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Ao contrário dos cometas do Cinturão de Kuiper, os cometas da nuvem de<br />

Oort podem cair como uma chuva sobre o sistema solar interno a partir de<br />

qualquer ângulo e de qualquer direção. O cometa mais brilhante das últimas<br />

três décadas, o cometa Hyakutake (1996), veio da nuvem de Oort, bem<br />

acima do plano do sistema solar, e não retornará aos nossos arredores tão<br />

cedo.<br />

Se tivéssemos olhos capazes de ver campos magnéticos, Júpiter pareceria<br />

dez vezes maior que a Lua cheia no céu. As espaçonaves que visitam Júpiter<br />

devem ser projetadas para não serem afetadas por esse poderoso magnetismo.<br />

Como o químico e físico inglês Michael Faraday descobriu em 1831, se<br />

passamos um fio através de um campo magnético, vamos gerar uma<br />

diferença de voltagem ao longo do comprimento do fio. Por essa razão,<br />

velozes sondas espaciais de metal podem ter correntes elétricas induzidas<br />

dentro delas. Essas correntes interagem com o campo magnético local de um<br />

modo que retarda o movimento da sonda espacial. Esse efeito poderia<br />

explicar a misteriosa desaceleração das duas espaçonaves Pioneer ao saírem<br />

do sistema solar. Tanto a Pioneer 10 como a Pioneer 11, lançadas durante a<br />

década de 1970, não viajaram tão longe no espaço quanto nossos modelos<br />

dinâmicos de seus movimentos previam. Depois de levar em conta os efeitos<br />

da poeira espacial encontrada pelo caminho, junto com recuos da<br />

espaçonave causados por vazamentos dos tanques de combustível, esse<br />

conceito de interação magnética – nesse caso com o campo magnético do Sol<br />

– talvez forneça a melhor explicação para a diminuição de velocidade das<br />

Pioneers.<br />

Melhores métodos de detecção e sondas espaciais de voo mais próximo<br />

têm aumentado o número de luas planetárias conhecidas com tanta rapidez<br />

que contar as luas tem se tornado quase obsoleto: elas parecem se multiplicar<br />

enquanto falamos. O que importa é descobrir se qualquer uma dessas luas é<br />

um lugar divertido para visitar ou estudar. Por alguns critérios, as luas do<br />

sistema solar são muito mais fascinantes que os planetas que elas orbitam. As<br />

duas luas de Marte, Fobos e Deimos, aparecem (não com esses nomes) no<br />

clássico Viagens de Gulliver de Jonathan Swift (1726). O problema é que essas<br />

duas pequenas luas só foram descobertas após mais de cem anos; a menos<br />

que fosse telepático, Swift estava presumivelmente fazendo uma<br />

interpolação entre a única lua da Terra e as quatro (então conhecidas) de<br />

Júpiter.<br />

A Lua da Terra tem cerca de 1/400 do diâmetro do Sol, mas está<br />

também apenas aproximadamente 1/400 tão distante de nós quanto do Sol,<br />

dando ao Sol e à Lua o mesmo tamanho no céu – uma coincidência não<br />

partilhada por nenhuma outra combinação planeta-lua no sistema solar, algo<br />

que propicia aos terrestres eclipses solares totais singularmente fotogênicos. A<br />

Terra está também sincronizada com o período de rotação da Lua, deixando<br />

o período de rotação da Lua igual a seu período de revolução ao redor da<br />

Terra. O sincronismo surgiu da ação da gravidade da Terra, que exerce maior<br />

força sobre as partes mais densas do interior da Lua e faz com que elas

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