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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

“relação de magnitudes”, ou seja, a função matemática. As “Leis” da Física se acham deduzidas de<br />

maneira semelhante.<br />

O conceito de “lei da natureza” que foi exposto é moderno e aponta a “controlar” o fenômeno antes<br />

que a explicá-lo, seguindo a tendência atual que subordina o científico ao tecnológico. Tem-se assim,<br />

fenômenos “regidos” por leis eminentes às quais não somente se aceitam como determinantes, mas que<br />

se as incorpora indissoluvelmente ao próprio fenômeno, esquecendo, ou simplesmente ignorando, que se<br />

trata de quantificações racionais. É o que se passa, por exemplo, quando se adverte o fenômeno de um<br />

objeto que cai e se afirma que tal coisa tenha ocorrido porque “atuou a lei da gravidade”. Aqui a “lei da<br />

gravidade” é eminente, e ainda que “se saiba que existem outras leis”, as quais “intervém também, mas<br />

com menor intensidade”, se crêem cegamente que o objeto em sua queda obedece a Lei de Newton e<br />

que esta “lei da natureza” tem sido a causa de seu deslocamento. Contudo, o fato concreto é que o<br />

fenômeno não obedece à lei eminente alguma. O fenômeno simplesmente ocorre e nada há nele<br />

que aponte intencionalmente até uma lei da natureza, e menos ainda uma lei eminente. O fenômeno é<br />

parte de uma inseparável totalidade que se chama “a realidade”, ou “o mundo”, e que inclui, nesse<br />

caráter, a todos os fenômenos, os que já tenham ocorrido e os que haverão de ocorrer. Por isso, na<br />

realidade os fenômenos simplesmente ocorrem, sucedendo, talvez, a alguns que já tenham ocorrido, ou<br />

simultaneamente com outros semelhantes a ele. O fenômeno é somente uma parte dessa “realidade<br />

fenomênica” que jamais perde seu caráter de totalidade de uma realidade que não se expressa em termos<br />

de causa e efeito para sustentar o fenômeno; enfim, de uma realidade na qual o fenômeno acontece<br />

independentemente de que sua ocorrência seja ou não significativa para um observador e cumpra ou não<br />

com leis eminentes. .<br />

Antes de abordar o problema da “preeminência das premissas culturais” na evolução racional de um<br />

fenômeno, convém despojar a este de qualquer possibilidade que o aparte da pura determinação mecânica<br />

ou evolutiva, segundo a “ordem natural”. Para isso estabelecerei, depois de uma breve análise, a diferença<br />

entre fenômeno de “primeiro” ou de “segundo” grau de determinação, esclarecimento indispensável dado<br />

que as leis eminentes correspondem sempre a fenômenos de primeiro grau.<br />

Para o gnóstico “o mundo” que nos rodeia não é mais que a ordenação da matéria efetuada pelo<br />

Deus Criador, o Uno, em um princípio, e a qual percebemos em sua atualidade temporal. A Sabedoria<br />

Hiperbórea, mãe do pensamento gnóstico, vai mais longe ao afirmar que o espaço, e tudo quanto ele<br />

contenha, se encontra constituído por associações múltiplas de um único elemento denominado<br />

“quantum arquetípico de energia”, o qual constitui um termo físico da mônada arquetípica, ou<br />

seja, da unidade formativa absoluta do plano arquetípico.<br />

Este quantum, que são verdadeiros átomos arquetípicos, não conformadores ou estruturadores de<br />

formas, possuem, cada um, um ponto indiscernível mediante o qual se realiza a difusão panteísta<br />

do Criador. A saber, que, mercê de um sistema pontual de contato poli dimensional, se faz efetiva a<br />

presença do Demiurgo em toda porção ponderável de matéria, qualquer que seja sua qualidade. Esta<br />

penetração universal, ao ser comprovado por pessoas em distinto grau de confusão, tem levado à errônea<br />

crença de que “a matéria” é a própria substância do Uno. Tal as concepções vulgares dos sistemas<br />

panteístas ou daqueles que aludem a um “Espírito do Mundo” ou “Anima Mundi”, etc. Na<br />

realidade a matéria tem sido “ordenada” pelo Criador e “impulsionada” a um desenvolvimento legal<br />

no tempo de cuja força evolutiva não escapa nem a mais ínfima partícula (e da qual participa, por<br />

suposto, o “corpo humano”).<br />

De fato esta exposição sintática da “Física Hiperbórea” por que é necessário distinguir dois graus de<br />

determinismo. O mundo, tal qual o descobri recentemente, se desenvolve mecanicamente, orientado para<br />

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