23.04.2013 Views

MBV - Octirodae Brasil

MBV - Octirodae Brasil

MBV - Octirodae Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Pacto Cultural , Granada, não podiam mais que viver em permanente conflito. No entanto, o tempo<br />

mostraria que pelo menos nesse caso, o Deus de Granada era mais forte que o Deus de Vira, e<br />

Granada acabou dominando Vira e as outras cidades, e as absorvendo dentro de suas muralhas. Isso os<br />

hebreus tomaram como signo inequívoco de seu destino messiânico e não o esqueceriam nunca.<br />

Não se deve confundir Vira com Iliberi, Iliberri ou Eliberi, a Eliberge que mencionava o<br />

grego Hécato, pois eram cidades distintas. Durante a dominação romana as cidades ainda estavam<br />

separadas, e tal situação se manteve inclusive com os visigodos.Os árabes, em compensação pelos favores<br />

prestados para sua invasão, concedem aos hebreus o controle da cidade de Granada, ou Garnatha de<br />

acordo com a nova denominação; a partir de então se refeririam a ela como “o Castelo dos judeus”. Mas<br />

ainda fazem mais: logo de destruir Iliberri, instalam-se em Castala, Cazala ou Gacela, mais<br />

comumente conhecida como Casthilla, outra cidade contígua, e favorecem a expansão econômica de<br />

Medinat Garnatha, a “Mansão dos Judeus”. É o fim de El-Vira, ou Elvira, cujos habitantes devem<br />

capitular a milhares de anos de resistência, abandonar a colina do mesmo nome e mudar-se para<br />

Garnata. O mesmo ocorreria com Medinat Alhambra e Medinat Casthilla: todas acabarão caindo sob<br />

o controle dos “judeus de Granada”. No século XIII, quando ocorrem os fatos narrados, só subsiste o<br />

Reino árabe de Granada, estando a cidade composta pelo influente “bairro judeu” situado na primitiva<br />

localização do Castelo de Granada, o bairro árabe de La Alhambra, o bairro moçárabe de Casthilla,<br />

de antiga raiz galo-romana, e a despovoada Elvira. Por último, agregarei que se os hebreus denominam<br />

a romã “rimmon”, os árabes a conhecem por “roman”, o que explica o porquê de, por algum tempo, a<br />

cidade ter se chamado Hizn-Ar-Roman, significando “Castelo de Granada”. Mas em um idioma ao<br />

outro se comprova que o significado do nome não mudou em milhares de anos.<br />

É à luz daquela atividade missionária dos Sacerdotes hebreus que viajavam nas “frotas de Tharsis”,<br />

que deve se observar a fundação do Templo de Rus Baal, ou a Penha de Baal. Os fenícios consagravam<br />

cada cidade a Baal e designavam a este com um nome particular: assim, o Baal dos sidônios se chamava<br />

Baal-Sídon, o dos de Tiro, Baal-Tsur, e o dos habitantes de Tharshish, Baal-Tars. Dos três Aspectos<br />

principais de Baal, isto é, Baal Chon, o Produtor, Baal Tammuz, o Conservador, e Baal Moloch, o<br />

Destruidor, os hebreus aceitavam ao último como personificação de YHVH Sebaoth, o Aspecto<br />

Netsah de “YHVH dos Exércitos”, que conduz à Vitória pela destruição dos inimigos do Povo<br />

Eleito ou Shekhinah. O Templo de Rus Baal estava dedicado no entanto ao Culto de Baal Tammuz<br />

ou Jehova Adonai. Quando a Casa de Tharsis se encarregou daquele Senhorio ibero, já livre dos fenícios<br />

depois de sangrenta guerra, impediu que se continuasse com o Culto de Baal Tammuz-Jehova e dedicou<br />

no lugar, num primeiro momento, ao Culto do Fogo, e numa segunda instância cultural, ao Culto do<br />

Fogo Frio.<br />

Logo da invasão de Amílcar Barca, e da destruição do Império tartésio, os Golen estabeleceram o<br />

Culto a Baal Moloch em Rus Baal, até a reconquista romana. Foram estes que reconheciam em Baal<br />

Moloch e Jehova ao Deus Saturno, que denominaram “Penha de Saturno” a Rus Baal. Mas Saturno<br />

não era outro senão o Deus grego Kronos ou Xhronos, que então se encontrava ativo no panteão romano;<br />

os Sacerdotes de Saturno, como se verá, só substituíram o Culto de Saturno pelo de sua neta, Proserpina<br />

ou Perséfone. É fácil demonstrar, comparando o mito hebreu com o grego, que Jehova é equivalente a<br />

Kronos e portanto a Tammuz, a Moloch e a Saturno. Para começar, Kronos é filho de Oranos (Urano),<br />

o Céu Supremo, como YHVH Elohim o é de Ehyeh: e ambos, Kronos e YHVH Elohim, são<br />

Deuses do imanente Tempos do Mundo, Xronos ou Berechit. E, o mais importante: ambos são<br />

inimigos dos Cíclopes, quer dizer, dos Atlantes Brancos. A respeito, convém relembrar o que contam<br />

os Mitos gregos sobre Oranos, Kronos, Zeus, Demeter e Perséfone, e esclarecer tais lendas por meio da<br />

Sabedoria Hiperbórea.<br />

160

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!