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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Deve-se ver nessa alegoria o seguinte: parsifal compreende que o Gral não deve ser buscado<br />

pelo mundo (Valplads), através do tempo (Consciência fluente do Demiurgo), e decide valer-se de<br />

uma Via Estratégica Hiperbórea. Para isso se situa “despido” (sem as premissas culturais<br />

preeminentes) num castelo (“lugar” fortificado pela lei do cerco), dessincronizando-se do “tempo do<br />

mundo” e criando um “tempo próprio”, inverso, que “aponte para o passado”. Então, aparece o Gral<br />

e “abre seus olhos” (Memória de Sangue). Parsifal adverte que “o trono está vazio” (que o Espírito<br />

pode ser recuperado) e decide reclama-lo (se submete às provas das Vias Secretas de Libertação) e se<br />

transforma em Rei (se transmuta em Homem de Pedra).<br />

Espero ter deixado claro que o Gral não deve ser buscado, pois ele aparece quando a consciência do<br />

homem se tenha dessincronizado do tempo do mundo e se tenha despojado da máscara cultural. Desejo<br />

mostrar agora outro aspecto da reação inimiga que tem motivado a presença do Gral.<br />

Pelo Gral o homem comete o crime de despertar; peca, e o castigo se cobra com moedas de dor e<br />

sofrimento, pela encarnação e pela lei do Karma. Os encarregados de velar pela Lei, e a quem mais<br />

ofende a recordação hiperbórea dos homens despertos são os “anjos guardiões”, ou seja, os Demônios de<br />

Chang Shambala e sua Fraternidade Branca. Há aparte desta, uma reação direta do Demiurgo<br />

que convém conhecer. Mas, como tal reação se tem repetido muitas e muitas vezes desde que os Espíritos<br />

Hiperbóreos foram aprisionados ao jugo da carne, uma exposição completa deveria abarcar um lapso de<br />

tempo enorme, que vai além da História oficial e se perde na noite da Atlântida e Lemúria. Logo, não<br />

poderei embarcar-me em um relato semelhante e por isso somente me referirei à reação do Demiurgo em<br />

tempos históricos, mas não deve esquecer-se que tudo quanto se diga sobre este fato não é<br />

exclusivo de uma Época, senão que já tenha sido, e seguramente voltará a ser. Uma breve<br />

introdução lhe permitirá compreender tal reação direta.<br />

Quando se lança a pergunta, ingênua, sobre como são os mundos de onde vem o Espírito cativo,<br />

crendo que pode haver alguma imagem que represente a inimagibilidade Hiperbórea, a Sabedoria<br />

Hiperbórea somente responde com uma figura metafísica; diz assim, ao ignorante aprendiz: “imagine<br />

que um punhado de poeira recebe um débil reflexo dos Mundos Verdadeiros, e supondo que, depois, tal<br />

punhado é dividido e reorganizado em infinitas partículas. Faça outro esforço de imaginação e suponha<br />

que o Universo material que conheces e habitas tenha sido construído com os pedaços daquele punhado de<br />

poeira. A Sabedoria Hiperbórea te diz: se fores capaz de reintegrar em um ato de imaginação a imensa<br />

multiplicidade do Cosmo no punhado original, então, vendo-o em sua totalidade, perceberás somente um<br />

débil reflexo dos Mundos Verdadeiros. Se fores capaz de reintegrar o Cosmo em um<br />

punhado de poeira verás somente uma imagem deformada da Pátria do Espírito.<br />

Isso é tudo quanto se possa conhecer daqui.”<br />

A metáfora se torna transparente se considerar que o Demiurgo tenha construído o Universo<br />

imitando uma torpe e deformada imagem dos Mundos Verdadeiros. Insuflou Seu Hálito à Matéria e a<br />

ordenou com o propósito de “copiar” o débil reflexo que alguma vez recebeu das Esferas Não Criadas.<br />

Mas nem a substância era a adequada, nem o Arquétipo estava capacitado para isso e, somando a isso<br />

os males, deve considerar-se a intenção perversa de pretender reinar como Deus da obra, a<br />

semelhança (?) do Incognoscível. O resultado está à vista: um Inferno maligno e demente, no qual,<br />

muitíssimo tempo depois de sua criação, por um Mistério de A-mort, incontáveis Espíritos Eternos<br />

foram escravizados, aprisionados à matéria e sujeitos à evolução da vida.<br />

A característica principal do Demiurgo é, evidentemente, a imitação, por meio da qual tentou<br />

reproduzir os mundos verdadeiros e cujo resultado foi esse vil e medíocre Universo material. Mas nas<br />

distintas partes de Sua Obra, onde se adverte a alucinante persistência em imitar, repetir e copiar. No<br />

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