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mesmos tipos de compostos químicos que o carbono cria, com o silício<br />
substituindo o carbono. No final, esperamos que o carbono se mostre superior<br />
ao silício, não só porque o carbono é dez vezes mais abundante que o silício<br />
no cosmos, mas também porque o silício forma ligações químicas que são<br />
substancialmente mais fortes ou perceptivelmente mais fracas que as<br />
realizadas pelo carbono. Em particular, a resistência das ligações entre o<br />
silício e o oxigênio cria rochas duras, enquanto as moléculas complexas<br />
baseadas em silício não possuem a resistência para sobreviver a estresses<br />
ecológicos que os átomos baseados em carbono exibem. Esses fatos não<br />
impedem que os escritores de ficção científica defendam o silício, mantendo,<br />
assim, motivada a especulação exobiológica e permitindo que continuemos a<br />
conjeturar como será a primeira forma de vida verdadeiramente alienígena.<br />
Além de formar um ingrediente ativo no sal de cozinha, o sódio (onze<br />
prótons por núcleo) brilha por todo este nosso grande país (Estados Unidos)<br />
como vapor de sódio na maioria das lâmpadas de ruas municipais. Essas<br />
lâmpadas “queimam” com mais brilho, por mais tempo, e usam menos<br />
energia que as lâmpadas incandescentes convencionais. Elas existem em<br />
duas variedades: as lâmpadas de alta pressão comuns, que têm brilho<br />
amarelo-branco, e as lâmpadas de baixa pressão mais raras, que têm brilho<br />
laranja. Embora toda a poluição luminosa seja nociva à astronomia, está<br />
provado que as lâmpadas de vapor de sódio de baixa pressão infligem menos<br />
danos, porque sua contaminação, confinada numa faixa de cor muito mais<br />
estreita, pode ser facilmente reconhecida e removida dos dados do<br />
telescópio. Num modelo de cooperação cidade-telescópio, a cidade inteira de<br />
Tucson, Arizona, o grande município mais próximo do Observatório Nacional<br />
Kitt Peak, converteu todas as suas luzes de rua em lâmpadas de vapor de<br />
sódio de baixa pressão – que também vêm a ser mais eficientes e, com isso,<br />
poupam energia para a cidade.<br />
O alumínio (treze prótons por núcleo) fornece quase 10% da crosta da<br />
Terra, mas permaneceu desconhecido para os antigos e pouco familiar a<br />
nossos avós, porque ele se combina muito eficazmente com outros elementos.<br />
Seu isolamento e identificação ocorreram apenas em 1827, e o alumínio só<br />
passou a ser empregado nas casas comuns no final da década de 1960,<br />
quando as latas de estanho e a lâmina de estanho deram lugar às latas de<br />
alumínio e à lâmina de alumínio. Como o alumínio polido produz um refletor<br />
quase perfeito da luz visível, os astrônomos hoje revestem quase todos os seus<br />
espelhos do telescópio com um fino filme de átomos de alumínio.<br />
Embora tenha uma densidade 70% maior que a do alumínio, o titânio<br />
(vinte e dois prótons por núcleo) tem mais que o dobro da força do alumínio.<br />
Sua resistência e relativa leveza tornam o titânio – o nono elemento mais<br />
abundante na crosta da Terra – um favorito moderno para muitas aplicações,<br />
como componentes de aviões militares, que requerem um metal forte e leve.<br />
Na maioria das localizações cósmicas, os átomos de oxigênio são mais<br />
numerosos que o carbono. Nas estrelas, assim que cada átomo de carbono se<br />
ligou a um dos átomos de oxigênio existentes para formar moléculas de