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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

do Exército e a história que o senhor conhece. Mas isso tudo entenderá com mais clareza quando eu lhe<br />

revelar, como meu legado, o Segredo Familiar.<br />

O Segredo, em síntese, consiste no seguinte: a família o manteve oculto, por baixo de catorze gerações<br />

americanas, o Instrumento de um antigo Mistério, talvez o mais antigo Mistério da Raça Branca. Tal<br />

instrumento permite aos Iniciados Hiperbóreos conhecer a origem extraterrestre do Espírito humano e<br />

adquirir a Sabedoria suficiente para voltar a essa origem, abandonando definitivamente o demente<br />

Universo da Matéria e da Energia, das formas criadas.<br />

Como chegou a nosso poder tal instrumento? Em princípio lhe direi que foi trazido à América por<br />

meu antepassado Lito de Tharsis, quem desembarcou em Colônia Coro em 1534 e, poucos anos depois,<br />

fundou o ramo tucumano da estirpe. Mas isso não responde a pergunta. Em verdade, para se aproximar<br />

de uma resposta remontaríamos a milhares de anos atrás, até a época dos Reis de meu povo de quem<br />

Lito de Tharsis era um dos últimos descendentes. Aquele povo, que habitava a Península Ibérica desde<br />

tempos imemoriais, o denominarei,, para simplificar, “ibero”, sem que isso signifique aderir a nenhuma<br />

teoria antropológica ou racial moderna: a verdade é que pouco se sabe atualmente sobre os iberos porque<br />

tudo quanto a eles se referia, especialmente seus costumes e crenças, foi sistematicamente destruído e oculto<br />

por nossos inimigos. Bem, na época em que convém começar a narrar a história, os iberos se achavam<br />

divididos em dois bandos irreconciliáveis, que se combatiam até a morte mediante um estado de guerra<br />

permanente. Os motivos dessa inimizade não eram menores: se baseavam na prática de cultos<br />

essencialmente opostos, na adoração de Deuses inimigos. Pelo menos isso era o que viam os membros<br />

comuns dos povos combatentes. No entanto, as causas eram mais profundas e os membros da Nobreza<br />

governante, Reis e Chefes, as conheciam com bastante clareza. Segundo se sussurrava nas câmaras mais<br />

reservadas da corte, posto que se tratasse de um segredo zelosamente guardado, tinha sido nos dias<br />

posteriores ao afundamento da Atlântida quando, procedentes do Mar Ocidental, chegaram aos<br />

continentes, Europeu e Africano, grupos de sobreviventes pertencentes a duas raças diferentes: uns eram<br />

brancos, semelhantes aos de meu povo, e outros eram de pele mais morena, embora sem serem escuros<br />

como os africanos. Esses grupos, pouco numerosos, possuíam conhecimentos assombrosos,<br />

incompreensíveis para os povos continentais, e poderes terríveis, poderes que até então somente se<br />

concebiam como atributos de Deuses. Assim, pouco custou a esses grupos dominar os povos que<br />

cruzavam seu caminho. E digo “que cruzavam seu caminho” porque os Atlantes não se detinham<br />

jamais num lugar, mas avançavam sempre para o Leste.<br />

Mas tal marcha era muito lenta, pois ambos os grupos se achavam com tarefas bem difíceis, que<br />

exigiam muito tempo e esforço para concretizar, as quais precisavam do apoio dos povos nativos.<br />

Efetuavam-se tarefas pesadas; depois de estudar minuciosamente o terreno, dedicava-se a modificá-lo em<br />

certos lugares especiais mediante enormes construções megalíticas: menires, dólmenes, cromlechs, poços,<br />

montes artificiais, covas, etc. Aquele grupo de construtores era de raça Branca e havia precedido em seu<br />

avanço ao grupo moreno. Este último, em troca, parecia estar perseguindo ao grupo branco, pois seu<br />

deslocamento era ainda mais lento e sua tarefa consistia em destruir ou alterar, mediante o talhe de certos<br />

símbolos, as construções daqueles.<br />

Como dizia, estes grupos jamais se deteriam definitivamente em um lugar, mas, logo ao concluir sua<br />

tarefa, continuavam se movendo rumo ao leste. Entretanto, os povos nativos que permaneciam nas suas<br />

tribos não poderiam retornar jamais a seus antigos costumes: o contato com os Atlantes os havia<br />

transmutado culturalmente; a memória dos homens semidivinos procedentes do Mar Ocidental não<br />

poderia ser esquecido por milênios. E digo isso para expor o caso improvável de que algum povo<br />

continental tivesse podido permanecer indiferente depois de sua partida: realmente isso não podia ocorrer,<br />

pois a partida dos Atlantes não foi brusca, mas cuidadosamente planificada, só concretizada quando se<br />

tinha a segurança de que, justamente, os povos nativos se encarregariam de levar a cabo uma missão que<br />

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