17.12.2015 Views

ApIqCL

ApIqCL

ApIqCL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

sobreviver e o período de vida da galáxia Via Láctea.<br />

Para os primeiros cinco termos na equação de Drake, podemos oferecer nosso<br />

sistema planetário e a nós mesmos como um exemplo representativo, embora<br />

devamos sempre invocar o princípio copernicano de não medir o cosmos pelo<br />

nosso padrão, em lugar de fazer o inverso. Quando chegamos ao termo final<br />

da equação, entretanto, e tentamos estimar o período de vida média de uma<br />

civilização depois de ela ter adquirido a capacidade tecnológica de enviar<br />

sinais através de distâncias interestelares, não conseguimos obter uma<br />

resposta mesmo que tomemos a Terra como guia, pois ainda temos de<br />

determinar quanto tempo nossa própria civilização vai perdurar. Já possuímos<br />

a capacidade de transmitir sinais interestelares por quase um século, desde<br />

que os poderosos transmissores de rádio começaram a enviar mensagens<br />

através dos oceanos da Terra. Se vamos perdurar como civilização no próximo<br />

século, durante o próximo milênio ou ao longo de mil séculos, isso depende<br />

de fatores muito além de nossa capacidade de previsão, embora muitos dos<br />

sinais pareçam desfavoráveis para nossa sobrevivência de longo prazo.<br />

Perguntar se nosso próprio destino corresponde à média na Via Láctea<br />

leva-nos a outra dimensão de especulação, de modo que o termo final na<br />

equação de Drake, que afeta o resultado tanto quanto todos os outros, pode<br />

ser considerado totalmente desconhecido. Se, numa avaliação otimista, a<br />

maioria dos sistemas planetários contém ao menos um objeto adequado para<br />

a vida, e se a vida se origina numa fração sensatamente elevada (digamos<br />

um décimo) desses objetos adequados, e se civilizações inteligentes talvez<br />

apareçam igualmente em um décimo dos objetos com vida, então, em algum<br />

ponto na história das 100 bilhões de estrelas da Via Láctea, 1 bilhão de<br />

lugares poderiam produzir uma civilização inteligente. Claro, esse número<br />

enorme provém do fato de que nossa galáxia contém muitas estrelas, a<br />

maioria das quais muito parecida com o nosso Sol. Para ter uma visão<br />

pessimista da situação, basta mudar cada um dos números a que atribuímos<br />

valores de um décimo para uma chance em dez mil. Nesse caso, os bilhões de<br />

lugares se tornam 1.000, diminuídos por um fator de 1 milhão.<br />

Isso faz uma diferença capital. Vamos supor que uma civilização comum,<br />

sendo qualificada como uma civilização por possuir a capacidade da<br />

comunicação interestelar, dure 10.000 anos – aproximadamente uma parte<br />

em um milhão do período de vida da Via Láctea. Na visão otimista, um bilhão<br />

de lugares dão origem a uma civilização em algum ponto na história, de<br />

modo que em qualquer época representativa cerca de 1.000 civilizações<br />

devem estar florescendo. A visão pessimista, em contraste, sugere que em<br />

cada era representativa cerca de 0,001 civilização deve existir,<br />

transformando-nos num isolado e solitário lampejo que se eleva<br />

temporariamente bem acima do valor médio.<br />

Qual estimativa tem mais chances de chegar perto do verdadeiro valor?<br />

Na ciência, nada convence tão bem quanto a evidência experimental. Se nós<br />

esperamos determinar o número médio de civilizações na Via Láctea, a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!