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Lançamento do livro "História dos índios no Brasil

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No final <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s80 surgiramdiferentesorganizações eassociaçõesindígenas em to<strong>do</strong> opaís. A COIAB -Coordenação dasOrganizaçõesIndígenas daAmazónia <strong>Brasil</strong>eira,que reúne váriasorganizaçõesindígenas, em seuIII Encontro dereflexão eplanejamento,(1991). Foto EgonHeck/CIMI.contribuição ao desenvolvimento regionale a melhoria das condições de vida da população.Carajás, o mais famoso <strong>do</strong>s projetosmínero-metalúrgicos, é o símbolo <strong>do</strong>modelo colonial mina-ferrovia-porto, desangria das riquezas minerais. O jornalistaEric Nepomuce<strong>no</strong> mostra o grau de absur<strong>do</strong>deste empreendimento: "para produziruma tonelada de íerro-gusa consome--se uma tonelada de carvão vegetal.Exportada para a Europa, essa tonelada deferro-gusa vale aproximadamente 120 dólares.A tonelada de carvão vegetal vale entre300 e 400 dólares". O setor elétrico(Eletrobrás-Eletro<strong>no</strong>rte) tem um pla<strong>no</strong> descomunalpara a exploração <strong>do</strong>s recursoshídricos da região por meio de grandes hidrelétricas.Duas delas, Tucuruí e Balbina,já foram construídas mas a energia gerada,em lugar de atender às cidades e vilas,é destinada à indústria metalúrgica <strong>do</strong>alumínio, a preços subsidia<strong>do</strong>s.A frente mais ampla e extensiva deocupação <strong>do</strong> território amazônico é a exploraçãoagro-florestal e pecuária, que desestruturouo mo<strong>do</strong> de produção extrativistae introduziu um vertigi<strong>no</strong>so processode especulação da terra, de concentraçãofundiária e de devastação da floresta.Este é o modelo de desenvolvimentosustenta<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os brasileiros, a começardas centenas de milhares de agricultoresexpulsos da terra e que hoje perambulampelos campos de garimpo daregião, trabalhan<strong>do</strong> em condições de semi--escravidão, ou engrossam os centros urba<strong>no</strong>scomo mão-de-obra disponível. Empresasde mineração e <strong>do</strong><strong>no</strong>s de garimpoavançam sobre as terras <strong>do</strong>s índios que, indefesos,não têm como resistir às invasões.IIIDesde 1983, com a promulgação <strong>do</strong>decreto n? 88.985, pelo então presidenteFigueire<strong>do</strong>, abrin<strong>do</strong> as terras indígenas àmineração, as pressões contra os índios têmevoluí<strong>do</strong> de forma crescente, embora comvariações de tática por parte <strong>do</strong>s setores envolvi<strong>do</strong>s."De um la<strong>do</strong>, as empresas de mineraçãotentam ganhar <strong>no</strong> papel a legalizaçãodas áreas de pesquisa e lavra comocondição de segurança para seus investimentosde capital. De outro, os empresários<strong>do</strong> garimpo fomentam invasões e intrusõesde garimpeiros em várias áreasindígenas, buscan<strong>do</strong> por meio <strong>do</strong> fato consuma<strong>do</strong>,antecipar-se às empresas.

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