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Sol, os objetos no cinturão dos asteroides têm uma massa total menor que 5%<br />

da massa da Lua, que não tem ela própria mais que 1% da massa da Terra.<br />

Parece insignificante a princípio, mas os asteroides fazem sem alarde uma<br />

ameaça cósmica de longo prazo ao nosso planeta. Perturbações acumuladas<br />

de suas órbitas geram continuamente um subconjunto mortal de asteroides,<br />

composto talvez de alguns milhares, cujos caminhos alongados os levam tão<br />

perto do Sol que eles interceptam a órbita da Terra, criando a possibilidade de<br />

colisão. Um cálculo aproximado demonstra que a maioria desses asteroides<br />

que cruza com a Terra vai colidir com nosso planeta dentro de uns cem<br />

milhões de anos. Os objetos de tamanho maior que aproximadamente um<br />

quilômetro de extensão carregam energia suficiente para desestabilizar o<br />

ecossistema da Terra e expor a maioria das espécies terrestres da Terra ao<br />

risco de extinção. Isso seria ruim.<br />

Enquanto isso, os asteroides não são os únicos objetos espaciais que põem<br />

em risco a vida sobre a Terra. O astrônomo holandês Jan Oort foi o primeiro a<br />

reconhecer que dentro das profundezas frias do espaço interestelar, muito<br />

mais distante do Sol que qualquer planeta, uma legião de restos congelados<br />

dos primeiros estágios da formação do sistema solar ainda orbitam nossa<br />

estrela. Essa “nuvem de Oort” de trilhões de cometas estende-se a distâncias<br />

que ficam a meio caminho das estrelas mais próximas, sendo milhares de<br />

vezes maior que o tamanho do sistema planetário do Sol.<br />

Gerard Kuiper, o contemporâneo holandês-americano de Oort, propôs<br />

que alguns desses objetos congelados faziam parte do disco de material a<br />

partir do qual se formaram os planetas, e agora orbitam o Sol a distâncias<br />

consideravelmente maiores que a de Netuno, mas muito menores que as dos<br />

cometas na nuvem de Oort. Coletivamente, eles compõem o que os<br />

astrônomos chamam de Cinturão de Kuiper, uma faixa juncada de cometas<br />

de uma área circular que começa logo depois da órbita de Netuno, inclui<br />

Plutão e estende-se para mais além de Netuno num espaço igual a várias<br />

vezes a distância entre Netuno e o Sol. O objeto conhecido mais distante no<br />

Cinturão de Kuiper, chamado Sedna em referência a uma deusa inuíte, tem<br />

dois terços do diâmetro de Plutão. Sem um planeta massivo por perto para<br />

perturbá-los, a maioria dos cometas do Cinturão de Kuiper manterão suas<br />

órbitas por bilhões de anos. Como no cinturão dos asteroides, um<br />

subconjunto dos objetos do Cinturão de Kuiper se move em órbitas<br />

excêntricas que cruzam os caminhos de outros planetas. A órbita de Plutão,<br />

que podemos considerar um cometa extremamente grande, bem como as<br />

órbitas de um conjunto de irmãos pequenos de Plutão, chamado Plutinos,<br />

cruzam o caminho de Netuno ao redor do Sol. Outros objetos do Cinturão de<br />

Kuiper, afastados de suas grandes órbitas habituais, mergulham de vez em<br />

quando em todo o sistema solar interno, cruzando órbitas planetárias com<br />

entusiasmo. Esse subconjunto inclui Halley, o mais famoso de todos os<br />

cometas.<br />

A nuvem de Oort é responsável pelos cometas de longos períodos, aqueles<br />

cujos períodos orbitais excedem em muito a duração de uma vida humana.

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