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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

megalíticas; se não fosse possível, modificar as formas das pedras até neutralizar<br />

a função dos conjuntos; se isso não fosse possível, gravar nas pedras os signos<br />

arquetípicos da Matéria correspondente à função de neutralizar; se isso não fosse<br />

possível, distorcer ao menos o significado bélico da construção convertendo-a em<br />

monumento funerário; etc.”, e: “combater até a morte os aliados dos Atlantes<br />

Brancos”.<br />

Como disse antes, logo de haver imposto essas missões os Atlantes continuavam seu lento avanço ao<br />

Leste; os brancos sempre seguidos a prudente distância pelos morenos. Por isso que os morenos tardaram<br />

milhares de anos para alcançar o Egito, onde se assentaram e impulsionaram uma civilização que durou<br />

tantos outros milhares de anos e na qual oficiaram novamente como Sacerdotes das Potências da<br />

Matéria. Os Atlantes Brancos, no entanto, seguiram sempre para o Leste, atravessando Europa e Ásia<br />

por uma frente larga que se limitava ao norte com as regiões árticas, e desaparecendo misteriosamente ao<br />

fim da pré-história: contudo, por trás de seus passos, belicosos povos brancos se ergueram sem cessar,<br />

aportando o melhor de suas tradições guerreiras e espirituais da História do Ocidente.<br />

Mas aonde se dirigiam os Atlantes Brancos? À cidade de K’Taagar ou Agartha, um lugar que,<br />

conforme as revelações feitas ao meu povo, era o refúgio de alguns dos Deuses Libertadores, os que ainda<br />

permaneciam na Terra aguardando a chegada dos últimos combatentes. Aquela cidade ignota havia sido<br />

construída na Terra há milhões de anos, nos dias em que os Deuses Libertadores vieram de Vênus e se<br />

assentaram sobre um continente que nomearam Hiperbórea em memória da Pátria do Espírito. Na<br />

verdade, os Deuses Libertadores afirmam provir de Hiperbórea, um mundo não-criado, quer dizer, não<br />

criado pelo deus criador, existente Mais-além-da-Origem: à Origem denominavam Thule e, segundo<br />

eles, Hiperbórea significava Pátria do Espírito. Havia, assim, uma Hiperbórea original e uma terrestre;<br />

e um centro isotrópico Thule, assento do Graal, que refletia a Origem e que era tão intocável quanto<br />

estava. Toda a Sabedoria espiritual da Atlântida era uma herança de Hiperbórea e por isso os Atlantes<br />

Brancos chamavam a si mesmos “Iniciados Hiperbóreos”. A cidade mítica de Katigara, que figura em<br />

todos os mapas anteriores ao descobrimento da América como próxima da China, não é outra que<br />

K’Taagar, a morada dos Deuses Libertadores, na que só se permite entrar os Iniciados no Mistério do<br />

Sangue Puro.<br />

Finalmente os Atlantes partiram da península ibérica. Como se asseguraram de que as missões<br />

impostas aos povos nativos seriam cumpridas em sua ausência? Mediante a celebração de um pacto com<br />

aqueles membros do povo que iriam representar o Poder dos Deuses, um pacto que de não ser cumprido<br />

arriscava algo mais que a morte da vida: os colaboradores dos Atlantes morenos punham em jogo a<br />

imortalidade da Alma, enquanto os seguidores dos Brancos acenavam com a eternidade do Espírito.<br />

Mas ambas as missões, tal como disse, eram essencialmente diferentes, e os acordos em que se fundavam,<br />

naturalmente, também o eram: o dos Atlantes Brancos foi um Pacto de Sangue, enquanto o dos<br />

Atlantes morenos consistiu em um Pacto Cultural.<br />

Evidentemente, doutor Siegnagel, esta carta será extensa e terei de escrevê-la em vários dias.<br />

Amanhã continuarei no ponto suspenso no relato, e farei um breve parêntese para examinar os dois<br />

Pactos: é necessário, pois daí surgirão as chaves que lhe permitirão interpretar minha própria história.<br />

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