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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

solução a estas questões. Confia-se, então, que a “ciência” dará as soluções à<br />

contradições da “ciência”, proposição que é logicamente inconsistente e chega a ser até<br />

ridícula.<br />

O cerne está em que fenômeno tais como a mencionada telecinese, apresenta-se<br />

falhos à lei da causalidade. Esta lei diz que “a todo efeito (fenômeno) lhe corresponde<br />

uma causa que o origina”. Na telecinese, por exemplo, o objeto se move como se atuasse<br />

uma “força de ação à distância” (do tipo da gravidade ou o magnetismo) sem que, até<br />

hoje, se tenha comprovado a ação de alguma força. Ou seja, “move-se como se atuasse”<br />

uma força, mas não atua nenhuma força. Diz-se então que “falha a lei de causalidade”<br />

porque o efeito não tem causa que o origine e, consequentemente, nega-se a existência<br />

do efeito (fenômeno) para “salvar” a lei da causalidade.<br />

O mais certo seria aceitar que se desconhece o vínculo (a lei) que une causa<br />

(enfermo) e efeito (o objeto deslocado).<br />

Na Psicologia Analítica, desenvolvida por C. G. Jung, ensina-se uma teoria muito<br />

atraente para salvar estas dificuldades e as que surgem do caso comum dos homens que,<br />

estando separados cultural, geográfica e temporalmente, sem nenhum vínculo<br />

comprovado entre eles, tem idéias idênticas ou análogas. Atuaria aqui um “Princípio de<br />

Sincronia” desconhecido pela Ciência, devido a sua incorreta compreensão de Tempo.<br />

Convém recordar, a este respeito, o que disse C.G. Jung em “O Segredo da Flor<br />

de Ouro”: “Há alguns anos me perguntou o então presidente da British<br />

Anthropological Society como eu poderia explicar que um povo espiritualmente<br />

tão elevado como o chinês não tivesse materializado nenhuma Ciência. Repliquei<br />

que isso deveria ser muito provavelmente uma ilusão de óptica, pois os chineses<br />

possuíam uma “Ciência” cujo Standart Work era precisamente o I-Ching, mas<br />

que o princípio desta Ciência, como outras coisas na China, é por completo<br />

diferente de nosso princípio científico. A ciência do I-Ching, em efeito, não<br />

repousa sobre o princípio de causalidade, senão que sobre um, até agora não<br />

denominado – porque não surgiu entre nós – que a título de ensaio é designado<br />

como Princípio de Sincronicidade. Minhas explorações dos processos<br />

inconscientes, me obrigaram, desde muitos anos, a ver em torno de mim em<br />

busca de outro princípio explicativo, porque o de causalidade me parecia<br />

insuficiente para explicar certos fenômenos notáveis da psicologia do<br />

inconsciente. Achei em efeito, que há fenômenos psicológicos paralelos que não<br />

deixam em absoluto relacionar causalmente entre si, senão que devem achar=se<br />

em outra relação do acontecimento. Esta correlação me pareceu essencialmente<br />

dada pelo fato da simultaneidade relativa, daí a expressão sincronicidade. Parece,<br />

na realidade, como se o tempo fosse não algo abstrato, mas um contínuo<br />

concreto, que contém qualidades ou condições fundamentais que se podem<br />

manifestar, com simultaneidade relativa, em diferentes lugares, com um<br />

paralelismo causalmente inexplicável como, por exemplo, em casos da<br />

manifestação simultânea de idênticos pensamentos, símbolos ou estados<br />

psíquicos. Outro exemplo seria a simultaneidade destacada por R. Wilhelm dos<br />

períodos estilísticos dos chineses e europeus, que não podem ser causalmente<br />

relacionados entre si”.<br />

Este era o pensamento do prestigiado Psiquiatra C. G. Jung sobre o tema que me<br />

ocupava. Com seus conceitos, a aparição de dois fenômenos idênticos (idéia comum a<br />

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