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Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação

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Referenciais Curriculares <strong>da</strong><br />

Educação Básica para o Século 21<br />

Guiomar Namo de Mello<br />

1111<br />

O objetivo principal de um currículo é mapear o vasto território <strong>do</strong><br />

conhecimento, recobrin<strong>do</strong>-o por meio de disciplinas, e articular as<br />

mesmas de tal mo<strong>do</strong> que o mapa assim constituí<strong>do</strong> constitua um<br />

permanente convite a viagens, não representan<strong>do</strong> apenas uma delimitação<br />

rígi<strong>da</strong> de fronteiras entre os diversos territórios disciplinares.<br />

Nilson José Macha<strong>do</strong><br />

I - Por que é importante um currículo estadual<br />

A SEDUC-RS vem a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> medi<strong>da</strong>s para<br />

enfrentar o desafio de melhorar a quali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s aprendizagens <strong>do</strong>s alunos no ensino público<br />

estadual <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul. Entre<br />

essas medi<strong>da</strong>s, os Referenciais Curriculares<br />

para as escolas estaduais gaúchas incidem<br />

sobre o que é nuclear na instituição escola:<br />

o que se quer que os alunos apren<strong>da</strong>m e o<br />

que e como ensinar para que essas aprendizagens<br />

aconteçam plenamente.<br />

A reflexão e a produção curricular brasileira<br />

tem se limita<strong>do</strong>, nas últimas déca<strong>da</strong>s, aos<br />

<strong>do</strong>cumentos oficiais, legais ou normativos.<br />

Os estu<strong>do</strong>s sobre currículo não despertam<br />

grande interesse <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de acadêmica<br />

e também são escassos nos organismos<br />

técnico-pe<strong>da</strong>gógicos <strong>da</strong> gestão <strong>do</strong>s sistemas<br />

de ensino público. O currículo vem perden<strong>do</strong><br />

o senti<strong>do</strong> de instrumento para intervir e aperfeiçoar<br />

a gestão pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> escola e a<br />

prática <strong>do</strong>cente. 1 Provavelmente por essa razão,<br />

quan<strong>do</strong> nos anos 1990 se aprovaram as<br />

Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e se<br />

elaboraram os Parâmetros Curriculares Nacionais<br />

(PCNs), os sistemas de ensino público<br />

estaduais e municipais consideraram esse<br />

trabalho um material a mais para enviar às<br />

escolas. E, por inexperiência de gestão curricular,<br />

assumiram que os Parâmetros constituíam<br />

um currículo pronto e suficiente para<br />

orientar as escolas e seus professores quanto<br />

ao que e como ensinar. Mas não eram.<br />

Os Parâmetros não são um material a mais<br />

para enviar às escolas sozinhos. Formula<strong>do</strong>s<br />

em nível nacional para um país grande e diverso,<br />

os Parâmetros também não continham<br />

recomen<strong>da</strong>ções suficientes sobre como fazêlos<br />

acontecer na prática. Eram necessariamente<br />

amplos e, por essa razão, insuficientes<br />

para estabelecer a ponte entre o currículo proposto<br />

e aquele que deve ser posto em ação na<br />

escola e na sala de aula.<br />

O currículo alinha<br />

O currículo integra e alinha, sob uma<br />

concepção educacional: as aprendizagens<br />

com as quais a escola se compromete na<br />

forma de competências e habili<strong>da</strong>des a serem<br />

constituí<strong>da</strong>s pelos alunos; as propostas<br />

de meto<strong>do</strong>logias, estratégias, projetos<br />

de ensino, situações de aprendizagem; os<br />

recursos didáticos com os quais a escola<br />

conta, incluin<strong>do</strong> instalações, equipamentos,<br />

materiais de apoio para alunos e professores;<br />

as propostas de formação continua<strong>da</strong><br />

<strong>do</strong>s professores; a concepção e o formato<br />

<strong>da</strong> avaliação. Em outras palavras, o currículo<br />

é o núcleo <strong>da</strong> Proposta Pe<strong>da</strong>gógica,<br />

este por sua vez expressão <strong>da</strong> autonomia<br />

<strong>da</strong> escola. A arte e a dificul<strong>da</strong>de <strong>da</strong> gestão<br />

educacional é articular e colocar em<br />

1<br />

Vale a pena lembrar que o Rio Grande <strong>do</strong> Sul foi um <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s que cultivou com grande competência esse trabalho curricular nos anos 1960 e 1970.<br />

MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 11 24/8/2009 15:45:08

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