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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Quadragésimo Terceiro Dia<br />

S<br />

íntese Geral da Sabedoria Hiperbórea:<br />

A possibilidade de instaurar a Sinarquia Universal na Idade Média se havia evaporado<br />

nas Fogueiras da Inquisição. O Inimigo tardaria, todavia, setecentos anos antes de<br />

acertar, na época atual, com outra possibilidade semelhante. Aqui seria, pois, o momento de abandonar<br />

o tema da Sinarquia Medieval e continuar com a história da Casa de Tharsis que, como adiantei<br />

reiteradas vezes, se trasladaria em parte a América e fundaria a linhagem da qual descendo. Porém,<br />

estimado e atento Dr. Siegnagel, é meu desejo que consiga compreender com a maior profundidade<br />

possível a Sabedoria Hiperbórea, porque ela é a causa verdadeira do drama da Casa de Tharsis. Sei<br />

que em muitas partes a narração da história da Casa de Tharsis fica obscura pela ausência de detalhes,<br />

pelo desconhecido que resulta ao profano a Sabedoria Hiperbórea. Por isso, antes de continuar com o<br />

relato, tomarei uns dias para expor uma “Síntese Geral” do que já foi visto da<br />

Sabedoria Hiperbórea: fundamentalmente, procurarei esclarecer as principais idéias mencionadas<br />

ou referidas até agora. Creio que a melhor maneira de lograr este objetivo será descrever quatro conceitos<br />

da Sabedoria Hiperbórea e defini-los mediante uma linguagem acessível pra o senhor. Tais conceitos são:<br />

“A Cultura é uma arma estratégica inimiga”. “O Eu, no Homem Criado, é um<br />

produto do Espírito Não Criado”. “A Alegoria do Eu prisioneiro”, e “A Estratégia<br />

Odal dos Deuses Libertadores”. Enquanto durar a exposição desses temas sub intitularei os<br />

dias: “Síntese Geral da Sabedoria Hiperbórea”.<br />

Logo, tal síntese causará a natural interrupção do relato da história da Casa de Tharsis. É por isso<br />

que, se está muito interessado em continuar com a narração básica, sugiro saltar para o dia 49. Nesse<br />

dia prossegue a história e sua expectativa ficará satisfeita, mas advirto que é indispensável que ao final<br />

leia os dias passados por cima, para completar seu conhecimento geral da Sabedoria Hiperbórea.<br />

Na carta que escrevi no Terceiro Dia, expliquei que “o princípio para estabelecer a<br />

filiação de um povo aliado dos Atlantes consiste na oposição entre Culto e a Sabedoria: o<br />

sustento de um Culto às Potências da Matéria, a Deuses que se situam acima do homem e aprovam sua<br />

miserável existência terrena, a Deuses Criadores ou Determinadores do Destino do homem, coloca<br />

automaticamente a seus cultuadores no marco do Pacto Cultural, estejam ou não os Sacerdotes à vista”.<br />

O primeiro conceito é fácil compreender como conseqüência desta definição. Para o Inimigo do Pacto de<br />

Sangue, ou seja, os membros do Pacto Cultural, “a Cultura é uma arma estratégica”. Ao longo<br />

de toda minha carta, já mostrei várias vezes essa verdade em múltiplos exemplos nos quais se viu aos<br />

membros do Pacto Cultural irem dominando as sociedades humanas mediante o controle das principais<br />

variantes sociais. Porém, a Sabedoria hiperbórea afirma que o objetivo do Inimigo é mais sutil e que sua<br />

Estratégia aponta a controlar o Espírito do Homem, no homem, a saber, se propõe a controlar seu Eu.<br />

Quando se realiza a crítica da moderna cultura urbana do “Ocidente cristão” resta destacarem-se os<br />

“males” que esta provoca em alguns indivíduos: a Alienação, a Desumanidade, a Escravidão ao<br />

consumo, a Neurose depressiva e sua reação, a Dependência a diversos vícios, desde narcóticos até a<br />

perversão do sexo, a Competitividade desenfreada motivada pela cobiça e ambição de poder, etc. A lista é<br />

interminável, mas todos os cargos omitem, deliberadamente, o essencial, teimosamente, em males<br />

“externos” a Alma do homem, originados em “imperfeições da sociedade”. Como complemento desta<br />

falácia se argumenta que a solução, o remédio para todos os males é “o aperfeiçoamento da sociedade”,<br />

sua “evolução” às formas de organização mais justa, mais humana, etc. A omissão radica em que o<br />

mal, o único mal, não é externo ao homem, não provém do mundo senão que radica em seu interior,<br />

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