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Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação

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32<br />

tratégias didáticas utiliza<strong>da</strong>s pelo professor<br />

são capazes de despertar a curiosi<strong>da</strong>de, o<br />

prazer <strong>da</strong> descoberta e a satisfação <strong>do</strong> aluno<br />

na solução de problemas.<br />

Embora a meto<strong>do</strong>logia de projetos seja<br />

a forma mais indica<strong>da</strong> para desenvolver os<br />

princípios de interdisciplinari<strong>da</strong>de e de contextualização<br />

<strong>do</strong> currículo, é preciso garantir<br />

que estes <strong>do</strong>is princípios estejam sempre presentes<br />

no cotidiano <strong>da</strong> sala de aula. No referencial<br />

curricular de ca<strong>da</strong> área <strong>do</strong> conhecimento,<br />

o professor encontrará subsídios para<br />

planejar a intervenção didática adequa<strong>da</strong> a<br />

esses princípios.<br />

Outro aspecto fun<strong>da</strong>mental à gestão <strong>da</strong><br />

aprendizagem refere-se à utilização <strong>do</strong> tempo<br />

na escola. Por isso, esse tema precisa ser efetivamente<br />

discuti<strong>do</strong> pela comuni<strong>da</strong>de escolar,<br />

para garantir as condições necessárias a implementação<br />

e apropriação <strong>do</strong> novo Referencial<br />

Curricular na proposta pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> escola.<br />

Organização <strong>do</strong> tempo escolar<br />

A forma como o tempo escolar é organiza<strong>do</strong><br />

reflete a concepção curricular e meto<strong>do</strong>lógica<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> pela escola. O uso efetivo <strong>do</strong> tempo,<br />

a escolha <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des temáticas significativas<br />

para os alunos e a oportuni<strong>da</strong>de de trocas e<br />

interações são características de escolas eficazes.<br />

Ninguém duvi<strong>da</strong> que é preciso tempo para<br />

aprender, bem como para o aluno desenvolver<br />

competências relativas à organização e ao<br />

controle de seu próprio tempo.<br />

Pesquisas realiza<strong>da</strong>s na última déca<strong>da</strong><br />

no Brasil 1 , indicam que as escolas de ensino<br />

fun<strong>da</strong>mental funcionam em um tempo menor<br />

que o mínimo previsto na LDB, isto é, menos<br />

de 4 horas letivas diárias e consequentemente<br />

em menos de 800 horas anuais em 200<br />

dias. No RS, escolas <strong>da</strong> rede estadual trabalham<br />

quatro horas letivas diárias nos anos<br />

finais <strong>do</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental, incluí<strong>do</strong> o recreio,<br />

o que, embora aceito pelas normas <strong>do</strong><br />

Conselho Estadual de Educação – CEED (Pa-<br />

recer 705/97), se compara<strong>do</strong> com o perío<strong>do</strong><br />

diário, de em média seis horas de aula, <strong>da</strong><br />

maioria <strong>do</strong>s países <strong>da</strong> América Latina, é um<br />

tempo muito reduzi<strong>do</strong>.<br />

Embora a permanência na escola, por si só<br />

não garanta a aprendizagem, a organização e<br />

o bom aproveitamento <strong>do</strong> tempo são elementos<br />

fun<strong>da</strong>mentais para o sucesso <strong>do</strong> aluno.<br />

Já existem estu<strong>do</strong>s que indicam estreita<br />

relação entre o desempenho e o tempo de<br />

trabalho pe<strong>da</strong>gógico efetivo necessário ao<br />

desenvolvimento <strong>da</strong>s competências básicas.<br />

O aumento <strong>do</strong> tempo de permanência de<br />

professores e alunos na escola é uma meta<br />

de qualificação <strong>da</strong> aprendizagem, que os<br />

gestores educacionais e as equipes escolares<br />

precisam alcançar. A ampliação desse<br />

tempo escolar é um compromisso que o Rio<br />

Grande <strong>do</strong> Sul e o Brasil devem assumir.<br />

Por isso, entre as condições necessárias<br />

para a implementação <strong>do</strong> presente Referencial<br />

Curricular está, sem dúvi<strong>da</strong>, o horário<br />

escolar e seu aproveitamento. Assim, sugerem-se<br />

alternativas de distribuição <strong>da</strong> carga<br />

horária semanal, no currículo <strong>do</strong>s ensinos<br />

fun<strong>da</strong>mental e médio, por áreas <strong>do</strong> conhecimento,<br />

uma com uma carga horária de 25<br />

horas-aula semanais e outra com 30 horasaula<br />

por semana.<br />

A proposta de distribuição de maior número<br />

de aulas para Língua Portuguesa e Matemática<br />

justifica-se por serem componentes fun<strong>da</strong>mentais<br />

para a compreensão e sistematização<br />

<strong>do</strong>s conhecimentos <strong>do</strong> conjunto <strong>da</strong>s áreas <strong>do</strong><br />

currículo. Além disso, concorrem originalmente<br />

para o desenvolvimento <strong>da</strong>s competências<br />

transversais básicas de leitura, elaboração de<br />

texto e resolução de problemas, que orientam<br />

este Referencial Curricular.<br />

Nessas alternativas, com distribuição <strong>da</strong><br />

carga horária por área <strong>do</strong> conhecimento,<br />

excetuam-se alguns componentes, como é o<br />

1<br />

Portela ´et alii´, 1997 e 1998; Fuller ´et alii´, 1999; Santiago, 1990 p. 47-60.<br />

MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 32 24/8/2009 15:45:10

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