Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação
Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação
Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A concretização dessa mu<strong>da</strong>nça é desafio<br />
às escolas públicas estaduais <strong>do</strong> Rio Grande<br />
<strong>do</strong> Sul, que deve ser enfrenta<strong>do</strong> a partir <strong>da</strong><br />
publicação deste Referencial Curricular.<br />
Uma <strong>da</strong>s primeiras tarefas <strong>da</strong> escola,<br />
após conhecer os Referenciais, é a revisão<br />
<strong>da</strong> sua proposta pe<strong>da</strong>gógica. Essa tarefa se<br />
impõe como um processo de reconstrução<br />
coletiva, lidera<strong>do</strong> pela equipe gestora, <strong>da</strong><br />
qual devem participar to<strong>do</strong>s os professores<br />
e também representantes <strong>do</strong>s segmentos<br />
<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de escolar. Para isso, é necessário<br />
considerar alguns pressupostos basilares<br />
<strong>da</strong> proposta:<br />
• O aluno como sujeito de sua aprendizagem.<br />
• A construção <strong>do</strong> conhecimento decorre<br />
de processo progressivo de aprendizagem.<br />
• A superação <strong>da</strong> fragmentação <strong>do</strong> conhecimento<br />
é estimula<strong>da</strong> por meio <strong>da</strong><br />
interdisciplinari<strong>da</strong>de.<br />
• A contextualização <strong>do</strong> conhecimento se<br />
dá a partir <strong>da</strong>s vivências e experiências<br />
<strong>do</strong> cotidiano <strong>do</strong> aluno.<br />
• A organização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des escolares<br />
tem como objetivo a motivação e mobilização<br />
<strong>do</strong>s alunos para o desejo de<br />
conhecer, descobrir e realizar, estimulan<strong>do</strong><br />
o aprender a aprender.<br />
• O respeito às diferenças <strong>do</strong>s alunos se<br />
faz por meio de trabalho diversifica<strong>do</strong><br />
que tem a equi<strong>da</strong>de como princípio<br />
educativo.<br />
• O estímulo à autonomia e o incentivo<br />
ao trabalho em equipe e à aprendizagem<br />
cooperativa estão presentes na<br />
meto<strong>do</strong>logia sugeri<strong>da</strong>.<br />
Duas questões se impõem como fun<strong>da</strong>mentais<br />
para efetivar essa mu<strong>da</strong>nça: a capaci<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> escola de concretizar na prática os<br />
princípios de interdisciplinari<strong>da</strong>de e de contextualização<br />
<strong>do</strong> currículo e a organização e<br />
aproveitamento <strong>do</strong> tempo escolar.<br />
Interdisciplinari<strong>da</strong>de e<br />
contextualização <strong>do</strong> currículo<br />
Como se observa no quadro comparativo,<br />
ao contrário <strong>da</strong> escola tradicional, organiza<strong>da</strong><br />
por disciplinas, que privilegiava a memória<br />
em detrimento <strong>da</strong> compreensão de conceitos,<br />
a escola contemporânea visa a construção<br />
de aprendizagens significativas, mais permanentes.<br />
Esta escola, organiza<strong>da</strong> por áreas <strong>do</strong><br />
conhecimento e que tem por finali<strong>da</strong>de o desenvolvimento<br />
de competências e habili<strong>da</strong>des,<br />
rompe o isolamento <strong>da</strong>s disciplinas, e propõe<br />
um trabalho interdisciplinar, “numa outra concepção<br />
de divisão <strong>do</strong> saber, marca<strong>da</strong> pela<br />
interdependência, interação e comunicação<br />
entre as disciplinas volta<strong>da</strong>s para a integração<br />
<strong>do</strong> conhecimento em áreas significativas”<br />
(PORTELA e ATTA, 2001, p. 101).<br />
Essa cooperação ocorre a partir de uni<strong>da</strong>des<br />
temáticas e conceitos estruturantes<br />
comuns, que mobilizam diferentes conhecimentos<br />
escolares e/ou saberes oriun<strong>do</strong>s<br />
de experiências pessoais <strong>do</strong>s alunos, para<br />
reconstituição ou construção <strong>do</strong> objeto ou<br />
tema em estu<strong>do</strong>. A partir dessa premissa,<br />
o plano de trabalho <strong>do</strong> professor não deve<br />
ser elabora<strong>do</strong> individualmente. Deve ser o<br />
resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> construção coletiva pela equipe<br />
de professores de determina<strong>da</strong> área <strong>do</strong><br />
conhecimento.<br />
Por sua vez, a contextualização <strong>do</strong>s conhecimentos<br />
precisa levar em conta a reali<strong>da</strong>de<br />
e as experiências de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> aluno e o<br />
que é relevante em relação aos conteú<strong>do</strong>s<br />
escolares. A primeira é um elemento natural<br />
de mobilização cognitiva, afetiva e de<br />
inclusão <strong>do</strong> aluno. A segun<strong>da</strong> deve ser um<br />
elemento motiva<strong>do</strong>r para que o aluno se<br />
constitua protagonista <strong>do</strong> seu processo de<br />
aprendizagem. Isso ocorre quan<strong>do</strong> as es-<br />
3131<br />
A interdisciplinari<strong>da</strong>de começa pelo planejamento<br />
conjunto, por área <strong>do</strong> conhecimento, e se<br />
concretiza pela cooperação entre as disciplinas.<br />
MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 31 24/8/2009 15:45:10