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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

ignoto Rei Franco Clodovil, quem ao se converter no ano de 496, se transforma em um<br />

instrumento da Igreja para a conquista missionária.<br />

Poderia pensar-se que os Druidas – de tão rude oposição aos Deuses Hiperbóreos<br />

Tuatha de Danan na Irlanda – haveriam de organizar a defesa contra a nova fé (lunar)<br />

que desprezava o antigo culto (solar) celtibero do Deus Beleno (adorado na Grécia<br />

também como Apolo) e a Deusa Mãe Belisana. Pois nada disso aconteceu, já que os<br />

Druidas aconselharam ao povo a conveniência de abraçar o catolicismo e eles mesmos<br />

se fizeram cristãos. Druidas cristãos? Sábios nas leis ocultas da natureza material;<br />

possuidores de uma Ciência secreta demoníaca, você acredita que eles haviam se<br />

convertido ao cristianismo, subjugados por esta religião?<br />

O Professor me olhava intensamente.<br />

- Tal como você faz essas perguntas – respondi – estas conversões me recorda, às<br />

dos marranos, ou seja, dos judeus, que forçados a escolher entre fazerem-se católicos<br />

ou morrer, aceitaram o primeiro, simulando praticar a nova fé durante anos (ou séculos<br />

se considerarmos que há famílias marranas ainda hoje, que vivem uma vida dupla), mas<br />

conservando o rito e os costumes judeus secretos.<br />

- Bem, Dr. Siegnagel! – bramou o Professor – justamente a isso me referia, a uma<br />

conversão fingida como a dos judeus marranos. Se você considera a pergunta que lhe<br />

fazia antes, ao ler-lhe o texto do Oera Linda que situa aos Druidas como oriundos de<br />

Sídon, na Fenícia, compreenderá que há outras semelhanças suspeitosas. .<br />

O Professor não deixava de surpreender-me com sua agudeza, perguntando as<br />

coisas de tal modo que, como nos diálogos dos sofistas gregos, as respostas brotavam<br />

espontaneamente no interlocutor do Filósofo.<br />

- Sim – afirmei, fingindo surpresa pelas conseqüências que adivinhava – A relação<br />

é inegável, Professor. Judeus e Druidas provinham do Oriente Médio!<br />

Acompanhei o comentário assentindo eloquentemente com a cabeça. Este gesto<br />

estimulou o Professor a continuar e, enquanto agitava briosamente em uma mão o livro<br />

“O mistério dos Templários”, dizia em tom convincente:<br />

- O grande celtista Louis Charpentier, autor este livro e defensor ao extremo dos<br />

Golen e dos Templários, o confirmava com investigações fundamentadas: os Druidas se<br />

refugiavam na Igreja Católica. A oportunidade a oferece a São Bento, personagem de<br />

grande sabedoria e santidade que ao fundar a Ordem Beneditina com uma regra (Ora et<br />

Lavora) que enaltece o trabalho e a oração, impulsiona à mesma salvação da cultura<br />

grega e romana, ameaçada de morte pela decadência do Império Romano, a barbárie, e a<br />

ignorância dos Papas.<br />

O ponto de contato se produz com São Columbano, um Fili a Irlanda dedicado<br />

eternamente a converter os povos celtas à religião católica. Louis Charpentier não pode<br />

ocultar sua admiração pela infiltração druídica, quando diz: “... São Bento estava<br />

morto em 547, sete anos depois do nascimento de São Columbano. Bento havia<br />

conservado o tesouro clássico para a cristandade; a esta mesma cristandade, São<br />

Columbano entregaria do tesouro celta”.<br />

“São Columbano era um cristão da Irlanda, país que havia abraçado mui<br />

prontamente o cristianismo sem as imposições mais ou menos brutais dos<br />

Imperadores romanos, nem as os bárbaros que se diziam romanos, como havia<br />

sucedido em todos os paises celtas de passado druídico. Pode dizer-se, sem<br />

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