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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

dos Deuses, dos Homens Semidivinos que, junto a um corpo animal e uma Alma<br />

material possuíam um Espírito Eterno. Se se traia o Pacto de Sangue, se o Sangue se tornava<br />

impuro, então o Símbolo da Origem se debilitaria e já não se podia ver o Signo da Origem sobre a Pedra<br />

de Vênus: se perderia assim a possibilidade de “compreender a serpente”, a máxima Sabedoria, e com<br />

ela a oportunidade, a última oportunidade, de se incorporar à Guerra Essencial. Pelo contrário, se se<br />

respeitava o Pacto de Sangue e se conservava o Sangue Puro, então a Pedra de Vênus poderia ser<br />

denominada com justiça “espelho do Sangue Puro” e quem observasse sobre ela o Signo da<br />

Origem seriam “Iniciados no Mistério do Sangue Puro”, verdadeiros Guerreiros Sábios.<br />

Os Atlantes Brancos afirmavam que seu avanço continental estava guiado diretamente por um<br />

Grande Chefe Branco a quem chamavam Navutan. Esse Chefe que somente eles viam, e por quem<br />

expressavam um profundo respeito e veneração, tinha fama de ter sido quem revelou aos Atlantes<br />

Brancos o Signo da Origem. Naturalmente, o Signo da Origem seria incomunicável, posto que só possa<br />

ser visto por quem possui previamente, em seu Sangue, o Símbolo da Origem. A Pedra de Vênus, o<br />

Espelho do Sangue Puro, permitia justamente obter fora um reflexo do Símbolo da Origem: mas<br />

aquele reflexo, o Signo da Origem, não podia ser comunicado por Iniciação nem por nenhuma função<br />

social se o receptor carecia da herança do Símbolo da Origem. Inclusive entre os Atlantes Brancos, houve<br />

um tempo em que só uns poucos, individualmente, conseguiam conhecer o Símbolo da Origem. A<br />

dificuldade estava na impossibilidade de estabelecer uma correspondência entre o Criado e o Não Criado:<br />

era como se a matéria fosse impotente para refletir o Não Criado. De fato, as Pedras de Vênus tinham<br />

sido modificadas estruturalmente pelos Deuses Libertadores para que cumprissem sua função.<br />

Com o propósito de resolver este problema e de dotar à sua Raça da Mais Alta Sabedoria, maior ainda<br />

que a Sabedoria Lítica conhecida por eles, Navutan desceu ao Inferno. Pelo menos isso contava os<br />

Atlantes Brancos. Aqui, lutou contra as Potências da Matéria, mas não as conseguiu obrigar a refletir o<br />

Símbolo da Origem para que fosse visto por todos os membros de sua Raça. Ao parecer foi Frya, sua<br />

Divina Esposa, quem resolveu o problema: ela pôde expressar o Signo da Origem<br />

mediante a dança.<br />

Todos os movimentos da dança procedem do movimento das aves, de seus Arquétipos. A<br />

descoberta de Frya permitiu a Navutan compreender o Signo da Origem com a Língua dos<br />

Pássaros e expressá-lo do mesmo modo. Mas não era esta uma língua composta por sons, mas por<br />

movimentos significativos que realizavam certas aves em conjunto, especialmente as pernaltas<br />

como a garça, e as galináceas como o perdiz, o pavão e o faisão: segundo Navutan, para compreender o<br />

Signo da Origem se necessitavam “treze mais três Vrunas”, quer dizer, um alfabeto de dezesseis signos<br />

denominados Vrunas ou Varunas.<br />

Graças a Navutan e Frya, os Atlantes Brancos eram Auspícios (da ave spicere), ou seja,<br />

estavam dotados da compreensão do Signo da Origem observando o vôo das aves: a Língua dos Pássaros<br />

representava, para eles, uma vitória racial do Espírito contra as Potências da Matéria.<br />

Assim se sintetizaria a Sabedoria de Navutan: quem compreendesse o alfabeto de<br />

dezesseis Vrunas compreenderia a Língua dos Pássaros. Quem compreendesse a<br />

Língua dos Pássaros compreenderia o Signo da Origem. Quem compreendesse o<br />

Signo da Origem compreenderia a serpente. E quem compreendesse a serpente,<br />

com o Signo da Origem, poderia ser livre na Origem.<br />

É claro que os Atlantes Brancos não confiavam na durabilidade da Língua dos Pássaros, a que,<br />

apesar de tudo, transmitiam aos seus descendentes do Pacto de Sangue. Previam que, quando do triunfo<br />

do Pacto Cultural dos Atlantes morenos, a língua sagrada logo seria esquecida pelos homens; nesse caso,<br />

a única garantia de que ao menos alguém individualmente conseguisse ver o Signo da Origem estaria<br />

constituída pela Pedra de Vênus. Com grande acerto, basearam nela o êxito da missão. Assim, quando<br />

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