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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Décimo Dia<br />

S<br />

uponho que o senhor aguardará, sofrido Dr. Siegnagel, uma resposta à pergunta pendente:<br />

Qual seria a reação seguinte dos Golen frente ao poderio tartésio, que se desenvolvia fora de<br />

seu controle e frustrava todos os seus planos? Esta é a resposta, muito simples, se bem que terá<br />

de ser esclarecida: os Golen dirigiram contra Tartessos o Mito de Perseu.<br />

Com todo rigor, se pode afirmar que o mito de Perseu, assim como outras lendas que tardiamente se<br />

agruparam sobre a denominação geral de “mitos gregos”, é em realidade um antiqüíssimo mito Pelasgo.<br />

Com algumas das histórias “gregas” de Heracles aconteceu o mesmo: por exemplo, com aquela em que o<br />

herói luta com o gigante Gerião para lhe roubar os bois vermelhos e que oculta, sob um símbolo caro aos<br />

pelasgos, uma antiga incursão dos primitivos Argivos contra o “povo tríplice” dos iberos, ou Virtriones,<br />

com o fim de conquistar o segredo da pecuária que desconheciam ou haviam perdido; e a prova está em<br />

que aqueles argivos, inimigos dos geriones, se consideravam parentes destes, desde que Heracles era<br />

bisneto de Perseu. Mas Perseu foi bisavô de Heracles só no mito argivo; na verdade, o tema é de um mito<br />

pelasgo muito mais antigo, de origem ibérica atlante, que se refere à aventura empreendida pelo espírito<br />

Hiperbóreo típico para alcançar a imortalidade e a Sabedoria. No tema original Perseu não era grego,<br />

mas oriundo dos íberos atlantes, quer dizer, de um povo muito mais ocidental; por isso sua proeza não é<br />

levada a cabo por encargo de um mero rei mortal como Polidectes, mas da Deusa da Sabedoria, Frya, a<br />

esposa de Navutan: todos os nomes, as funções dos Deuses, foram logo trocados, e distorcidos, pelos povos<br />

do Pacto Cultural, ficando a história na sua vertente conhecida.<br />

O tema é simples e, exposto, o senhor comprovará que não pode proceder mais que da Sabedoria<br />

Hiperbórea dos Atlantes Brancos. Uma representação Hiperbórea da Origem, como mencionei mais<br />

atrás, foi Thule, o centro isotrópico de onde procedia o Espírito. De modo semelhante, para os primeiros<br />

descendentes dos Atlantes Brancos, a Origem foi Ponto, ao que logo se personificou como um Deus do<br />

Mar e se identificou com a Onda, seguramente porque desta “Origem” provinham seus Antepassados.<br />

Este Ponto se casa com Gea, a Terra, quem dá à luz, entre outros, a Forcis e Ceto, símbolos<br />

prototípicos dos seres híbridos, metade animais, metade Deuses: num fundo esotérico a imagem alude ao<br />

Espírito transferido de Ponto para o animal homem filho da Terra. Os irmãos Forcis e Ceto se juntam<br />

por sua vez e, junto a uma série de Arquétipos híbridos, dão vida a três mulheres que já nascem<br />

“velhas”: são as Parcas, Grayas ou Greas. Naturalmente, as Grayas não são outras que as Vrayas, as<br />

Guerreiras Sábias encarregadas de custodiar o Arado de Pedra e a Pedra de Vênus: são “velhas”<br />

porque devem ser sábias e os que ignoram o significado dos instrumentos líticos afirmarão logo que “entre<br />

as três só tinham um olho e um dente”.<br />

Perseu é a idealização do Espírito cativo que tenta a façanha de libertar-se da prisão material; seu<br />

objetivo é descobrir o Segredo da Morte, conseguir a Mais Alta Sabedoria, e achar a Parelha Original.<br />

Navutan e Frya o inspiram para que consulte as Vrayas e elas, com a Pedra de Vênus, lhe indicam o<br />

caminho: deve ir a um bosque de Fresnos e reclamar a ajuda dos Deuses para enfrentar com êxito a<br />

Morte. É o que faz Perseu e se produz o encontro com Navutan. O Deus lhe informa que a Sabedoria<br />

está em poder de sua Esposa, Frya, mas que não é fácil chegar a ela, pois a Morte se interpõe ao passo<br />

de simples mortais. Para fazer a viagem até Frya, Navutan revela a Perseu o Segredo do Vôo e lhe<br />

entrega o Signo da Meia Lua, o símbolo dos Pontífices Hiperbóreos, os Construtores de Pontes Mais<br />

Sábios dos Atlantes Brancos: segundo os Atlantes Brancos, os Pontífices Hiperbóreos<br />

sabiam o modo de ter uma ponte infinita entre o Espírito e a Origem (Ponto). O<br />

grau de Pontífice Hiperbóreo o confirma Vides, o Senhor de K’Taagar, quando entrega aos que<br />

guardam a Porta da Morada dos Deuses Libertadores a túnica e a concha: sobre a frente desta concha<br />

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