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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Cordeiro Eucarístico da Comunhão dos Cruzados, o Sacramento de Sangue e Fogo que constitui o<br />

Sacrifício ao Deus Criador Uno Iahweh Satanás. Castigo do Deus Criador, condena a Fraternidade<br />

Branca, Sanção dos Atlantes Morenos, Expiação de Sacerdotes, Vingança Golen, Escárnio Hebreu,<br />

Penitência Católica, a matança de Bezier é arquetípica: foi e será, sempre que os povos de Sangue Puro<br />

intentar recobrar sua Herança Hiperbórea; até a Batalha Final.<br />

Depois de Bezier cai Carcasona, onde são queimados 500 hereges, depostos os prelados autóctones, e<br />

acaba capturado e humilhado o Visconde Raimundo Roger. Pedro II chega a Cascasona para interceder<br />

por seu vassalo e amigo sem conseguir coisa alguma do legado papal: esta impotência dá uma idéia do<br />

poder que havia adquirido a Igreja naqueles séculos, sobre os “Reis temporais”. O Rei de Aragon se<br />

retira, então, e se concentra em outra Cruzada, que se está levando a cabo simultaneamente: a luta<br />

contra os mulah da Espanha; acredita que participando dessa guerra, sua honra não se veria<br />

comprometida, como seria o caso se interviesse na repressão e seus súditos. Entretanto, a falta de honra<br />

já era grande, pois os abandonava em mãos de seus piores inimigos. Enquanto a Cruzada Golen vai<br />

exterminando aos Cátaros, castelo por castelo, e procura destruir o Condado de Tolosa, Pedro II se<br />

enfrenta com êxito aos mulah na reconquista de Valência. Retorna, ao final, a Narbona, onde se reúne<br />

com os Condes Cátaros de Tolosa e de Foix, e com o chefe militar da Cruzada, Simon de Montfort, e os<br />

legados papais: novamente, nada consegue, mas desta vez é posta em dúvida sua condição de católico e<br />

ameaçado com a excomunhão. Termina aceitando a repressão indiscriminada e confirmando a pilhagem<br />

efetuada por Simon: convém que, se os Condes de Tolosa e Foix não apostatassem do catarismo, esses<br />

títulos lhes seriam transferidos, Então, Pedro II acreditava que a Cruzada somente perseguia o fim da<br />

“heresia” e que sua soberania sobre Languedoc não seria questionada. É assim que, como “prova e boa<br />

fé”, acerta o casamento e seu filho Jaime com a filha de Simon de Montfort: mas Jaime, o futuro Rei de<br />

Aragon Jaime I, o Conquistador, tem somente dois anos; Pedro II o entrega a Simon para sua educação,<br />

ou seja, como refém, e este se apressa a colocá-lo atrás dos muros e Carcasona.<br />

Na seqüência, Pedro II se une na luta contra os almohades, junto ao rei de Castela, Afonso VIII, e<br />

permanece dois anos dedicados à Reconquista da Espanha. Logo depois de cumprir um destacado papel<br />

na batalha das Navas de Tolosa, regressa a Aragon, onde o espera a triste surpresa de que os Cruzados<br />

de Cristo haviam repartido suas terras entre si e ameaçam solicitar a proteção do rei da França:<br />

Arnauld Amalric, o Abade de Citeaux, é agora, “Duque e Narbona” e Simon de Montfort é “Conde<br />

de Tolosa”. Finaliza 1212 quando Pedro II reclama a Inocêncio III pela ação de conquista aberta que<br />

os Cruzados estão levando a cabo em seus país: o Papa trata de entretê-lo para dar tempo aos Golen de<br />

completar a aniquilação do catarismo e a destruição da civilização de Oc, mas, ante a insistência do<br />

monarca aragonês, acaba por mostrar seu verdadeiro jogo e o excomunga. Assim, Inocêncio III, que em<br />

1204 o coroara e nomeara gonfaloneiro, ou seja, alferes maior da Igreja, agora considerava que ele<br />

também é um herege. Mas seria ingenuidade esperar que um Golen, somente interessado em cumprir com<br />

os planos satânicos da Fraternidade Branca, fosse atuar de maneira diferente. De pronto, Pedro II<br />

compreende tudo e marcha com um exército improvisado a socorrer o Conde de Tolosa; mas já é tarde<br />

para combater aos Poderes Infernais: quem havia vivido e olhos fechados para a Verdade,<br />

havia voltado débil para sustentar a mira do Grande Enganador. Pedro II reagiu, mas<br />

suas forças somente alcançavam para morrer, è o que fez na batalha de Muret contra Simon de<br />

Montfort, em setembro de 1213: morre incompreensivelmente, no meio de um grande desastre estratégico,<br />

no qual resulta destruído o exército aragonês e sepulta definitivamente a última esperança da occitania<br />

cátara.<br />

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