Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação
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perío<strong>do</strong> ou ano escolar. Essa informação<br />
deve também estar acessível para a opinião<br />
pública e a imprensa.<br />
O currículo conecta<br />
Por sua abrangência e transparência,<br />
o currículo é uma conexão vital que insere<br />
a escola no ambiente institucional e no<br />
quadro normativo que se estrutura desde o<br />
âmbito federal até o estadual ou municipal.<br />
Nacionalmente, a Constituição e a LDB estabelecem<br />
os valores fun<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> educação<br />
nacional que vão direcionar o currículo.<br />
As DCNs, emana<strong>da</strong>s <strong>do</strong> Conselho Nacional<br />
de Educação, arrematam esse ambiente<br />
institucional em âmbito nacional. Nos<br />
currículos que Esta<strong>do</strong>s e Municípios devem<br />
elaborar para as escolas de seus respectivos<br />
sistemas de ensino, observan<strong>do</strong> as diretrizes<br />
nacionais, completa-se a conexão <strong>da</strong> escola<br />
com os entes políticos e institucionais <strong>da</strong><br />
educação brasileira.<br />
O currículo <strong>do</strong>s sistemas públicos, estaduais<br />
ou municipais, conecta a escola com<br />
as outras escolas <strong>do</strong> mesmo sistema, configuran<strong>do</strong><br />
o que, no jargão educacional, é<br />
chama<strong>do</strong> de “rede”: rede estadual ou rede<br />
municipal de ensino.<br />
O termo rede, embora seja usa<strong>do</strong> há tempos<br />
pelos educa<strong>do</strong>res, assume atualmente<br />
um novo senti<strong>do</strong> que é ain<strong>da</strong> mais apropria<strong>do</strong><br />
para descrever esse conjunto de uni<strong>da</strong>des<br />
escolares cujos mantene<strong>do</strong>res são os governos<br />
estaduais ou municipais. De fato, o termo<br />
rede hoje é emprega<strong>do</strong> pelas Tecnologias<br />
<strong>da</strong> Comunicação e Informação (TCIs), como<br />
um conjunto conecta<strong>do</strong> de enti<strong>da</strong>des que têm<br />
uma personali<strong>da</strong>de e estrutura próprias, mas<br />
que também têm muito a compartilhar com<br />
outras enti<strong>da</strong>des.<br />
Uma rede pode ser de pessoas, de instituições,<br />
de países. No caso de uma rede de<br />
escolas públicas, a conexão que permite compartilhar<br />
e construir conhecimentos em colaboração<br />
é muito facilita<strong>da</strong> com a existência<br />
de um currículo que é comum a to<strong>da</strong>s e que<br />
também assume características próprias <strong>da</strong><br />
reali<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> experiência de ca<strong>da</strong> escola.<br />
Pode-se mesmo afirmar que, embora os sistemas<br />
de ensino público venham sen<strong>do</strong> chama<strong>do</strong>s<br />
de “rede” há bastante tempo, apenas<br />
com referências curriculares comuns e com o<br />
uso de TCIs, essa rede assume a configuração<br />
e as características de rede no senti<strong>do</strong> contemporâneo,<br />
um emaranha<strong>do</strong> que não é caótico,<br />
mas inteligente, e que pode abrigar uma<br />
aprendizagem colabora<strong>da</strong>.<br />
Finalmente, o currículo conecta a escola<br />
com o contexto, seja o imediato de seu<br />
entorno sociocultural, seja o mais vasto <strong>do</strong><br />
País e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Se currículo é cultura social,<br />
científica, cultural, por mais ári<strong>do</strong> que<br />
um conteú<strong>do</strong> possa parecer à primeira vista,<br />
sempre poderá ser conecta<strong>do</strong> com um fato<br />
ou acontecimento significativo, passa<strong>do</strong> ou<br />
presente. Sempre poderá ser referi<strong>do</strong> a um<br />
aspecto <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, próxima ou distante,<br />
vivi<strong>da</strong> pelo aluno. Essa conexão tem si<strong>do</strong><br />
designa<strong>da</strong> como contextualização, como se<br />
discutirá mais adiante.<br />
O currículo é um ponto de equilíbrio<br />
O currículo procura equilibrar a prescrição<br />
estrita e a prescrição aberta. A primeira<br />
define o que é comum para to<strong>da</strong>s as escolas.<br />
A segun<strong>da</strong> procura deixar espaço aberto<br />
para a criativi<strong>da</strong>de e a inovação pe<strong>da</strong>gógica,<br />
sugerin<strong>do</strong> material complementar, exemplos<br />
de ativi<strong>da</strong>des, pesquisas, projetos interdisciplinares,<br />
sequências didáticas.<br />
A presença <strong>da</strong> prescrição fecha<strong>da</strong> e <strong>da</strong><br />
prescrição aberta garante a autonomia<br />
para inovar. Quan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> é possível, pode<br />
ser difícil decidir ações prioritárias e conteú<strong>do</strong>s<br />
indispensáveis. Quan<strong>do</strong> estes últimos<br />
estão <strong>da</strong><strong>do</strong>s, oferecem uma base segura a<br />
partir <strong>da</strong> qual a escola poderá empreender<br />
e a<strong>do</strong>tar outras referências para tratar os<br />
conteú<strong>do</strong>s, realizar experiências e projetos.<br />
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MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 13 24/8/2009 15:45:08