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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Capítulo XXXIX<br />

Vinte dias depois de partir de Shanghai desembarcamos em Hamburgo. Ali<br />

estavam nos esperando um oficial do S. D. exterior no comando de um pelotão. Suas<br />

ordens: conduzir a Karl Von Grossen, Oskar Feil, Srivirya e Bangi em dois carros até<br />

Berlim. Eu devia separar-me do grupo e tomar um terceiro carro até o aeroporto, onde<br />

um avião me transportaria igualmente a Berlim.<br />

Íamos separar-nos pela primeira vez em vários meses e a experiência resultava<br />

dolorosa. Todos havíamos perdido camaradas e corridos juntos perigos mortais; as<br />

aventuras vividas nos tornaram irmãos. Antes de abandoná-los, Von Grossen quis falarme<br />

a sós.<br />

- Eu sabia! - disse em tom preocupado - Von Subermann: você era a chave<br />

primeira da Operação Chave Primeira! E a Thulegesellschaft só se ocupará de você. Nós<br />

ficaremos incomunicáveis, separados do resto da , para evitar que falemos. Sabemos<br />

muito, Kurt, talvez mais do que aos Iniciados da Ordem Negra os convenha que alguém<br />

saiba! Pressinto que talvez não voltemos a nos ver – concluiu lugubremente.<br />

- Você delira meu Standartenführer! - exclamei horrorizado - Isso não pode ser.<br />

Regressamos de cumprir uma importante missão, creio que exitosamente, e não há<br />

motivo algum para que em lugar de receber a aprovação superior alguém seja castigado.<br />

Você está cansado, Von Grossen, te digo respeitosamente. Verá como pronto nos<br />

reuniremos em uma cervejaria da Friederichstrasse para festejar. É natural que primeiro<br />

devemos brindas os informes competentes às nossas respectivas unidades, mas logo<br />

depois desses lógicos trâmites disporemos de tempo para voltarmos a ver-nos.<br />

Von Grossen sacudia a cabeça como que negando a admitir que meus argumentos<br />

penetrassem em seus ouvidos.<br />

- Não, não, Von Subermann, uma vez mais não compreendes a situação. Escutame<br />

bem agora porque a possibilidade que nos separemos definitivamente é real. Se o<br />

digo, o faço mui consciente e embasando-me em toda a minha experiência prévia com<br />

operações secretas. Não estou tão cansado para não poder prever o que pode ocorrer:<br />

seremos eliminados. Por dizer, se você não nos salvar, Kurt. Creia-me, viveremos sós<br />

se você assegurar aos seus chefes que não falaremos nada do que temos visto. Esta é a<br />

garantia que eles necessitam para deixar-nos em liberdade: tudo o contrário do que você<br />

supõe. Hahaha: um informe! Você me faz rir, Von Sübermann! A quem interessa que eu<br />

faça um informe sobre o que vi no Tibet e o que vi você fazer? Pensa que os Iniciados<br />

da Ordem Negra permitirão que exista um informe oficial sobre o vimana de Shambalá,<br />

sobre os cães daivas ou seu Scrotra Krâm? Não, Von Subermann, por você estamos<br />

condenados à morte. E só você pode nos salvar. Ao contrário do que ingenuamente<br />

sugeriu: assegure ao seu chefe que nem Oskar Feil nem eu faremos nenhum informe, e<br />

pode ser que assim conservemos a vida!<br />

Tranqüilizei-o o melhor que pude, reafirmando-lhe minha lealdade: jamais<br />

permitiria que a eles acontecesse nada por minha causa. E partimos separadamente até<br />

Berlim.<br />

No aeroporto de Berlim aguardava um Mercedes-Benz da Chancelaria com escolta de<br />

motos. Ao vê-lo, pensei que se encontrava a espera de um Ministro ou General, mas<br />

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