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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

baseado na aplicação social da lei do cerco: monarquia, fascismo, nacional-socialismo, aristocracia do<br />

Espírito, etc.<br />

Os feitos históricos que conduzem à “busca do Gral”, sempre semelhantes, possa se resumir<br />

simbolicamente como segue. Em princípio o Reino é “terra gasta” ou o “Rei está enfermo” ou<br />

simplesmente o trono tornou-se acéfalo, etc. Podem haver muitas interpretações, mas essencialmente o<br />

símbolo se refere a um esgotamento ou decadência na liderança carismática e a um vazio de poder. Ou<br />

seja, que o Governo seja quem o exerça, um Rei, Casta Ou Elite. Os melhores Cavaleiros partem a<br />

“buscar o Gral”, na tentativa de por fim aos males que assolam o Reino, e conseguir que retorne o<br />

antigo esplendor. Somente um consegue encontrar o Gral e devolver o bem-estar ao Reino, seja “curando<br />

o Rei” ou “coroando-se a si mesmo”. Curiosamente o Cavaleiro triunfante sempre é apresentado como<br />

“tonto”, “louco puro”, “ingênuo”, mas especialmente como “plebeu”.<br />

Os “melhores Cavaleiros” equivalem aqui a qualquer das múltiplas forças sociais que se apresentam<br />

a lançar-se sobre a Função Régia quando existe acefalia ou vazio de poder. Finalmente “um deles”<br />

triunfa e restabelece a ordem no Reino; “era o plebeu e agora é Rei, com a aprovação e o consentimento<br />

do povo”. Em minha interpretação isto significa, evidentemente, que uma “força social” tem<br />

predominado sobre as restantes (os “outros Cavaleiros”) e tem substituído a ordem existente<br />

(que estava entendida) por uma Nova Ordem, unanimemente aceita pelo povo. Mas se o<br />

problema se reduz a uma mera luta pelo poder, para que necessita o novo Rei (ou nova Elite,<br />

Aristocracia, Casta, etc) encontrar o Gral? Porque o Gral confirma a Função Régia.<br />

Quando em tempos de crise uma Elite o um Líder carismático sobe ao poder, com intenções de<br />

restauração régia, deve apresar-se a legalizar sua situação, pois senão outra Elite ou Líder virá a<br />

questionar seus títulos e intentará também ocupar o lugar vago, sucedendo assim uma interminável série<br />

de batalhas, políticas ou militares. Mas se há luta pelo Poder ninguém tem seu controle e pode<br />

ocorrer que, ao final, o Reino acabe dividido entre várias facções. É necessário dirimir a questão,<br />

consultar a um juiz infalível, a uma autoridade indiscutida e transcendente. Aqui é onde se apresenta a<br />

necessidade de recorrer ao Gral. Por que ao Gral? Porque o Gral é também a Tabula Régia, a<br />

“lista de Reis”; ele diz quem deve governar, a quem lhe corresponde reger, porque<br />

ele revela quem tem o Sangue Mais Puro. Mas esta revelação não é simplesmente oracular e<br />

arcana, senão que por meio do Gral, a pureza do Líder, seu direito à Condução, será conhecida por<br />

todos e reconhecida por todos., carismaticamente. Daí que o louco puro, de linhagem hiperbórea, mas de<br />

Estirpe plebéia, depois de “encontrar o Gral” seja “reconhecido pelo povo” como Rei indiscutível. .<br />

Quando uma linhagem hiperbórea confia na luz do Gral para a eleição de seus líderes pode dizer-se<br />

com propriedade que se sucederá uma dinastia de “Reis do Gral”. Durante o reinado de um destes pode<br />

passar que a linhagem alcance um grau tão elevado de pureza, que se faça digno de obter a custódia da<br />

Vruna de Orichalco. Foi o que ocorreu, por exemplo, no século XIII no Condado francês de Toulouse,<br />

quando a Vruna de Orichalco foi confiada aos Perfeitos Cátaros. Alegar-se-á, contra esta afirmação,<br />

que os Cátaros eram Maniqueus, ou seja, herdeiros de uma tradição gnóstica, e que esse é o motivo pelo<br />

qual foram aniquilados, existindo somente uma relação circunstancial entre eles, os Condes de Toulouse<br />

e a população occitana. Tal argumento, de origem Golen moderno, intenta desviar a atenção do fato mais<br />

importante da epopéia cátara: sua relação com o Gral. O fato de que fosse gnósticos, coisa que ninguém<br />

discute, e de que escondiam uma das sete Vias secretas de libertação baseada na Canção de A-mort dos<br />

Deuses Leais, origem da Cultura dos trovadores, coisa que poucos conhecem, não explica nada sua<br />

relação com o Gral. O Gral, no marco da Estratégia Odal, tem um sentido puramente racial. Se a<br />

Vruna de Orichalco foi confiada aos Cátaros, é porque estes participavam ativamente em técnicas de<br />

transmutação coletiva, as que não podem excluir a Função Régia, e não simplesmente<br />

“porque eram de filiação gnóstica”.<br />

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