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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Oh Krishna, vendo a esses parentes desejosos de pelejar, me falham os membros<br />

do corpo, minha boca está seca, estou tremendo, o corpo se me estremece, minha pele<br />

arde, não posso sustentar o arco. Não posso estar em pé, minha mente está em um<br />

turbilhão. Oh, Krishna! Vejo sinais de mau agouro.<br />

31. - 34. – Não vejo que bem posso lograr matando a meus parentes na guerra. Oh,<br />

Krishna, eu não desejo a vitória, nem a soberania, nem os prazeres. Oh, Govinda! De<br />

que nos serviriam a soberania, os prazeres, ainda a vida mesma, quando meus<br />

instrutores, tios, filhos, tios-avós, tios maternos, sogros, netos, cunhados e demais<br />

parentes para quem desejamos essas felicidades, estão reunidos aqui para lutar, havendo<br />

renunciado a seus bens e ainda a suas vidas?<br />

35. – Oh, Madhusudana! (Krishna) Ainda que eles me matem, não quero matálos,<br />

nem para reinar neste mundo, nem para a soberania dos Três Mundos.<br />

36. - 37. – Oh, Yanardana ! (Krishna) Que prazer teríamos matando aos Dharta-<br />

Rashtras? Seria um ato pecaminoso matar a esses agressores. Por isso, não devemos<br />

destruir a nossos parentes, os Dharta-Rashtras. Oh, Madhaya! (Krishna) Como<br />

poderemos ser felizes, matando a nossos próprios parentes?<br />

38. - 39. – Ainda que eles, com a mente dominada pela cobiça, não vêem nenhum<br />

mal em destruir aos parentes, nem pecado em serem hostis aos amigos, por que, Oh,<br />

Yanardana, nós que vemos o grande mal que nasce da destruição dos parentes, não<br />

desistimos de cometer este pecado?<br />

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -<br />

47. – Dizendo isto, Arjuna tirou ser arco e flechas e, com o coração muito dolorido,<br />

caiu sentado em seu carro.<br />

Na segunda parte do Ghita, chamada “O Caminho do Discernimento”, Sri<br />

Krishna responde às inquietantes e angustiantes perguntas de Arjuna.<br />

1. – A ele (Arjuna) que estava assim abatido pelo pesar e pela compaixão, com os<br />

olhos cheios de lágrimas e com a mente confusa, Madhusudana (Krishna) disse o<br />

seguinte:<br />

2. – Disse o Bendito Senhor:<br />

Neste momento crítico, oh, Arjuna, de onde te vem essa indigna debilidade não<br />

ária, abjeta e contrária à vitória da vida celestial?<br />

3. - Não te portes como um eunuco, Oh, Partha! Isso é indigno de ti; lance fora<br />

essa debilidade de coração e erga-te, Oh, exterminador dos inimigos!<br />

Na continuação, Sri Krishna aconselha Arjuna a seguir o “Caminho da Ação” (ou<br />

Karma yoga) e cumprir com seu Dharma, ou seja, com o destino do Kshatriya que é<br />

apresentar batalha e combater pela justiça sem preocupar-se (a priori) pelo resultado da<br />

batalha, nem pela sorte do inimigo (ainda que sejam parentes e amigos).<br />

31. - Considerando teu dever, tampouco deverias vacilar, porque para um Kshatriya<br />

não há melhor sorte que lutar por uma causa justa.<br />

32. - Oh, Partha! (Arjuna), são realmente afortunados aqueles Kshatriyas a quem se<br />

lhes apresenta a oportunidade de lutar em uma guerra semelhante, que lhes abre as<br />

portas do Céu.<br />

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