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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

os pontífices fixam o Signo da Meia Lua. É tradição que os Pontífices assim vestidos dispusessem da<br />

faculdade de se tornar culturalmente invisíveis, não tanto pela indumentária em si, mas pela<br />

Sabedoria que indicava possuir quem assim se vestia. Navutan ensina a Perseu a Língua dos Pássaros<br />

e o guia até a Morada de Vides, quem o investe de Pontífice Hiperbóreo: em sua Viagem a Frya,<br />

Perseu levará em mãos um saco de pele com dezesseis pedras dentro, cada uma marcada com uma<br />

Vruna. Ao se aproximar de Frya, Navutan aconselha ao herói a não se focar no Rosto da Morte, o<br />

que causaria sua imediata destruição, mas se concentrar no Espelho que a Deusa da Sabedoria<br />

significa por trás da Morte: somente assim poderá vencer a Morte! Perseu cumpre com as indicações<br />

com exatidão e, contemplando-se no Espelho de Frya, consegue compreender a Morte e se<br />

transforma em Homem de Pedra Imortal. Ao regresso da Morte, Perseu emprega a Língua dos<br />

Pássaros para compreender a Serpente com o Signo da Origem: então adquire a Mais<br />

Alta Sabedoria e encontra sua Parelha Original.<br />

Até aqui, o mais importante do tema original transmitido aos povos nativos pelos Atlantes Brancos.<br />

É evidente que grande parte do mesmo, milagrosamente relembrado graças à missão familiar, foi<br />

incorporado pelos Senhores de Tharsis na Reforma do Fogo Frio. Os lídios, posteriormente,<br />

contribuiriam com sua degradação mediante o aperfeiçoamento da forma ritual, que consistia na louca<br />

tentativa de exibirem exteriormente, plasmados na matéria, signos que só podiam ser metafísicos. Claro<br />

que os que mais se esforçaram para perverter o tema original foram os Sacerdotes do Pacto Cultural; e<br />

depois que o sentido fosse restituído pelo Culto do Fogo Frio, os acompanhariam os Golen com todos os<br />

seus recursos, travados numa guerra que consideravam de vida ou morte para os planos da Fraternidade<br />

Branca a que serviam.<br />

Em tempos de queda cultural dos pelasgos, muito antes que os Golen iniciassem seu sinistro<br />

deslocamento para a Europa, o tema original se tornou mito, os nomes foram sendo trocados, e os<br />

significados torcidos e distorcidos. No mito argivo, Perseu, por encargo do tirano de Sérifos a quem<br />

prometeu imprudentemente trazer a “cabeça da Medusa”, se dirige à Tartéside, pois o monstro habita<br />

um bosque da península ibérica: semelhante localização não é gratuita posto que Vides, o Senhor de<br />

K’Taagar, foi denominado pelos Sacerdotes, Ides, Aides ou Abes, o Senhor de Tar, quer dizer, o<br />

Tártaro ou Inferno, com o que Thar-sis, Tar-téside, Tar-tessos, etc., passaram a denominar lugares<br />

infernais. A essa insinuação contribuíram também os Golen, quando lograram observar a escultura da<br />

Deusa Pyrena e a identificaram em todo o mundo antigo como a “górgona medusa”. Ao Perseu grego o<br />

ajudam Hermes e Atena, em quem ainda é possível reconhecer a Navutan e Frya. Navutan, em efeito,<br />

foi chamado Hermes, Mercúrio, Wothan, etc.; como Hermes, segundo os gregos, era filho de uma mulher<br />

“atlante”, e de um Deus (Zeus), o que não está longe da genealogia do Grande Chefe Branco; foi<br />

inventor de um alfabeto, da lira que trocou com Febo, o Sol, pelo caduceu com que este pastoreava seus<br />

rebanhos: considerando que o caduceu é uma vara com duas serpentes enroladas, que o Sol representa o<br />

Criador, e o rebanho os animais homens, é fácil distinguir na figura de Hermes a do que compreendeu,<br />

mediante uma linguagem, o Símbolo da Serpente com que o Criador pastoreava seus servos. E Frya por<br />

sua parte foi conhecida como Atena, Minerva, Afrodite, Freya, etc.; dEla, os gregos diziam que “tinha<br />

nascido já armada”: era, pois, Deusa da Guerra, de Sabedoria e Amor.<br />

A partir de sua viagem inversa à Tartéside, o Perseu argivo começa a se comportar como um claro<br />

expoente do Pacto Cultural: não consulta as Vrayas, mas lhes rouba o Olho comum; estas o enviam a<br />

Alsos, o lugar das Alceides, quer dizer, um bosque sagrado onde encontra as Ninfas Melíades, que não<br />

são outra coisa que personificações dos Fresnos; as Ninfas lhe conferem um saco de pele, onde colocará a<br />

cabeça da Medusa, e umas sandálias que permitem voar; Hades lhe empresta a concha da invisibilidade;<br />

e Hermes lhe entrega uma foice com forma de meia lua para cortar a cabeça do monstro. Mas o que mais<br />

denuncia essa falsificação engendrada pelo Pacto Cultural é que o Perseu grego teme se converter<br />

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