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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

estomacal quase na altura do umbigo. Foi uma sensação de um instante, mas de um<br />

efeito terrível.<br />

Aquele olhar e o contato com a mão do Führer tiveram um efeito como de um agente<br />

ácido num cubo de gelo, descompondo e dissolvendo meu estado de ânimo. Foi um<br />

instante, repito, um só instante no qual me senti explorado por dentro.<br />

Já refeito, observei com surpresa que - algo inusitado nele - um sorriso enigmático se<br />

debruçava no rosto do Führer.<br />

- Do Egito, é? – disse Hitler – Adoro o Egito, terra maravilhosa que fascinou a<br />

Napoleão e que produziu um camarada valoroso como Rudolph. .<br />

Rosenberg, que a tudo isso já havia sido apresentado, observava a cena com expressão<br />

divertida.<br />

- Ao vê-lo, jovem Kurt – continuou Hitler – verifico que não é mera causalidade de<br />

Rudolph. Egito é realmente um “Centro de Força Espiritual”; o enigma da Esfinge ainda<br />

está em vigência. Vocês são a prova – nos tomou, a Rudolph Hess e a mim, um em cada<br />

braço - de que uma Ordem Superior guia o destino da Alemanha. Dos germanoegípcios,<br />

que tem respirado os eflúvios gnósticos de Alexandria e do Cairo, conduzidos<br />

pelos Superiores Desconhecidos até aqui para pôr vossa grande capacidade espiritual a<br />

serviço da causa Nacional Socialista.<br />

Ao vê-los - seguiu dizendo o Führer - compreendo o sagrado que é a tarefa que temos<br />

tomado sobre nossos ombros ao fundar o Reich de Mil Anos. Nossa causa não é<br />

somente o melhor ideal pelo qual pode viver ou morrer um germano, é também a causa<br />

da liberdade da humanidade, da luta por salvar o mundo das forças obscuras, do<br />

combate final contra os elementalwesen (seres elementais demoníacos)...<br />

Rosenberg e meu pai assentiam com a cabeça a cada afirmação do Führer, que<br />

continuava vertendo conceitos místicos sem permitir que nada interrompesse seu<br />

monólogo. Distraí-me pensando no estranho poder que havia experimentado ao saudar<br />

o Führer. Uma poderosa Força emanava de Hitler, não sabia se voluntária ou<br />

espontaneamente, e me perguntava se este carisma não havia sido adquirido por meio de<br />

alguma técnica secreta, de algum conhecimento oculto ao que uns poucos privilegiados<br />

tinham acesso.<br />

-... então, diga-me jovem Kurt, quem são definitivamente os inimigos da Alemanha?<br />

Contra que combatemos? – perguntava Hitler dirigindo-se a mim.<br />

Reagi ante a inesperada pergunta com o desespero de haver me distraído de uma parte<br />

da conversa. Três pares de olhos, de Rosenberg, Hess e de meu pai estavam postos em<br />

mim esperando a resposta. No entanto o que havia conseguido escutar era suficiente<br />

para mim, pois a resposta brotou do fundo de meu inconsciente.<br />

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