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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Hk tanto se referiam ao Incognoscível como aos Deuses Libertadores; a segunda é “Ta” ou “Taa”,<br />

que significa Cidade: mas não qualquer cidade mas uma Cidade Hiperbórea, Cidade de Atlantes<br />

Brancos; e a terceira é “Gr” ou “Gar”, que equivale a Cripta, gruta ou recinto subterrâneo. K’Taagar<br />

quer dizer, pois, “A Cidade Subterrânea dos Deuses Libertadores”. Com a supressão do K e a<br />

transposição das outras palavras, outros povos se referiram à mesma Cidade como Agartha, ou A’grta,<br />

que significa literalmente “Cidade Subterrânea”. A Virgem de K’Taagar é também a Virgem de<br />

Agartha. Mas A’grta pode ser interpretado de qualquer modo como “a gruta”: surge assim a<br />

verdadeira origem da engenhosa denominação “Nossa Senhora da Gruta” que os Senhores de Tharsis<br />

adotaram para referir-se publicamente à Virgem de Agartha.<br />

Em conclusão, ao ditar-se a Lei Imperial de 392 que reprimia a prática dos Cultos pagãos, os<br />

Senhores de Tharsis já eram Cristãos, católicos romanos, e sustentavam em sua ecclesiae propriae<br />

o Culto a Nossa Senhora da Gruta, a Virgem de Agartha. Não é que com essa mudança tenham<br />

renunciado ao Culto do Fogo Frio: na verdade, para celebrar aquele Culto não se requeria nenhuma<br />

imagem. Foi a necessidade figurativa dos Lídios que, ao “aperfeiçoar a Forma do Culto” introduziu no<br />

passado a Imagem de Pyrena. Mas Pyrena era o Fogo Frio no Coração, e sua representação mais<br />

simples consistia na Lâmpada Perene: aos Eleitos da Deusa, que ainda acreditassem em Sua Promessa,<br />

só deveria bastar-lhes a Lâmpada Perene, posto que o Ritual e a Prova do Fogo Frio deveriam agora<br />

realizar-se internamente. Assim que todo o Antigo Mistério do Fogo Frio estava exposto à vista<br />

naquela Basílica da Villa de Turdes. Mas, como antes, como sempre, somente os Homens de Pedra o<br />

compreendiam. Só Eles sabiam, ao orar na Capela, que o Olhar da Virgem de Agartha e do Menino<br />

de Pedra, estava cravado na Chama da Lâmpada Perene; e que essa Chama dançarina era Pyrena, era<br />

Frya, a Esposa de Navutan, expressando com sua dança o Segredo da Morte.<br />

Apenas começado o século IV, três povos bárbaros se lançam de assalto sobre a Espanha: dois são<br />

germanos, os suevos e os vândalos, e o outro, o dos alanos, era iraniano. Na partilha que fazem,<br />

os alanos ocupam a Lusitânia e parte da Bética, inclusa a região da Villa de Turdes: chegam em 409 e,<br />

nos oito anos que conseguem sustentar-se na região, sua presença se reduz ao proveito próprio dos<br />

impostos correspondentes aos funcionários romanos e ao saque periódico de algumas aldeias. Para fazer<br />

frente à invasão, o general romano Constâncio, em nome do Imperador Honório, contrata o Rei Valia<br />

dos Visigodos mediante um foedus firmado no ano 416: por este tratado os visigodos se comprometem<br />

a combater, na qualidade de federados do Império, contra os povos bárbaros que ocupam a Espanha,<br />

recebendo terras em troca, para se assentar no sul da Gália, a Terraconense e a Narbonense. Os alanos<br />

são assim rapidamente aniquilados, enquanto os vândalos ainda realizam incursões à Bética por alguns<br />

anos até que finalmente abandonam a península rumo à África.<br />

Quando em 476 o ésquiro Odoacro depôs o Imperador Romano Augústulo, dando fim ao Império<br />

Romano do Ocidente, fazia já cinco anos que o Rei Eurico dos Visigodos tinha ocupado a Espanha.<br />

Desta vez, os visigodos ingressaram para acabar com os suevos, em cumprimento do foedus de 418, mas<br />

não iriam embora pelos próximos duzentos e cinqüenta anos.<br />

A presença permanente dos visigodos na Espanha não afetou de maneira determinante a vida dos<br />

hispano romanos, salvo no caso dos proprietários de grandes latifúndios que se viram obrigados pelo<br />

foedus a repartir suas terras com os “hóspedes” germanos. Tal era o caso dos Senhores de Tharsis, ao ter<br />

de hospedar uma família visigoda de nome Valter e ceder-lhe um terço da terra dominicata e dois<br />

terços da terra indominicata. Mas logo de tal expropriação, que constituía um pagamento justo pela<br />

tranqüilidade que assegurava a presença visigoda frente às recentes invasões, tudo continuava igual aos<br />

dias do Império Romano: só o destino dos impostos tinha mudado, que já não era Roma, mas a mais<br />

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