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CAPÍTULO 17<br />

Procurando por vida na galáxia da Via Láctea<br />

Vimos que, dentro de nosso sistema solar, Marte, Europa e Titã constituem os<br />

lugares mais promissores para a descoberta de vida extraterrestre, quer em<br />

estado vivo, quer em forma fóssil. Esses três objetos apresentam de longe as<br />

melhores chances para se descobrir água ou alguma outra substância capaz<br />

de fornecer um solvente líquido, dentro do qual as moléculas podem entrar<br />

em contato para executar o ofício da vida.<br />

Como parece provável que apenas esses três objetos tenham poças ou<br />

lagoas, a maioria dos astrobiólogos limita suas esperanças de encontrar vida<br />

no sistema solar à descoberta de formas primitivas de vida num desses<br />

objetos ou em mais de um deles. Os pessimistas têm um argumento razoável,<br />

a ser sustentado ou refutado no futuro pela exploração real, de que, mesmo<br />

sendo encontradas condições adequadas para a vida em um ou mais objetos<br />

desse trio preferido, a própria vida pode se revelar inteiramente ausente. De<br />

qualquer modo, os resultados de nossas pesquisas em Marte, Europa e Titã<br />

terão um peso muito grande em julgar a prevalência da vida no cosmos. Os<br />

otimistas e os pessimistas já concordam a respeito de uma conclusão: se<br />

esperamos encontrar formas avançadas de vida – vida que consiste em<br />

criaturas maiores do que os simples organismos unicelulares que apareceram<br />

primeiro e continuam dominantes na vida terrestre – então devemos<br />

procurar muito além do sistema solar, em planetas que orbitam estrelas que<br />

não o Sol.<br />

No passado, só podíamos especular sobre a existência desses planetas.<br />

Agora que milhares de planetas extrassolares foram encontrados,<br />

basicamente semelhantes a Júpiter e Saturno, podemos predizer com<br />

bastante confiança que apenas tempo e observações mais precisas nos<br />

separam da descoberta de planetas semelhantes à Terra. Parece provável que<br />

os anos finais do século XX marquem o momento na história em que<br />

adquirimos evidências reais de uma abundância de mundos habitáveis por<br />

todo o cosmos. Assim, os dois primeiros termos na equação de Drake, que<br />

juntos medem o número de planetas orbitando estrelas que duram bilhões<br />

de anos, indicam agora valores antes altos que baixos. Os próximos dois<br />

termos, entretanto, que descrevem a probabilidade de encontrar planetas<br />

adequados para a vida, e da vida realmente entrando em existência em tais<br />

planetas, permanecem quase tão incertos quanto se mostravam antes da<br />

descoberta de planetas extrassolares. Ainda assim, nossas tentativas de<br />

estimar essa probabilidade parecem estar baseadas em terreno mais firme do<br />

que nossos números para os dois últimos termos: a probabilidade de que a<br />

vida num outro mundo vai evoluir para produzir uma civilização inteligente,<br />

e a relação entre a quantidade média de tempo que essa civilização vai

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