras e símbolos<br />

crípticos murmuravam contos de laboratórios empoeirados a serem evitados<br />

por jovens almas em fase de transição. Mas para aqueles que conhecem seus<br />

segredos, essa tabela conta cem histórias da violência cósmica que deu<br />

origem a seus componentes. A tabela periódica lista todo elemento conhecido<br />

no universo, arranjada pelo crescente número de prótons nos núcleos de<br />

cada elemento. Os dois elementos mais leves são o hidrogênio, com um<br />

próton por núcleo, e o hélio, com dois. Como compreenderam os quatro<br />

autores do artigo de 1957, nas condições corretas de temperatura,<br />

densidade e pressão, uma estrela pode usar o hidrogênio e o hélio para criar<br />

todos os outros elementos da tabela periódica.<br />

Os detalhes desse processo de criação, e de outras interações que<br />

destroem núcleos em vez de criá-los, fornecem o tema de estudo para a<br />

química nuclear, que envolve o cálculo e o emprego das “seções de choque<br />

de colisão” para medir até que ponto uma partícula deve se aproximar de<br />

outra antes que seja provável a interação das duas de forma significativa. Os<br />

físicos podem calcular facilmente as seções de choque de colisão para<br />

betoneiras, ou para dois trailers unidos lado a lado descendo a rua sobre<br />

caminhões plataforma, mas eles enfrentam desafios maiores ao analisar o<br />

comportamento de diminutas e elusivas partículas subatômicas. Uma<br />

compreensão detalhada das seções de choque de colisão torna os físicos<br />

capazes de predizer as velocidades e caminhos da reação nuclear. Com<br />

frequência pequenas incertezas em suas tabelas de seções de choque de<br />

colisão induzem-nos a conclusões loucamente errôneas. Suas dificuldades se<br />

parecem com o que aconteceria se você tentasse seguir seu caminho pelo<br />

metrô de uma cidade, tendo o mapa do metrô de outra cidade como guia:<br />

sua teoria básica estaria correta, mas os detalhes poderiam matá-lo.<br />

Apesar de sua ignorância quanto a seções de choque de colisão acuradas,<br />

os cientistas, durante a primeira metade do século XX, há muito suspeitavam<br />

que, se existissem em algum lugar no universo processos nucleares exóticos,<br />

os núcleos das estrelas pareciam os lugares prováveis para encontrá-los. Em<br />

1920, o astrofísico teórico britânico Sir Arthur Eddington publicou um<br />

estudo intitulado “A constituição interna das estrelas”, em que ele<br />

argumentava que o Laboratório Cavendish na Inglaterra, o principal centro<br />

de pesquisa física nuclear e atômica, não podia ser o único lugar no universo<br />

que conseguia transformar alguns elementos em outros:

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