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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Décimo Segundo Dia<br />

O<br />

imperador Constantino, com o edito de Milão do ano 313, legaliza o cristianismo e lhe<br />

concede direitos equivalentes aos dos Cultos pagãos oficiais. Até o final do Século IV, no<br />

ano 381, por obra do imperador Teodósio I, se declara o Cristianismo “religião<br />

oficial do Estado” e se proíbem os Cultos pagãos; em 386 se ordena, mediante decreto imperial, “o<br />

fechamento de todos os templos pagãos”; e em 392, por lei imperial, “se considera e castiga o<br />

Culto pagão como crime de lesa majestade”, quer dizer, sancionado com a pena de morte.<br />

Estas medidas não afetaram os Senhores de Tharsis, pois anos antes já haviam adotado o Cristianismo<br />

como religião familiar. O Culto de Jesus Cristo provinha do país de Canaã, a pátria dos Golen, e tal<br />

origem era logicamente suspeitosa; ademais, estava o pretendido fundamento cultural do drama de Jesus:<br />

as profecias registradas num conjunto de livros canônicos dos hebreus, que afirmam ser o “Povo<br />

Escolhido do Deus Criador”. Nada disso convencia aos senhores de Tharsis e, pelo contrário, quanto<br />

mais observavam aquele Culto oriental, mais se persuadiam de que por trás dele se ocultava uma<br />

conspiração colossal urdida pela Fraternidade Branca. Como foi, então, que adotaram o Cristianismo<br />

como religião familiar? Porque, por sobre a procedência do Culto e a filiação de seus cultuadores, havia<br />

um fato inquestionável: que a história narrada nos evangelhos era em parte verdadeira.<br />

Isto os senhores de Tharsis podiam afirmar sem dúvida alguma, pois eles a conheciam há milhares de<br />

anos, muito tempo antes que Jesus vivesse na palestina. Pois aquela era, indubitavelmente, uma nova<br />

versão da história de Navutan.<br />

Para conhecer a história em toda a sua pureza deve-se remontar a milhares de anos no passado, até a<br />

época dos Atlantes Brancos, Pais de todos os povos do Pacto de Sangue. Eles asseguravam serem<br />

guiados por Navutan, o Grande Chefe Branco que havia descoberto o segredo do aprisionamento<br />

espiritual, e lhes havia revelado o modo com o qual o Espírito poderia abandonar a matéria e ser livre e<br />

eterno “Mais Além das Estrelas”, quer dizer, mais além das Moradas dos Deuses e das Potências da<br />

Matéria. De acordo com os relatos dos Atlantes Brancos, Navutan era um Deus que existia, livre e<br />

eterno como todos os Espíritos Hiperbóreos, além das Estrelas. O Deus Incognoscível, de quem nada se<br />

pode afirmar aquém da Origem, Navutan e outros Deuses estavam furiosos porque uma parte da Raça<br />

do Espírito estava detida no Universo da Matéria: e a ira não era dirigida somente contra as potências<br />

da matéria que retinham os espíritos, mas também contra o espírito débil, contra o Espírito carente de<br />

Vontade Graciosa para quebrar a ilusão do Grande Engano e libertar-se por si mesmo. Na Terra, o<br />

Espírito tinha sido aprisionado ao animal-homem para que sua força volitiva acelerasse a evolução da<br />

estrutura psíquica deste: e tão férreo era o aprisionamento, tão sumido estava o Espírito na natureza<br />

anímica do animal-homem, que tinha esquecido sua Origem e acreditava ser um produto da Natureza e<br />

das Potências da Matéria, uma criação dos Deuses. Em outras ocasiões, desde que o espírito<br />

permanecesse na Terra, os Deuses Libertadores seus Espíritos Irmãos, acudiram em sua ajuda e muitos<br />

foram libertados e voltaram com Eles: por causa disso, se travaram terríveis batalhas com as Potências<br />

da Matéria. Ultimamente, por exemplo, havia atravessado a Origem, e se apresentou ante os homens da<br />

Atlântida, o Grande Chefe de Toda a Raça Hiperbórea prisioneira, o Senhor da Beleza das Formas<br />

Não-Criadas, o Senhor do Valor Absoluto, o Senhor da Luz Não-Criada, o Enviado do Deus<br />

Incognoscível para libertar o Espírito, quer dizer, o Kristos de Luz Não-Criada, Kristos Luz, Luci<br />

Bel, Lúcifer, ou Kristos Lúcifer. Mas a manifestação de Kristos Lúcifer na Atlântida causou a<br />

destruição da civilização materialista: a Batalha da Atlântida culminou com o afundamento do<br />

continente, muito depois de que Aquele tivesse regressado à Origem.<br />

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