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Lançamento do livro "História dos índios no Brasil

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de <strong>do</strong>s habitantes da terra, cenas grotescasde degradação e estupidez. Essas sãocategorias classificatórias, através das quaiso pensamento ocidental constrói o mun<strong>do</strong>,a <strong>no</strong>ção de tempo, as ideologias de naturalização,<strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mau: imagens <strong>do</strong>bom e <strong>do</strong> mau selvagem, ideias de civilizaçãoe barbárie, que perpassam a representação<strong>do</strong> índio até <strong>no</strong>ssos dias.No segun<strong>do</strong>, percebemos que <strong>no</strong> bojodessa construção emergem <strong>no</strong>vas imagens,que buscam a ordem <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> naturale entendem a humanidade que vivenas florestas tropicais como extensão daprópria natureza, retratada pela estética <strong>do</strong>romantismo <strong>no</strong>vecentista como pródiga eharmoniosa, plena de vida, cheia de core de luz. Através <strong>do</strong> olhar observa<strong>do</strong>r e dapena minuciosa <strong>do</strong> paisagista re<strong>no</strong>va-se aideia de um paraíso natural, repleto de i<strong>no</strong>cênciae prazer.No terceiro, procuramos captar como,em meio à profusão de imagens, o retrato<strong>do</strong> homem revela, pela primeira vez, a diversidadedas culturas observadas. Os desenhosagora fogem aos estereótipos deforma<strong>do</strong>s<strong>do</strong> "índio genérico". As cenasdramáticas da expedição mostram os corposnus a<strong>do</strong>rna<strong>do</strong>s e pinta<strong>do</strong>s, as armase objetos de uso cotidia<strong>no</strong>, as caçadas ea guerra, a vida em família, a dura sobrevivêncianas selvas, o <strong>no</strong>madismo constante,os rituais, as máscaras e as festas. A coletaé sistematizada <strong>no</strong>s museus e osobjetos expostos mostram os traços distintivosde vários povos indígenas: Botocu<strong>do</strong>s,Pataxó, Borôro, Purí, Mundurukú, Júri,Tukuna, Kamakã, Coeruna, Mawé,Apiaká, entre outros.Finalmente, <strong>no</strong> quarto grupo, é a superfície<strong>do</strong> corpo que se revela como objetocentral desse olhar, projeção gráfica deuma realidade de outra ordem, distintivocultural da identidade indígena retratada.O corpo e seu lugar na construção da pessoa.O corpo e a arte plumária como expressãoestética de rara beleza. O artistaocidental diante <strong>do</strong> artista nativo, <strong>do</strong> chefe,<strong>do</strong> guerreiro, da mulher, da criança. Oartista desejoso de fixar para a história <strong>do</strong>homem, através de seu talento, esses <strong>do</strong>cumentos,arquivos vivos de uma outraidentidade.DiferençasSomáticas. "Decascollectionis suaecraniorumdiversarum gentiumillustratas." JohannF. Blumenbach.1790-1828,.Gottingen. Foto:António Rodrigues."A<strong>do</strong>r<strong>no</strong>s plumáriosMawé." Spix eMartius. "Atlas deviagem." Foto:António Rodrigues.

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