Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação
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O professor deve ter presente que to<strong>do</strong><br />
o momento é ocasião para apreciar o<br />
rendimento <strong>do</strong> aluno, para perceber que<br />
estruturas de pensamento está utilizan<strong>do</strong> para<br />
resolver problemas, que acertos ou equívocos<br />
está cometen<strong>do</strong>. É preciso perceber se o<br />
aluno evidencia compreensão <strong>do</strong> problema,<br />
se seleciona <strong>da</strong><strong>do</strong>s e estratégias adequa<strong>da</strong>s<br />
à sua resolução, se é persistente na busca de<br />
uma solução, se identifica <strong>da</strong><strong>do</strong>s supérfulos,<br />
se seleciona a estratégia adequa<strong>da</strong> mas<br />
não chega à resposta certa, se verifica<br />
a vali<strong>da</strong>de de um resulta<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong>.<br />
Porém, não basta só coletar <strong>da</strong><strong>do</strong>s relativos<br />
ao desempenho <strong>do</strong> aluno, é preciso analisálos<br />
e buscar estratégias que possam ajudá-lo<br />
a progredir.<br />
“A avaliação como processo, no senti<strong>do</strong><br />
mais pleno <strong>da</strong> palavra tem como função<br />
maior promover melhores oportuni<strong>da</strong>des de<br />
uma educação digna para to<strong>do</strong>s os alunos”<br />
(HOFFMANN, 1998, p. 146).<br />
Ao discutir com o professor, em pequenos ou<br />
em grande grupo, argumentan<strong>do</strong> estratégias<br />
a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s, conhecimentos construí<strong>do</strong>s, o<br />
aluno evidencia o que aprendeu, o que ain<strong>da</strong><br />
não conseguiu aprender e, ain<strong>da</strong>, o que lhe<br />
falta para atingir o que pretende. Ao registrar<br />
o aprendi<strong>do</strong> em forma de texto, desenho ou<br />
esquema, proporciona ao professor mais uma<br />
oportuni<strong>da</strong>de de análise <strong>do</strong> seu desempenho<br />
e de identificação de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s pe<strong>da</strong>gógicos<br />
específicos de que necessita.<br />
“A avaliação cria a toma<strong>da</strong> de decisão que<br />
é o meio de encaminhar os atos subseqüentes<br />
na busca de maior satisfatorie<strong>da</strong>de nos<br />
resulta<strong>do</strong>s” (LUCKESI, 1995, p. 175).<br />
Luckesi, ain<strong>da</strong> diz, que se o professor tiver<br />
em sua mente, a compreensão de que a avaliação<br />
auxilia a aprendizagem, e o coração<br />
aberto para praticar este principio, sempre<br />
fará bem a avaliação <strong>da</strong> aprendizagem, uma<br />
vez que estará atento às necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s seus<br />
alunos, na perspectiva <strong>do</strong> seu crescimento.<br />
A avaliação deve pressupor ultrapassagem,<br />
movimento de superação. Para isso é preciso<br />
que se preste muita atenção aos alunos,<br />
entenden<strong>do</strong> o que falam, seus argumentos,<br />
ouvin<strong>do</strong> e analisan<strong>do</strong> suas perguntas, desafian<strong>do</strong>-os<br />
o tempo to<strong>do</strong> ao pensamento, à<br />
reflexão, à análise, à crítica e à autocrítica, à<br />
formulação e reformulação de seus próprios<br />
conceitos, encaminhan<strong>do</strong>-os gra<strong>da</strong>tivamente<br />
ao saber cientifico e a novas descobertas.<br />
Hoje, o que se quer é que a abor<strong>da</strong>gem<br />
<strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s se dê num grau crescente<br />
de complexi<strong>da</strong>de e que o professor seja um<br />
orienta<strong>do</strong>r, um provoca<strong>do</strong>r de desiquilibrio<br />
cognitivo, um organiza<strong>do</strong>r de procedimentos<br />
que efetivamente contribuam para um melhor<br />
desempenho <strong>do</strong> aluno. Nessa ótica, o aluno<br />
terá oportuni<strong>da</strong>des varia<strong>da</strong>s para agir, analisar,<br />
discutir, criticar e buscar soluções próprias<br />
para resolver situações-problema que lhe são<br />
apresenta<strong>da</strong>s. Assim, as tarefas de aprendizagem<br />
passam a se constituir igualmente em tarefas<br />
de avaliação, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> acesso ao aluno ao<br />
que sabe e ao que ain<strong>da</strong> não sabe.<br />
“Aprender a estu<strong>da</strong>r, a rever o que foi feito,<br />
a aprimorar, são habili<strong>da</strong>des que precisam<br />
ser aprendi<strong>da</strong>s desde a escola. O aluno precisa<br />
aprender a melhorar seus próprios procedimentos<br />
de verificação” (Botomé e Rizzon,<br />
1997, p. 17).<br />
Independente <strong>da</strong> forma como são expressos<br />
os resulta<strong>do</strong>s, menções, pareceres, notas,<br />
o que importa é que essas expressões revelem<br />
a real situação <strong>do</strong> aluno, consideran<strong>do</strong> sua<br />
aprendizagem.<br />
Conforme Imenes (1997), numa educação<br />
matemática para to<strong>do</strong>s, como há de ser na<br />
educação básica, é preciso explorar diferentes<br />
situações de ensino e de aprendizagem, em<br />
que a avaliação aconteça sempre <strong>da</strong>s mais<br />
diferentes formas, para que aflorem as competências<br />
de ca<strong>da</strong> um, constituin<strong>do</strong>-se, assim,<br />
a avaliação num recurso para a melhoria <strong>do</strong><br />
ensino e <strong>da</strong> aprendizagem e erro, passan<strong>do</strong><br />
a ser considera<strong>do</strong>, como sugere Wadsworth<br />
(1995), numa fonte de informação sobre o raciocínio<br />
<strong>do</strong>s alunos e como fonte de compreensão<br />
<strong>da</strong> natureza de seus esquemas mentais.<br />
Isso exige <strong>do</strong> professor um comprometimento<br />
refleti<strong>do</strong> e interioriza<strong>do</strong> que se traduz<br />
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