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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

especulação grega, raiz da “Filosofia” e da “Ciência” moderna. Nada se dirá, a partir da Cultura<br />

beneditina, sobre a origem Atlante das civilizações européias, nem sobre as religiões dos povos da Ásia,<br />

nem sequer sobre a dos recentes germanos, a quem se obrigará a esquecer seus Deuses e crenças, e seus<br />

alfabetos rúnicos. E nada se dirá certamente que possa relacionar a instituição monacal ocidental com<br />

outras Culturas, que possa despertar a suspeita de que o ocorrido na Europa é uma história repetida em<br />

outras partes, a conclusão de um método de estratégia Psico-social para exercer o controle das sociedades<br />

humanas. Logo depois do século IX, pela presença dos Árabes na Espanha, e do século XII, pela<br />

transculturalização a que levaram as Cruzadas, alguns Espíritos alertas advertem o engano. Mas são<br />

poucos e já será tarde para deter os Golen.<br />

São Bento, que nasceu em 480, funda em 530 o monastério modelo de Monte Cassino e redige em<br />

534 sua célebre Regra. Que recebeu instrução dos “Anjos” da Fraternidade Branca é algo sem sombra<br />

de dúvida porque sua Regula Monachorum é uma fiel reprodução da Regula Magistri<br />

Sapientiae. Ao morrer em 547, e “subir aos Céus por um caminho custodiado por Anjos”, segundo<br />

presenciaram muitos monges, as bases do “monacato ocidental” estavam fundadas: esse era “o momento”<br />

longamente esperado pelos Golen para irromper nos países continentais da Europa.<br />

No século V os Golen se encontram concentrados majoritariamente na Irlanda e começam a se<br />

infiltrar na Igreja Católica. Um dos seus é São Patrício, a quem enviam ao Continente para estudar a<br />

Doutrina Cristã e tomar contato com membros da Fraternidade Branca: volta no ano 432, procedente<br />

de Roma, investido de Bispo e com autorização papal para evangelizar a Irlanda. Imediatamente funda<br />

muitos monastérios, alguns realmente importantes como os de Armagh e Bangor onde se celebrariam<br />

Sínodos, e existiriam escolas religiosas, nas que se apressam a ingressar em massa os Golen da Irlanda e<br />

Grã Bretanha. Os seguintes cento e trinta anos, desde a morte de São Patrício em 462 até a partida de<br />

São Columba em 590, são empregados pelos Golen a fim de dar forma à “Igreja da Irlanda”, vale<br />

dizer, a fim de organizar seu futuro assentamento continental.<br />

O ano 590 assinala “o momento” histórico em que os planos da Fraternidade Branca para a<br />

participação dos Golen começam a se executar rigorosamente. O “lugar” onde os Golen desenvolverão o<br />

Colégio de Construtores de Templos já está pronto: são os mosteiros da Ordem de São Bento. E já tinha<br />

sido eleito Papa o monge beneditino Gregório, que anos antes em Constantinopla recebe a ordem da<br />

Fraternidade Branca de “convocar os monges irlandeses”, quer dizer, os Golen, e integrá-los à Ordem de<br />

São Bento. Nada mais que esse chamado precisam os Golen para atuar e nesse mesmo ano 590 parte<br />

para a França São Columba, procedente do grande mosteiro de Bangor, junto com doze membros da<br />

plana maior. Na França se somam com outros seiscentos Golen e se dedicam a fundar mosteiros<br />

baseados na Regula Monachorum: contam a todo o momento com o apoio de São Gregório<br />

Magno, quem recebe São Columba em Roma mais de uma vez. Logo da fundação do mosteiro de<br />

Anegray estabelece o mosteiro de Luxeuil, de vasta influência na região, e o famoso de San Golen, às<br />

margens do lago Zurich, entre muitos outros. São Columba morre em 615, no mosteiro lombardo de<br />

Bobbio, deixando sua missão praticamente cumprida: centenas de mosteiros nas Gálias, na Suíça e na<br />

Itália, quer dizer, nos antigos assentamentos celtas, sob a direção dos “monges irlandeses”, Golen, e<br />

integrados à Ordem de São Bento.<br />

Deve-se recordar que no ano 589 se desenvolve o III Concílio de Toledo onde o Rei Recaredo, por<br />

influência do Bispo de Sevilha São Leandro, se declara “católico romano”, junto com a Rainha e toda a<br />

corte do Reino visigodo. Não deve surpreender, pois, que os Golen se precipitem sobre a Espanha a<br />

partir do nefasto ano 590. No entanto, essa reaparição causou enorme surpresa aos Condes de Turdes<br />

Valter que não esperavam voltar a ver os Golen na península, pelo menos durante a ocupação goda.<br />

Mas tal imprevisão se devia à suposição de que os Golen permaneceriam pagãos e não se “submeteriam”<br />

à Igreja Católica: essa suposição foi ingênua, como a realidade se encarregou de demonstrar bem logo,<br />

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