te, Canela, Ya<strong>no</strong>mami, Wayana-Apalai,Hiscariana, Karajá, Assurini, Parakanã,Mekra<strong>no</strong>ti e Tuka<strong>no</strong>. Coleção <strong>do</strong> Museu deArqueologia e Et<strong>no</strong>logia da USP (acervooriginário Plinio Ayrosa).PlumáriaTor<strong>no</strong>zeleiras, coifa de penas, braçadeiras,coroas radiais, diademas verticais,grampos de cabeleira, pele emplumada,brincos, saiote e tiaras <strong>do</strong>s índios Karajá,Ya<strong>no</strong>mami, Mekra<strong>no</strong>ti, Wayana-Apalai, Tuka<strong>no</strong>,Bororó, Parintintim, Assurini. Coleção<strong>do</strong> Museu de Arqueologia e Et<strong>no</strong>logiada USP (acervo originário PlinioAyrosa).Teci<strong>do</strong>Redes, tipóias, cintos, tanga de cordões,colar, cobertor, faixas <strong>do</strong>s índiosGuarani-Kaiowá, Surui, Bororó, Wayana--Apalai, Kadiwéu. Waiãpi, Ya<strong>no</strong>mami,Caiuá, Xavante, Gavião, Xikrin e sem identificação.Coleção <strong>do</strong> Museu de Arqueologiae Et<strong>no</strong>logia da USP (acervo originárioPlinio Ayrosa).MáscaraMáscaras rituais <strong>do</strong>s índios Canela, Kayapó,Xikrin, Tuka<strong>no</strong>, Xavante, Waiãpi, Tikuna,Wayana-Apalai e Rio Branco. Coleção<strong>do</strong> Museu de Arqueologia eEt<strong>no</strong>logia da USP (acervo originário PlinioAyrosa).Tupi or <strong>no</strong>t Tupi: diversidadedas manifestações linguísticanas sociedades indígenas"A categoria "índio" só se define poroposição aos não-índios. O "índio" genériconão existe. Existem os Kulina, os Kadiwéu,os Xokleng, os Parintintim, os Xocó,os Ya<strong>no</strong>mami e muitos outros. Osgrupos indígenas não são diferentes apenas<strong>do</strong>s não-índios, mas também se diferenciamentre si. A diversidade está nas tradições,<strong>no</strong>s cantos, nas danças, na arte, nareligião, na eco<strong>no</strong>mia, nas línguas. Cadagrupo indígena tem um mo<strong>do</strong> próprio deser e uma visão de mun<strong>do</strong> específica. Aatitude das sociedades indígenas diante davida, da morte, <strong>do</strong> feio e <strong>do</strong> bonito, <strong>do</strong> possívele <strong>do</strong> impossível varia muito.A língua é, sem dúvida, o primeiro critériosempre lembra<strong>do</strong> em termos de diversificaçãocultural. São cerca de 170 dialetose línguas indígenas conhecidas,classificadas e distribuídas, faladas <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>,atualmente. Poucas foram estudadasem profundidade. Diferenciam-se entre sie também das demais línguas faladas <strong>no</strong>mun<strong>do</strong>, entre outros fatores, pelo conjuntode sons que utilizam e pela forma comocombinam tais sons, forman<strong>do</strong> palavrasque se organizam em frases, queexpressam conceitos particulares e específicos.Algumas dessas línguas indígenasse assemelham e podem ser agrupadas emfamílias linguísticas. Elas mantêm uma origemcomum <strong>no</strong> início e teriam se diversifica<strong>do</strong><strong>no</strong> correr <strong>do</strong> tempo. Povos que falamlínguas semelhantes podem termanti<strong>do</strong> contatos históricos e apresentamalguns traços culturais comuns. Outros, falantesde línguas diferentes, acabaram conviven<strong>do</strong>intensamente, constituin<strong>do</strong> umgrande e único complexo sistema cultural.Embora as sociedades indígenas sejamdistintas umas das outras, é verdade queelas compartilham uma série de traços comuns.Sociedades indígenas são igualitárias,sem estratificações em classes sociaise sem distinções entre possui<strong>do</strong>res <strong>do</strong>smeios de produção e da força de trabalho,entre ricos e pobres, entre <strong>do</strong><strong>no</strong>s e não--<strong>do</strong><strong>no</strong>s. São sociedades que se reproduzema partir da posse coletiva da terra e<strong>do</strong>s recursos nela existentes e da socialização<strong>do</strong> conhecimento básico indispensávelà sobrevivência física e ao equilíbriosócio-cultural <strong>do</strong>s seus membros. Na suamaioria são constituídas por peque<strong>no</strong>s contingentespopulacionais e se caracterizampela ausência de Esta<strong>do</strong> e pelo estabelecimentode obrigações de reciprocidade e de
edistribuição <strong>do</strong>s bens acumula<strong>do</strong>s."Painéis com a classificação de todas aslínguas indígenas faladas <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.Fonte: Aryon D. Rodrigues - Línguasbrasileiras - para o conhecimento daslínguas indígenas. Edições Loyoia, oaoPaulo, 1986.Dois "brinque<strong>do</strong>s" com 24 palavras naslínguas indígenas Kaxarari, Kulina, Waimiri,Apurinã, Kaxinawá, Ya<strong>no</strong>mami, Yamamadí,Xavante, Bororó, Xikrin, Myky, Cinta--larga, Aweti e Tupi Antigo...Habitações indígenas: onde osíndios penduram suas redes"Nas terras baixas da América <strong>do</strong> Sul,o material usa<strong>do</strong> para a construção de casase abrigos varia pouco: a matéria-primaé a madeira para esteios e travessões, folhasde palmeiras para a cobertura e tirasde embira para amarração. Mesmo assim,podemos imediatamente reconhecer umacasa Waurá e distinguí-la de uma casa Xavanteou Karajá.A forma como os membros de umadeterminada sociedade percebem o espaçopor eles habita<strong>do</strong> é extremamente importante.Revela as diferentes concepçõesque envolvem não apenas uma adaptaçãoecológica específica ao meio ambiente, massobretu<strong>do</strong>, apropriações diferenciadas ehierarquizadas <strong>do</strong> espaço habita<strong>do</strong>.As grandes casas <strong>do</strong>s Tuca<strong>no</strong>s, <strong>do</strong> AltoUapés, abrigam uma comunidade inteira,200 a mais indivíduos, e lá dentro sedesenvolvem tanto as atividades cotidianas,como os grandes rituais.Para vários grupos, como os Timbira,Bororó, Xikrin e Xavante, não é a casa oponto de referência, mas sim um espaçomais amplo, a aldeia. Sob o mesmo tetovivem várias famílias nucleares, relacionadaspelo la<strong>do</strong> mater<strong>no</strong>, como, por exemplo,uma mulher de idade, suas filhas e osmari<strong>do</strong>s e os filhos destas. Desta forma asmulheres nascem, vivem e morrem namesma casa. Estes grupos dispõem suashabitações de forma circular. As casas aparecemcomo unidades fisicamente definidase demarcadas onde se desenvolvemPainel com fotografias de casas e aldeias,destacan<strong>do</strong> os Krahô (foto: BeneditoPrezia e Claude Dumenil), Assurini (foto:Fred Ribeiro), Enawenê-Nawe (foto:Egon Heck), Ya<strong>no</strong>mami (foto: Loretta Emihi),Bororó (foto: Luís Donisete Grupioni).Kamayurá (foto: Fred Ribeiro), Matis (foasatividades <strong>do</strong>mésticas ligadas à produção.O centro da aldeia ou pátio, forma<strong>do</strong>pelo círculo das casas, é o espaço das decisõese de toda a vida ritual.De outra forma, as casas Waiãpi correspondemà unidade familiar, ocupadas<strong>no</strong>r anpnas uma família nuclear (pai, mãee iu<strong>no</strong>sj. cm caaa casa vivem de o a / pessoas.A forma <strong>do</strong>s assentamentos Waiãpié extremamente diversificada, não obedecen<strong>do</strong>a nenhum padrão rígi<strong>do</strong>. Algumasaldeias têm apenas uma ou duas habitações.enquanto outras reúnem mais de 15casas. Na aldeia, a casa não representa atotalidade da vida familiar incluin<strong>do</strong>-se,além dela, o <strong>do</strong>mínio particular de cada família,como a casa de cozinha, de <strong>do</strong>míniofemini<strong>no</strong>. Em certas aglomerações épossível distinguir vários pátios. Nesses pátios,delimita<strong>do</strong>s pelas casas se realizam amaioria das atividades comunitárias masculinas.As habitações indígenas não devem servistas apenas pela análise da arquitetura oudas limitações impostas pelo meio ambienteem que vivem estas comunidades. Ascasas representam a visão que cada povotem da vida ideal."
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