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estrelas cada um, juntam-se às estrelas que formam os halos esféricos das<br />

galáxias. Inicialmente luminosos, mas hoje desprovidos de suas estrelas mais<br />

brilhantes e de vida curta, os halos da galáxia são os objetos visíveis mais<br />

antigos do universo, com certidões de nascimento que remontam à formação<br />

das próprias galáxias.<br />

Como os últimos a entrarem em colapso, e, assim, os últimos a se<br />

transformarem em estrelas, nós encontramos o gás e a poeira que se veem<br />

puxados e fixados no plano galáctico. Em galáxias elípticas, não existe esse<br />

plano, e todo o seu gás já se transformou em estrelas. As galáxias espirais,<br />

entretanto, têm distribuições altamente achatadas de matéria,<br />

caracterizadas por um plano central dentro do qual as estrelas mais jovens e<br />

mais brilhantes se formam em padrões espirais, testemunho de grandes<br />

ondas vibratórias de gás alternadamente denso e rarefeito que orbitam o<br />

centro galáctico. Como marshmallows quentes que se grudam ao entrarem<br />

em contato, todo o gás numa galáxia espiral que não participa rapidamente<br />

da formação de aglomerados de estrelas cai em direção ao plano galáctico,<br />

gruda em si mesmo e cria um disco de matéria que lentamente manufatura<br />

estrelas. Durante os últimos bilhões de anos, e por bilhões de anos ainda por<br />

vir, as estrelas continuarão a se formar em galáxias espirais, e cada geração<br />

aparecerá mais enriquecida em elementos pesados que a anterior. Esses<br />

elementos pesados (e com isso os astrofísicos querem dizer todos os<br />

elementos mais pesados que o hélio) foram lançados no espaço interestelar<br />

por fluxos que se derramam de estrelas envelhecidas ou como os restos<br />

explosivos de estrelas de alta massa, uma espécie de supernova. Sua<br />

existência torna a galáxia – e assim o universo – cada vez mais amigável para<br />

a química da vida que conhecemos.<br />

Delineamos o nascimento de uma galáxia espiral clássica, numa sequência<br />

evolutiva que tem sido representada dezenas de bilhões de vezes,<br />

produzindo galáxias numa legião de diferentes arranjos: em aglomerados de<br />

galáxias, em longas cordas e filamentos de galáxias, e em lâminas de galáxias.<br />

Porque olhamos para trás no tempo, assim como olhamos para longe no<br />

espaço, possuímos a habilidade de examinar galáxias não só como são agora,<br />

mas também como apareciam há bilhões de anos, simplesmente olhando para<br />

o alto. O problema de transformar esse conceito em realidade confirmada<br />

pela observação reside no fato de que galáxias a bilhões de anos-luz aparecem<br />

para nós como objetos extremamente pequenos e indistintos, de modo que<br />

nem mesmo nossos melhores telescópios conseguem uma boa resolução de<br />

seus contornos. Ainda assim, os astrofísicos têm feito um grande progresso<br />

nesse sentido durante os últimos anos. O avanço ocorreu em 1995, quando<br />

Robert Williams, então diretor do Instituto Científico do Telescópio Espacial<br />

na Universidade Johns Hopkins, manobrou para que o Telescópio Hubble<br />

apontasse numa única direção no espaço, perto da Ursa Maior, para uma<br />

observação de dez dias. Williams merece o crédito, porque o Comitê de<br />

Alocação do Tempo do telescópio, que seleciona as propostas de observação

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