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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Mas deixarei para outro dia o relato da Corrente Esotérica da qual Rudolph Hess<br />

iria ingressar nesses dias de 1919, no Egito, que o levaria junto a Adolf Hitler em 1920 e<br />

na Inglaterra em 1941. Continuarei com o desenvolver cronológico dos principais fatos<br />

que interessam à história e, depois, analisaremos essas coisas.<br />

Tio Kurt era, pelo visto, um narrador preciso, que sabia o que queria dizer e não<br />

se afastava disso. Dava-me conta de que passariam vários dias até que completasse seus<br />

relatos e esta perspectiva me regozijava.<br />

- Em Fevereiro de 1919 – continuava imperturbável tio Kurt – Rudolph Hess<br />

viajou ao Cairo para visitar meu pai e a outro amigo, Omar Nautais. Encontraram-se<br />

pela primeira vez depois de seis anos, com a natural alegria mútua e de minha mãe que<br />

também conhecia a Rudolph desde a infância.<br />

Meu pai se casara em 1917 e em 17/77/1918 nasci eu, e por volta desta época,<br />

Fevereiro de 1919, contava com três meses de vida. Como ainda não me haviam<br />

batizado, meu pai pediu a Rudolph que fosse meu padrinho, ao que este aceitou com<br />

prazer, pois amava muito a meus pais e desejava brinda-los com uma demonstração de<br />

afeto.<br />

A cerimônia se realizou na Igreja Luterana do Cairo, numa fresca manhã de<br />

fevereiro de 1919, no dia 17 para ser exato.<br />

Eis aqui neffe uma primeira coincidência – dizia tio Kurt em tom reflexivo – pois<br />

esse jovem herói de guerra de 25 anos que me tomava em seus braços, seria quinze anos<br />

mais tarde Ministro de Estado da Alemanha, e o homem de confiança do Chanceler<br />

Adolf Hitler, seu Stellvertreter 3[2] .<br />

No Egito, como em todos os países estrangeiros, a comunidade germana<br />

organizou para o entretenimento de suas crianças, a Hitlerjungen, juventudes<br />

hitleristas, com a supervisão velada dos agregados militares e da Embaixada da<br />

Alemanha. Dentro deste movimento, figurava um grupo “júnior” chamado Jungvolk 4[3]<br />

para meninos de 10 a 15 anos, ao qual ingressei aos 10 anos, quando ainda cursava os<br />

estudos primários no Colégio Alemão do Cairo.<br />

Ingressei em 1932 e meu pai decidiu enviar-me à Alemanha para seguir estudos<br />

superiores. Contava com 14 anos e ostentava o título de Faehnleinsführer na<br />

Hitlerjungen.<br />

No ano seguinte, em Julho de 1933, partimos de Alexandria em um barco<br />

mercante que, com poucas escalas, ia diretamente a Veneza, dali seguiríamos de trem<br />

para Berlim.<br />

Nesses dias Rudolph Hess era uma personagem importante no Terceiro Reich e<br />

incrivelmente popular entre os membros da comunidade germana no Egito, que se<br />

sentiam gratificados com o triunfo de um dos seus. Rudolph trabalhou duro durante<br />

esses anos para contribuir à vitória do Führer, e salvo algumas viagens a cada um ou dois<br />

anos, havia abandonado completamente sua pátria egípcia. Contudo, nunca esqueceu de<br />

seus amigos, que não eram muitos, nem o seu afilhado Kurt Von Subermann.<br />

Invariavelmente recebíamos um cartão de natal todos os anos e quando no<br />

Jungvolk necessitamos de um tambor, recordo que meu pai instou a escrever uma carta a<br />

3[2] Stellvertreter: suplente.<br />

4[3] Jungvolk : literalmente “meninos do povo”.<br />

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