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Lançamento do livro "História dos índios no Brasil

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das 21 línguas Karib, o maior número delasse encontra ao <strong>no</strong>rte <strong>do</strong> rio Amazonas,<strong>no</strong> Amapá, <strong>no</strong>rte <strong>do</strong> Pará, Roraima e Amazonas,mas há algumas também mais aosul, principalmente ao longo <strong>do</strong> rio Xingu,<strong>no</strong> Pará e <strong>no</strong> Mato Grosso. Integrama família Karib, ao <strong>no</strong>rte <strong>do</strong> Amazonas, <strong>no</strong>sesta<strong>do</strong>s de Roraima, Amapá, Pará e Amazonas.aslínguas Apalaí, Waimiri (Atroari),Galibi, Hixkaryána, Ingarikó, Kaxuyána,Makuxí, Jayongóng (Makiritáre), Taulipáng,Tirió, Waiwái, Warikyána, Wayána.Ao sul <strong>do</strong> Amazonas, temos o Arara, <strong>no</strong>Pará, e todas as demais <strong>no</strong> Mato Grosso:Bakairí (Kúra), Kalapálo, Kuikúru, Matipú,Nahukwá e Txicão.Também para as línguas Karib, Rodrigues(1985) apresenta algumas evidênciasde ligação genética com o Tupi. Isso poderiaentão significar que houve um ancestralremoto comum para os três maioresgrupos de línguas <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>: Karib, Tupi eJê.Até pouco tempo atrás, considerava--se como certa a existência de um troncoAruák ou Arawák, integra<strong>do</strong> pelas famíliasAruák e Arawá, com várias línguas comomembros. Rodrigues (1986) fala prudentemente,à luz de da<strong>do</strong>s mais recentes, emfamília Aruák e em família Arawá, semrelacioná-las geneticamente, pelo me<strong>no</strong>spor ora.As línguas da família Aruák, que sãofaladas <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e também na Bolívia, Peru,Equa<strong>do</strong>r e Venezuela, se distribuem, <strong>no</strong><strong>Brasil</strong>, desde a região guianesa até o oeste<strong>do</strong> Mato Grosso e Mato Grosso <strong>do</strong> Sul.Entre essas línguas contam-se o Baníwa <strong>do</strong>Içana (um <strong>do</strong>s principais afluentes <strong>do</strong> RioNegro, <strong>no</strong> extremo <strong>no</strong>rte <strong>do</strong> Amazonas),com um grande número de dialetos; o Warekéna;o Tariána; o Baré; o Wapixána (emRoraima); o Palikúr (<strong>no</strong> Amapá); o Apurinã,o Piro e o Kámpa (<strong>no</strong> Acre); o Paresie o Salumã, na região <strong>do</strong>s forma<strong>do</strong>res <strong>do</strong>Juruena (Mato Grosso); o Mehináku, oWaurá e o Yawalapíti (<strong>no</strong> alto Xingu); e oTeréna, que é a língua aruák localizadamais ao sul (Mato Grosso <strong>do</strong> Sul). Segun<strong>do</strong>Urban, a família Aruák (ou Maipure, comoele prefere chamar) teria uma profundidadecro<strong>no</strong>lógica de cerca de 3 mil a<strong>no</strong>s.Não há consenso na literatura sobre suaorigem geográfica, embora esteja claro queem geral seus membros se distribuem maisa oeste que os Tupi, Jê e Karib. Por outrola<strong>do</strong>, "partin<strong>do</strong> da regra de que a área geográficaque contém a maior diversidade linguísticaé provavelemente a zona de origem,a área peruana (centro-<strong>no</strong>rte) seapresenta como o possível local de dispersão"da família Aruák (Maipure) (Urban,1992:95).A família Arawá conta hoje com apenasquatro representantes, muito semelhantesentre si, <strong>no</strong>s esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Amazonase <strong>do</strong> Acre, pelos rios Juruá, Jutaí e Puruse seus afluentes: as línguas Kulína, Dení,Yamamadí e Paumarí.As famílias linguísticas me<strong>no</strong>res, referidasanteriormente, em geral apresentamdistribuição geográfica mais homogénea,e têm provavelmente me<strong>no</strong>r profundidadecro<strong>no</strong>lógica, com me<strong>no</strong>s de 3 mil a<strong>no</strong>sde separação.A família Guaikurú tem um único representante<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, o Kadiwéu, na Serrada Bo<strong>do</strong>quena, Mato Grosso <strong>do</strong> Sul. Asoutras línguas dessa família são faladas porpovos <strong>do</strong> Chaco argenti<strong>no</strong> e paraguaio.A família Nambikwára, falada unicamenteem território brasileiro, <strong>no</strong> <strong>no</strong>roeste<strong>do</strong> Mato Grosso e <strong>no</strong> sudeste de Rondônia,é integrada por três línguas com váriosdialetos: o Sabanê, o Nambikwára <strong>do</strong>Norte e o Nambikwára <strong>do</strong> Sul.A família Txapakúra, pouco conhecida,é integrada pelas línguas faladas pelosPakaanóva, Urupá e Tora, <strong>no</strong> oeste deRondônia e sul <strong>do</strong> Amazonas (e tambémpela língua <strong>do</strong>s More na Bolívia).A família Pa<strong>no</strong>, maior que as demais,tem representantes também na Bolívia e<strong>no</strong> Peru. No <strong>Brasil</strong> apresenta concentraçãomaior <strong>no</strong> sul e oeste <strong>do</strong> Acre, mas tambémse estende por Rondônia e pelo Amazonas.Inclui as línguas Karipúna, Kaxarari,Yamináwa, Kaxinawá, Amawáka, Poyanáwa,Shanindáwa(Arara), Katukína, Nukuini,Marúbo, Mayorúna, Matis (Matsés).A família Mura apresenta apenas duaslínguas remanescentes, faladas pelos Murae pelos Pirahã, na margem direita <strong>do</strong> rioMadeira, entre o Manicoré e o Maici, <strong>no</strong>Amazonas.A família Katukína é integrada pelas

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