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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Imobilizem todo mundo e, quando chegarem os caminhões, carreguem tudo e se<br />

reúnam conosco no edifício de dormitórios, junto ao cassino. Em quinze minutos<br />

devem estar ali! – ordenei.<br />

Os quinze tibetanos e eu nos dedicamos a recolher nossos equipamentos e<br />

roupas, e empilhar tudo na porta do quartel. Quinze minutos depois saíamos do quartel<br />

de Munich. O primeiro grupo tinha feito quatro prisioneiros. O de maior grau era um<br />

Scharführer: A ele lhe dei carta dirigida ao General Koller. Nela pedia desculpas pelo<br />

atropelo, e lhe informava que “Eu não podia obedecer a ordem do Reichführer<br />

Himmler, pois esta contradizia outra ordem anterior que me obrigava a ir para<br />

Berlim. O autor da primeira ordem era um Chefe do Serviço Secreto do qual eu<br />

só estava autorizado a mencionar seu nome chave: Unicornis”. Rogava para<br />

comunicar esta mensagem textual Reichführer e me despedia amavelmente do General<br />

Koller. Não esperava que Koller me perdoasse por ter ridicularizado seus homens, mas<br />

tinha fé que Himmler deixaria tudo como estava, ao invés de se enfrentar com os<br />

cérebros ocultos do Terceiro Reich. Soltamos, pois, os desconcertados soldados na<br />

entrada Norte de Munich, reiterando que transmitissem esta carta o quanto antes ao<br />

General Koller.<br />

Meus cálculos foram corretos porque Himmler nada fez depois de receber a<br />

lacônica mensagem. Inclusive nos cruzamos com tropas . provenientes da frente russa<br />

às quais nenhuma advertência tinha sido feita a nosso respeito.<br />

Agora bem: era 28 de Abril e creio que esse foi o último dia em que existiu uma<br />

mínima possibilidade de chegar a Berlim por comboio. Nossa rota era como marchar<br />

pelo fio dos dentes do Dragão sinárquico: todas eram vanguardas inimigas ao longo do<br />

caminho; primeiro entrepostos franceses e ianques que avançavam do Oeste, e logo<br />

posições russas procedentes do Leste, que chocavam com as colunas ianques nas<br />

margens do Elba. Munich cairia em poder dos franco-ianques em 30 de Abril, quer<br />

dizer, dois dias depois que saímos.<br />

De todos os modos, e sustentando periódicos embates contra ianques e russos,<br />

chegamos a Potsdam ao anoitecer. Impossível atravessar as linhas russas em dois<br />

caminhões alemães e com uma legião . Duas horas mais levamos para localizar um<br />

acampamento russo apropriado para obter uma camuflagem imprescindível: uns 60<br />

soldados da infantaria russa dormiam numa fileira, resguardados por quatro sentinelas.<br />

Todos morreram por arma branca, a maioria degolados, pois ninguém queria rasgar seu<br />

disfarce. No entanto, nenhum legionário queria tirar seu uniforme da e tivemos de<br />

por a roupa russa por coma, muitas vezes ajudando a entrar na roupa com generosos<br />

golpes de faca.<br />

Assim vestidos, marchamos mais ou menos abertamente em direção ao Spree.<br />

Seguindo sua margem demos com a ponte Veindendammer, que estava coberta por<br />

meninos da Juventude Hitlerista de Arthur Axmann. Dez minutos me custou convencer<br />

um Obersturmführer de 12 anos que éramos uma formação das . e que devia deixarnos<br />

passar. Finalmente cruzamos todos e todos tiraram ali a roupa russa, menos eu que<br />

ainda tinha de seguir bastante.<br />

Por que nos separávamos, agora sim, definitivamente. A Legião Tibetana<br />

pertencia ao Leibstandarte Adolf Hitler, o Corpo . que tinha a seu cargo a guarda<br />

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