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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

O Culto oficial das sociedades européias era o cristão, assim que os Templos teriam de responder aos<br />

Ritos da Igreja. Claramente, se adverte que o plano dos Deuses Traidores requer a efetivação de duas<br />

condições: a primeira é que as massas tomem consciência da necessidade do Templo para a eficácia<br />

do Ritual; e a segunda é que se disponha, no momento em que esta necessidade alcance sua máxima<br />

expressão, dos homens capazes de satisfazê-la mediante a construção de Templos em grandes<br />

quantidades e volumes. A primeira condição se cumpriria pela constante e permanente pregação<br />

missionária; a segunda, com a fundação no Ocidente de um Colégio Secreto de Construtores<br />

de Templos: este Colégio, Dr. Siegnagel, foi confiado aos Golen. Mas isso não ocorreu de entrada,<br />

pois se devia concretizar o plano da Fraternidade Branca começando pela primeira condição: quando na<br />

Igreja esteve preparado o lugar que iam ocupar os Golen para desenvolver seu Colégio de Construtores,<br />

no século VI, então se lhes convocou na Irlanda para que fizessem sua assombrosa reaparição<br />

continental.<br />

A oportunidade que os Golen aproveitam para voltar à Europa é produto do nascimento, no século<br />

VI, do “monacato ocidental”, tradicionalmente atribuído a São Bento de Nurcia. Realmente, só a<br />

ignorância dos europeus pôde sustentar semelhante atribuição durante mil e<br />

duzentos anos; embora, apesar de que desde o século XVIII se conheça no<br />

Ocidente com bastante precisão a história das religiões asiáticas, ainda hoje em<br />

dia há quem sustente teoricamente esta charlatanice, entre eles o dogma oficial<br />

da Igreja Católica: mas para comprovar o engano, basta tomar um avião, viajar<br />

ao Tibet, e observar ali os monastérios budistas dos séculos III e II a.C., quer<br />

dizer, oitocentos anos antes de São Bento, cujas regras internas e construções são<br />

análogas às beneditinas. A oração e o trabalho eram ali a Regra, tal como na fórmula ora et<br />

lavora de São Bento; mas, o mais importante, o mais revelador da comparação, resultará sem dúvidas<br />

a descoberta de que os monges tibetanos se dedicavam ao ofício de copistas, quer dizer, de reproduzir e<br />

perpetuar antigos documentos e livros, e a conservar e desenvolver a arte de construção de Templos,<br />

assim como os beneditinos. E não é preciso insistir, por ser suficientemente conhecido, que<br />

aqueles monastérios constituíam centros de difusão religiosa pela ação dos monges missionários e<br />

mendicantes que ali se preparavam e enviavam por toda a parte da Ásia.<br />

À luz dos acontecimentos atuais, no entanto, qualquer pessoa de boa fé há de admitir que a<br />

instituição do monacato oriental data do século X antes de Jesus, ou seja, pelo menos uns 1400 anos<br />

antes da aparição do monacato ocidental. Para refrescar a memória a esse respeito, convém recordar os<br />

seguintes dados: em primeiro lugar, que os hinos mais antigos do Rig Veda e os Upanishads mencionam<br />

as comunidades brahmânicas munis e vrâtyas; em segundo lugar, que à época de Buda, personagem<br />

histórica do século VII a.C., já existiam âshrams há centenas de anos; e por último, que se a reforma<br />

religiosa budista se estende rapidamente a Índia, China, Tibet, Japão e etc, é porque já existiam os<br />

grupos que iam se transformar em Sanghas.<br />

Mas não é que os beneditinos fossem budistas ou tivessem algo a ver com o budismo, mas que tanto<br />

os Sacerdotes budistas como os Sacerdotes beneditinos obedeciam secretamente à Fraternidade Branca,<br />

verdadeira fonte oculta do Monacato “Oriental” e “Ocidental”. A Fraternidade Branca, em efeito, foi<br />

autora de uma obra intitulada “Regra dos Mestres de Sabedoria”, de difusão universal e que no<br />

Ocidente era conhecida desde o século II como “Regula Magistri Sapientiae” por numerosas<br />

seitas cristãs e gnósticas judias. Assim que, nada existia de original no monacato ocidental, o qual<br />

responderia, ao contrário, às mais ortodoxas disposições que ditava a Fraternidade Branca no assunto.<br />

Nos primeiros séculos da Era Cristã, quando o Império Romano admitia o “paganismo” e<br />

mantinha contato com os povos da Ásia, se conhecia perfeitamente a existência da vida monacal oriental;<br />

inclusive homens ilustres como Apolônio de Tiana, contemporâneo de Jesus, tinham viajado ao Tibet e<br />

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