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MBV - Octirodae Brasil

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“O Mistério de Belicena Villca”<br />

Do taoísmo primitivo pouco restou, ainda que formalmente, a fim de evitar<br />

perseguições, os monges se definem a si mesmos como “taoistas”, Religião mais potável<br />

para os Príncipes budistas e hinduístas dos países vizinhos. Mas nos shastras de Lao Tse<br />

que se conservam nesse Monastério a palavra “Tao” tem sido substituída por<br />

“Vruna”, vale dizer, por Shakti, o Espírito Eterno e Infinito do homem. Não esqueça,<br />

Von Subermann, que aqui estamos frente a uma Sabedoria que provém de uma fonte<br />

distinta de Chang Shambala, e por isso a Shakti significa “Espírito Puro”, um conceito<br />

semelhante à “Graça” da teologia ocidental.<br />

Vruna é uma antiga palavra indo-ariana que significa “Espírito Eterno, Infinito e<br />

Não Criado”: dela derivam os signos que representam tais sentidos, ou seja, as Runas,<br />

reveladas aos ários por Wothan, também o Deus Varuno registra a mesma raiz. Porém, e<br />

de acordo às mais remotas tradições da Raça Branca, a mesma “Vruna” procede por sua<br />

vez da palavra atlante Vril, que teria idêntico significado. Veja, Von Subermann, que este<br />

“Vril” proposto na Alemanha como ideal espiritual dos Cavaleiros Iniciados , é um<br />

estado representado aqui por Vruna, o poder tântrico além de Kula e Akula, e como o<br />

autêntico Tão espiritual está além de Yin e Yang. Para o homem espiritual, o Vril<br />

como Vruna reveste sempre a forma de uma Deusa Antiga, uma Shakti Divina,<br />

que não é outra senão a imagem esquecida da Parelha de Origem. Os kâulikas<br />

crêem que uma vez alcançada a Vruna, o que somente se consegue depois de passar pela<br />

morte ritual, o Espírito livre se encontra frente à Verdade da Origem, se reencontra com<br />

sua parelha original, e se consumam as Bodas do Espírito, depois das quais se recupera a<br />

Eternidade. O kâulika, vivo ou morto, experimenta deste então um Amor gelado que<br />

não é deste Universo e fica reintegrado a uma Raça de Deuses Vrúnicos, Senhores do<br />

Vril.<br />

Resumindo, aqui os kâulikas seguem o Caminho Kula, que começa na<br />

mulher de carne e termina na Parelha Original, no profundo de Si Mesmo: ao<br />

final deste perigoso caminho, o kâulika, confrontado definitivamente com a<br />

Verdade, percorridos os veios de todos os Mistérios, é Shiva, o Destruidor da<br />

Ilusão, o Guerreiro por excelência. Para nós, Von Subermann, Shiva é Lúcifer, é<br />

Caim, é Hermes, é Mercúrio, é Wothan: para nós, Shiva é o protótipo do<br />

Cavaleiro d .<br />

O Guru Visaraga e seus sadhakas continuavam observando-me com satisfação. A<br />

extraordinária informação dada por Karl Von Grossen acabava de me revelar por que<br />

havia sido eleito para presidir aquela operação: a seus dotes e conhecimentos militares, o<br />

Standartenführer somava uma grande compreensão dos costumes e crenças religiosas<br />

da Ásia. Decidi fazer-lhe uma pergunta concreta, sobre o objetivo principal da missão.<br />

- Muito lhe agradeço seus valiosos dados – disse – mas há algo que me preocupa<br />

desde que chegamos. Então você disse: “acreditei que não chegariam a tempo”. De que<br />

tempo dispomos, Herr Von Grossen?<br />

- Pouco, muito pouco, Von Subermann. Mas será suficiente, se partirmos o<br />

quanto antes e redobrarmos a marcha, para alcançar Schaeffer antes do lago Kyaring.<br />

Você está inteirado que ali será entregue a uma seita de fanáticos assassinos um dos<br />

integrantes da expedição, o oficial Oskar Feil?<br />

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