Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação
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na escolar, deve estar em estreita articulação<br />
com as demais áreas <strong>do</strong> currículo, poden<strong>do</strong>,<br />
assim, contribuir para o desenvolvimento <strong>da</strong>s<br />
competências gerais defini<strong>da</strong>s para a educação<br />
básica.<br />
A competência matemática promove a<br />
mobilização de saberes culturais, científicos e<br />
tecnológicos que permitem a compreensão <strong>da</strong><br />
reali<strong>da</strong>de e a abor<strong>da</strong>gem de situações-problema.<br />
Proporciona instrumentos que favorecem<br />
o uso de linguagens adequa<strong>da</strong>s para expressar<br />
ideias. Distingue-se pela maneira que propõe<br />
as generalizações e as demonstrações e,<br />
a partir de experiências, promove raciocínios<br />
dedutivos e indutivos, caracterizan<strong>do</strong>-se como<br />
um meio de pensar, de construir conhecimentos,<br />
de representar e de comunicar.<br />
A competência matemática inclui a compreensão<br />
de um conjunto de idéias e noções<br />
matemáticas, bem como de conceitos que se<br />
constituem em blocos de conteú<strong>do</strong>s em estreita<br />
ligação e que, ain<strong>da</strong>, se relacionam interblocos,<br />
via processos e formas de pensar que<br />
estruturam a Matemática.<br />
“Pelos instrumentos que proporciona e<br />
pelos seus aspectos específicos relativos ao<br />
raciocínio, à organização e à resolução de<br />
problemas, a Matemática constitui uma área<br />
de saber plena de potenciali<strong>da</strong>des para a realização<br />
de projetos transdisciplinares e de ativi<strong>da</strong>des<br />
interdisciplinares <strong>do</strong>s mais diversos”<br />
(Aden<strong>da</strong>s 2007, p.59).<br />
A ideia de formular as competências matemáticas<br />
nos diferentes ciclos a partir de temas<br />
estrutura<strong>do</strong>res que integram blocos de conteú<strong>do</strong>s<br />
significa que as supostas competências de<br />
ca<strong>da</strong> ciclo ou ano de escolari<strong>da</strong>de não podem<br />
ser encara<strong>da</strong>s como aprendizagens acaba<strong>da</strong>s<br />
liga<strong>da</strong>s a momentos bem determina<strong>do</strong>s,<br />
a oportuni<strong>da</strong>des únicas de aprendizagem ou<br />
a momentos particulares de desenvolvê-las.<br />
A aprendizagem matemática relaciona<strong>da</strong> ao<br />
desenvolvimento <strong>da</strong> competência matemática<br />
deve ser assumi<strong>da</strong> como um processo gradual<br />
e contínuo, que se desenvolve ao longo <strong>da</strong><br />
educação básica.<br />
“Em suma, pode-se dizer que a Matemática<br />
para to<strong>do</strong>s não deve identificar-se com o<br />
ensino de certo número de conteú<strong>do</strong>s matemáticos<br />
específicos, mas sim com a promoção<br />
de uma educação em Matemática, sobre<br />
a Matemática e através <strong>da</strong> Matemática, contribuin<strong>do</strong><br />
para a formação geral <strong>do</strong> aluno”<br />
(ADENDAS, 2007, p.59).<br />
Ao definir o quê, o como, o porquê ensinar,<br />
a educação em Matemática valoriza o trabalho<br />
coletivo, as discussões e as trocas entre<br />
iguais, a promoção <strong>da</strong> auto-confiança para<br />
que o aluno levante hipóteses, argumente e<br />
defen<strong>da</strong> oralmente e por escrito suas idéias,<br />
bem como respeite as <strong>do</strong>s outros. Propõe que,<br />
a partir <strong>do</strong>s conceitos e mo<strong>do</strong>s de pensar <strong>da</strong><br />
Matemática, o aluno desenvolva a predisposição<br />
para analisar criticamente informações e<br />
opiniões veicula<strong>da</strong>s na mídia ou o mun<strong>do</strong> ao<br />
seu re<strong>do</strong>r, sen<strong>do</strong> capaz de construir e transformar<br />
a reali<strong>da</strong>de.<br />
Desta forma, seu ensino passou a ter como<br />
função preparar ci<strong>da</strong>dãos críticos, criativos e<br />
solidários, capazes de agir de forma consciente<br />
numa socie<strong>da</strong>de complexa, “passou-se <strong>do</strong> que<br />
ensinar ao como ensinar, bem como ao porquê<br />
ensinar em uma perspectiva sociocultural,<br />
visan<strong>do</strong> à formação <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia”. (ENCCEJA,<br />
2002), passou-se a preconizar a idéia de contextualizar<br />
o conhecimento matemático a ser<br />
aprendi<strong>do</strong>, buscan<strong>do</strong> suas origens e a sua evolução,<br />
explicitan<strong>do</strong> a sua finali<strong>da</strong>de, evocan<strong>do</strong><br />
os elementos pessoais, sociais e culturais, promoven<strong>do</strong><br />
a mobilização e o desenvolvimento<br />
de competências e habili<strong>da</strong>des que o conhecimento<br />
matemático disponibiliza.<br />
Entendi<strong>da</strong> em seus diferentes ramos e com<br />
características próprias, que se interrelacionam<br />
e compõem uma área, a Matemática<br />
está intimamente relaciona<strong>da</strong> às demais áreas:<br />
a <strong>da</strong>s Linguagens e Códigos, a <strong>da</strong>s Ciências<br />
<strong>da</strong> Natureza e suas Tecnologias e a <strong>da</strong>s<br />
Ciências Humanas.<br />
Ao considerar a construção <strong>do</strong> conhecimento,<br />
seja ele linguístico, <strong>da</strong>s imagens, <strong>do</strong><br />
espaço ou <strong>da</strong>s formas, supon<strong>do</strong> a capaci<strong>da</strong>de<br />
humana de articulação de significa<strong>do</strong>s coletivos<br />
em sistemas arbitrários de representação,<br />
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MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 39 24/8/2009 15:45:11