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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

convencional. Houve povos antigos que representavam os números com nós ou ideogramas; é presumível<br />

que um instrumento de medição composto de uma vara na qual se tenham gravado hieróglifos, não<br />

significaria, em princípio, nada para nós se não conseguimos “ler” os sinais, ou seja, realizar as<br />

representações numéricas.<br />

A análise epistemológica sobre o modo como o homem estabelece uma lei da natureza há de levar<br />

fatalmente à conclusão de que seria impossível que o princípio do cerco fosse localizado no mundo como<br />

propriedade dos entes, e pudesse ser formulado em linguagem sociocultural. Pelo contrário, o que pode<br />

ocorrer, em todo caso, é que o princípio do cerco seja projetado, consciente ou inconscientemente, sobre um<br />

fenômeno e seja descoberto nele como uma relação eminente entre qualidades. Naturalmente, dependerá<br />

do tipo de fenômeno representado a complexidade com a que o princípio do cerco seja empiricamente<br />

reconhecido e introjetado na estrutura psíquica.<br />

Em resumo, o “princípio do cerco”, descoberto à consciência pela mensagem dos Deuses Leias, é<br />

também um princípio matemático e como tal entrevira “a priori” em toda percepção fenomênica. Os<br />

números naturais (que estão na mente) permitem “contar” (um, dois) as metades dessa maçã (que está<br />

no mundo). O princípio do cerco (que está na mente) permite aplicar a “lei do cerco” sobre o fenômeno<br />

(que está no mundo). Foi percorrido um longo caminho para chegar a essa conclusão. Expressarei agora<br />

de maneira geral: o princípio do cerco fará possível a determinação da lei do cerco<br />

em todo fenômeno e em qualquer relação entre fenômenos.<br />

Mas o princípio do cerco é, geralmente, inconsciente e só quem consegue ouvir a mensagem dos Deuses<br />

Leias pode incorporá-lo à esfera consciente. E só eles, os homens despertos, seriam capazes de aplicar a<br />

lei do cerco em uma Estratégia guerreira que assegure o regresso à Origem.<br />

Antes mencionei a solução de Navutan ao Mistério do Labirinto e disse que ela inclui o<br />

uso das Vrunas e o princípio do cerco; Agora agregarei que tal solução, denominada<br />

Tirodinguiburr, traduz-se na técnica arquemônica da Sabedoria Hiperbórea. Tal<br />

técnica, que é imprescindível dominar no “modo de vida estratégico”, permite definir no Universo um<br />

“Cerco estratégico”, ao que me referi nos dias Terceiro e Trigésimo Sexto. Pois bem, segundo a<br />

Sabedoria Hiperbórea, todo Cerco estratégico é tecnicamente uma “Arquêmona” ou<br />

“Cerco infinito”. Com outras palavras, o homem desperto descobre o principio do cerco e o projeta no<br />

Mundo: isso não é suficiente para constituir um Cerco estratégico; o principio do cerco é<br />

um principio matemático e, portanto, é um elemento arquetípico, ou seja, criado pelo Uno: mal<br />

poderia utilizar-se um elemento criado pelo Uno para intentar isolar-se da<br />

Estratégia do Uno; há que modificar, pois, a lei do cerco para obter o efeito isolante desejado; em<br />

quê forma? Indeterminando ou convertendo em infinito o cerco real; isso se consegue com o uso das<br />

Vrunas Não Criadas: a inclusão da Vruna Não Criada na lei do cerco produz o<br />

“Cerco estratégico”, o Cerco infinito dentro do qual é possível praticar o modo de<br />

vida estratégico e desenvolver uma Estratégia de Regresso à Origem.<br />

A Via da Oposição Estratégica é aplicável por todo homem desperto que disponha de um Cerco<br />

estratégico e de um lapis oppositionis. Este último elemento é somente uma Pedra de<br />

Oposição, a saber, uma Pedra que representa o Uno e contra a qual se realiza a oposição<br />

estratégica que permite aproximar-se, inversamente, à Origem. O lapis<br />

oppositionis se situa fora da Arquêmona, frente ao ponto infinito do Cerco<br />

estratégico: quando o Iniciado Hiperbóreo efetua a oposição estratégica, o interior da Arquêmona se<br />

converte em uma praça liberada, com um Espaço e um Tempo próprios, independentes do espaçotempo<br />

do Universo Criado; assim isolado, sem abandonar em nenhum momento a oposição estratégica,<br />

o Iniciado avança sem obstáculo à Origem, sai do Labirinto, se liberta da prisão material.<br />

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