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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Gruta, que se venerava no vizinho Senhorio de Tharsis, ou Turdes. Quando o Templo estava<br />

terminado, depositou-se em seu altar a imagem de Nossa Senhora da Dor Maior, que ainda se conserva,<br />

e recebeu de Urbano IV a hierarquia de Priorado da Ordem do Templo.<br />

Paralelamente, se trabalhava febrilmente na construção do Castelo, alado junto a Igreja, a 700<br />

metros de altura, cercando com muralhas e com fosso uma praça adjacente a uma torre gótica. Cinco<br />

anos depois, a Igreja e o Castelo se encontravam terminados e as tropas restantes, assim como os irmãos<br />

Construtores de Salomão, se retiravam tranquilamente da área. Não obstante, passariam muitos anos<br />

antes que os aldeões se atrevessem a se aproximarem do Castelo de Aracena.<br />

Mas esta tarefa não foi tudo o que empreenderam os templários contra a Casa de Tharsis nesses<br />

anos: o Castelo de Aracena era uma obrigação imposta pelos Imortais, a que haviam dado fiel<br />

cumprimento. Agora esperariam pacientes o regresso de Bera e Birsa para que eles o usassem em seus<br />

planos. Mas esta paciência não significava imobilidade. Pelo contrário, nem bem foram reconquistadas as<br />

regiões em poder dos árabes, a Ordem se lançou a uma campanha de ocupações em todo o país de<br />

Huelva, ora assentando guarnições em fortalezas e cidades resgatadas, ora construindo novas igrejas e<br />

fortificando praças. A distribuição de tais ocupações não ocorria por acaso nem muito menos deixava de<br />

obedecer a uma rigorosa planificação, cujos objetivos não perdiam nunca de vista a necessidade de cercar a<br />

Casa de Tharsis e conspirar contra o pacto de Sangue. Para recordar somente os mais importantes<br />

lugares desses desdobramentos, vale a pena mencionar a conceição obtida sobre o Convento de Santa<br />

Maria da Rábida, em Palos da fronteira, frente a Huelva, do qual já voltarei a falar, Ou a possessão<br />

completa de Lepe, a antiga leptia dos romanos, situada a seis quilômetros de Cartaya, com o propósito<br />

manifesto de controlar a desembocadura do Rio Pedras, por onde supunham que poderiam navegar<br />

secretamente os Senhores de Tharsis. Ou o suspeito interesse por residir na insignificante Trigueiros, a<br />

25 quilômetros de Valverde do Caminho, muito próxima de Turdes, onde construíram a igreja<br />

paroquial que ainda existe. É que Trigueiros, antiga população romana, se acha encravada no meio de<br />

uma fértil e extensa campina que constituía em tempos remotos o coração da tartéside ibera. Em seus<br />

campos se achacam disseminados sabiamente dezenas de dólmenes e menires, herança do Pacto de<br />

Sangue, que os templários se dedicaram nesses dias a destruir prolixamente: somente se salvou um<br />

dólmen na Vila de Soto, que pode visitar-se hoje em dia, pois os Senhores Moyano de la Cera, de<br />

Sangue de Tharsis e tradicionais fabricantes de doces e mel, impediram aos Cavaleiros de Satanás de<br />

concretizar sua infame missão. Vila de Soto se acha a 5 quilômetros de trigueiros e o dólmen se<br />

encontra na “Cova do Zancarrão de Soto”<br />

Na Casa de Tharsis, como é lógico, aqueles movimentos não passaram despercebidos e obrigaram aos<br />

Senhores de Tharsis a tomar algumas precauções: fortificaram também a Villa de Turdes e a Residência<br />

Senhorial, pois acreditavam que os Golen se prestavam a lançar uma Cruzada contra eles sob pretexto<br />

de heresia, talvez denunciando o Culto da Virgem da Gruta; e estacionaram na praça uma força de<br />

quinhentos almogáveres e cinqüenta Cavaleiros, que erro mais que se permitia armar ao Conde de<br />

Tarseval para outros fins que não fossem os de Reconquista. Lamentavelmente nada disso seria<br />

necessário, mas os Senhores de Tharsis não acertaram, mais uma vez, em prevenir os planos de Bera e<br />

Birsa.<br />

A tudo isso o senhor se perguntará, Dr., Siegnagel, que foi da Espada Sábia, desde o dia que caiu<br />

Tartessos e as Vrayas a ocultaram na Caverna Secreta. A reposta é simples: permaneceu na Caverna o<br />

tempo todo, ou seja, durante uns mil e setecentos anos até o momento. Levou-se a cabo, assim, o<br />

juramento que fizeram os Homens de Pedra: a Espada Sábia não seria exposta novamente à luz do dia<br />

até que não chegasse a oportunidade de partir, até que os Futuros Homens de Pedra vissem refletida na<br />

Pedra de Vênus o Sinal Lítico de K’Taagar. Para isso, os Senhores de Tharsis estabeleceram que uma<br />

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