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O Sol perde material de sua superfície a uma taxa de 200 milhões de<br />

toneladas por segundo (o que por acaso corresponde de perto à taxa com que<br />

a água flui pela Bacia Amazônica). O Sol perde essa massa no “vento solar”,<br />

que consiste em partículas carregadas de alta energia. Viajando a velocidades<br />

de até 1.600 quilômetros por segundo, essas partículas correm pelo espaço<br />

interplanetário, onde são frequentemente desviadas por campos magnéticos<br />

planetários. Em resposta, essas partículas descem em espiral em direção aos<br />

polos magnéticos norte e sul de um planeta, colidindo com moléculas de<br />

gases atmosféricos para produzir luzes aurorais coloridas. O Telescópio<br />

Espacial Hubble tem localizado auroras perto dos polos de Saturno e Júpiter.<br />

Sobre a Terra, as auroras boreal e austral servem como lembretes<br />

intermitentes de como é delicioso ter uma atmosfera protetora.<br />

A atmosfera da Terra estende-se muito mais longe acima da superfície da<br />

Terra do que geralmente imaginamos. Os satélites na “órbita terrestre baixa”<br />

viajam tipicamente em altitudes de 100 a 400 milhas (160 a 600<br />

quilômetros) e completam uma órbita em aproximadamente 90 minutos.<br />

Embora ninguém possa respirar nessas altitudes, algumas moléculas<br />

atmosféricas permanecem – o bastante para drenar lentamente a energia<br />

orbital de satélites que de nada suspeitam. Para combater essa resistência, os<br />

satélites na baixa órbita requerem empurrões intermitentes, para que não<br />

caiam de volta na Terra e se desintegrem na atmosfera. A maneira mais<br />

sensata de definir o limite de nossa atmosfera é perguntar onde a densidade<br />

de suas moléculas de gás cai para a densidade de moléculas de gás no espaço<br />

interplanetário. Com essa definição, a atmosfera da Terra se estende<br />

milhares de milhas (quilômetros) espaço adentro. Orbitando bem acima<br />

desse nível, 23.000 milhas (36.000 quilômetros) acima da superfície da<br />

Terra (um décimo da distância até a Lua), estão os satélites de comunicações<br />

que levam as notícias e as imagens ao redor da Terra. Nessa altitude especial,<br />

um satélite descobre não só que a atmosfera da Terra é irrelevante, mas<br />

também que sua velocidade em órbita, graças à atração diminuída da Terra<br />

nessa distância maior em relação a nosso planeta, cai a ponto dele levar vinte<br />

e quatro horas para completar cada revolução ao redor da Terra. Movendo-se<br />

em órbitas que correspondem precisamente à velocidade de rotação da<br />

Terra, esses satélites parecem “pairar” acima de um único ponto sobre o<br />

Equador, um fato que os torna ideais para transmitir sinais de uma parte da<br />

superfície da Terra para outra.<br />

A lei da gravidade de Newton afirma que, embora a gravidade de um<br />

planeta se torne progressivamente mais fraca à medida que nos afastamos<br />

dele, nenhuma distância reduzirá a força da gravidade a zero, e que um<br />

objeto com uma enorme massa pode exercer forças gravitacionais<br />

significativas mesmo a grandes distâncias. O planeta Júpiter, com seu<br />

poderoso campo gravitacional, rebate para fora da área de perigo muitos<br />

cometas que do contrário causariam grandes estragos no sistema solar<br />

interior. Ao fazê-lo, Júpiter age como um escudo gravitacional para a Terra,<br />

permitindo longos períodos (50 a 100 milhões de anos) de relativa paz e

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