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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

inseparável bússola, uma régua dobrável, e um compasso, elementos inúteis salvo a<br />

bússola e o mapa.<br />

Antes de partir, fiz um túmulo de pedras e sepultei o desafortunado cão daiva.<br />

Não tinha por costume rezar, mas nessa ocasião me concentrei uns minutos e elevei<br />

todo meu eu à esfera dos Deuses, empregando o Scrotra Krâm para conseguir que Eles<br />

me escutassem: então me dirigi a Wothan, a ele pessoalmente, e solicitei uma taça de<br />

Hidromel pela façanha de Heinz, Hans e Kloster. Sim, disse aos Deuses que talvez eles<br />

devessem brindar por esses três guerreiros da Alemanha Eterna, recebe-los como Heróis<br />

no Valhalla e, se possível, teriam que fazer-lhes lugar ao cão daiva, ao cão de Shiva que<br />

transportara os guerreiros voando como Vâyu, o Vento!<br />

Originado nos sistemas mais meridionais de Nan Chan, o Sining-Ho desce ao Sul<br />

e deságua no Tatung-Ho, depois de passar bom a ponte da Grande Muralha e banhar os<br />

muros da cidade de Sining: o Tatung-Ho, por sua parte, continua ao Sudeste e tributa<br />

suas águas ao Hoang-Ho ou Rio Amarelo na confluência de Lan Cheu. Ao redor do<br />

meio dia, chegamos a uma pequena aldeia fortificada e rodeada de rudimentares cultivos:<br />

era Hwuang-yugn, uma das postas do caminho Chang-Lam!<br />

Na aldeia havia um Templo budista, várias pousadas para peregrinos e<br />

comerciantes, e um mercado livre de respeitável dimensões. O cavalariço pertencia ao<br />

Círculo Kâula e a seus estabelecimentos nos dirigimos com presteza. Ali nos<br />

tranqüilizamos uma vez que tomamos a primeira refeição quente em 24 horas. Segundo<br />

sua informação, homens do Príncipe de Kuku Noor nos buscaram durante alguns dias, e<br />

por fim retornaram ao Tibet. Seria difícil voltarem, a menos que alguém os convocasse,<br />

coisa que não sucederia se agíssemos com prudência e não nos deixássemos ver. De<br />

todo modo, o poder dos tibetanos sublevados chegava somente até Hwang-yugn,<br />

povoado situado do lado Norte da Grande Muralha, numa região tradicionalmente<br />

disputada por mongóis e tibetanos. Poucos quilômetros adiante, detrás da Grande<br />

Muralha, estava a província chinesa de Kansu e a cidade de Sining, onde o poder do<br />

Círculo Kâula era considerável.<br />

Claro que se em Sining-Fu não devíamos temer a perseguição dos tibetanos, em<br />

compensação teríamos que evitar ver-nos envolvidos nas contínuas revoltas das facções<br />

chinesas. Desta vez, a logística e a tática ficaram nas mãos dos kâulikas, melhores<br />

conhecedores do terreno e possuidores de uma poderosa infra-estrutura de apoio. Seu<br />

plano, além do mais, era extremamente simples: pernoitaríamos na cavalariça, que nos<br />

parecia um palácio depois da noite anterior, e de manhã o chinês e seu filho nos levariam<br />

até Sining-Ho ocultos em duas carroças de quatro bois cada.<br />

Os monges kâulikas nos fizeram saber que planejavam regressar ao Tibet depois<br />

que estivéssemos fora de perigo rumo a Shangai. Não voltariam diretamente ao Butão,<br />

pois tratariam de achar seus dois companheiros que haviam ficado com os holitas no<br />

Umbral do Vale dos Demônios Imortais. Ainda que não dispusessem dos cães daivas,<br />

conheciam muito bem sobre magia dos Kilkor e sabiam positivamente que o Vale<br />

perdido se encontrava a Oeste, em terras da Rainha Mãe Kuen Yin: seja pelo Leste,<br />

como fizemos nós, seja pelo Oeste, eles encontrariam as maneira de entrar e resgatar a<br />

seus Camaradas ou, talvez, vinga-los. Depois, se regressassem, se retirariam ao<br />

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