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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

“Logo não cometi mais erros. Passei por provas tais como a súbita aparição de pessoas<br />

que já conhecera antes, e fingia não reconhecê-las, ainda que me encontrasse em estado<br />

de sono hipnótico. Tinha de estar alerta dia e noite. Final-mente cheguei a estar afiado<br />

para responder falsamente as perguntas, inclusive em sonhos, persistindo em fingir perda<br />

de<br />

memória”...........................................................................................................................................<br />

...................................................<br />

“Em 19 de Abril de 1945 veio de novo me ver o Brigadier General Doctor Rees. De<br />

novo tratou de me convencer de que tanto minhas conclusões como meu sofrimento<br />

eram mero resultado de manias. Interrompi-lhe afirmando de que nada serviam suas<br />

palavras porque eu sabia o que ocorria. Entretanto tinha adquirido novas convicções<br />

que justificavam minhas suspeitas. As abomináveis atrocidades que, durante a guerra dos<br />

bôeres, perpetraram os ingleses em mulheres e crianças nos campos de concentração<br />

podiam ser atribuídas também à substância química secreta.”<br />

“O Brigadier General Rees refletiu uns instantes com expressão sombria. Logo se pôs de<br />

pé num salto e saiu apressado, murmurando: «você é muito perspicaz. Boa sorte.”<br />

“Eu já estava quatro anos preso na companhia de lunáticos e à mercê de suas torturas,<br />

sem poder informar ninguém disso, e sem poder convencer ao enviado suíço da verdade<br />

do que ocorria, sem falar de minha incapacidade para instruir os lunáticos sobre seu<br />

estado. Era pior que estar em mãos de criminosos, pois estes ao menos têm algo de<br />

razão num recanto obscuro do cérebro, algum sentimento num recanto obscuro do<br />

coração, e um pouco de consciência. Com meus lunáticos, isso estava totalmente<br />

descartado. Mas piores eram os médicos, que usavam seus conhecimentos científicos<br />

para torturas mais refinadas. Na verdade eu não tive médico durante esses quatro anos,<br />

pois os que se davam esse nome não tinham outra missão que me ocasionar sofrimentos<br />

e, em todo caso, agravá-los. Igualmente, permaneci todo esse tempo sem remédios,<br />

porque o que me davam com esse nome não servia a mesma finalidade e, ademais, era<br />

veneno.”<br />

“Diante do meu jardim passeavam de um lado para o outro, loucos, ou drogados, com<br />

fuzis carregados, estava cercado de loucos na casa, quando saía para dar uma volta ia<br />

precedido e seguido de loucos, todos com uniforme do Exército britânico, e nos<br />

cruzávamos com colunas de internos de um manicômio próximo que eram levados para<br />

trabalhar. Meus acompanhantes manifestavam compaixão com eles e não advertiam<br />

que pertencem à mesma coluna; que o doutor que dirigia o hospital e, ao mesmo<br />

tempo, dirigia o manicômio, deve ter sido seu próprio paciente por um longo tempo.<br />

Não se davam conta de que eles mesmos eram dignos de compaixão e não se davam<br />

conta porque estavam, todos, drogados e hipnotizados. Eu lhes compadecia<br />

sinceramente; pessoas honradas ali se convertiam em criminosos.”<br />

“No entanto, o que isso importava aos judeus? Importava-lhes tão pouco como o Rei da<br />

Inglaterra e o povo britânico. Porque os judeus estavam por trás de tudo aquilo. Se<br />

não bastasse para demonstrá-lo a simples probabilidade o teria demonstrado o que vou<br />

relatar. Tinham me entregado um livro escrito por um judeu sobre o trato que sofrera na<br />

Alemanha, assim como informes dos Consulados britânicos sobre o trato que<br />

dispensavam aos judeus na Alemanha segundo a descrição dos próprios judeus. O<br />

Doutor Dix disse que minhas manias obsessivas eram fruto de arrependimento pelo<br />

trato aos judeus, do que eu era responsável, ao que respondia que não fora minha<br />

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