10.07.2015 Views

Lançamento do livro "História dos índios no Brasil

Lançamento do livro "História dos índios no Brasil

Lançamento do livro "História dos índios no Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

um determina<strong>do</strong> saber cultural e seus significa<strong>do</strong>sglobais, e uma mensagem semcódigo (de<strong>no</strong>tação), cujo caráter analógicopressupõe sua capacidade de reprodutibilidade<strong>do</strong> real (Barthes 1990).A "cadeia flutuante" de significa<strong>do</strong>s.que levam a uma interrogação sobre a linguagemliteral de<strong>no</strong>tada e a linguagemsimbólica co<strong>no</strong>tada, mantém uma relaçãocom o tipo de imagem com que estamostratan<strong>do</strong>: pintura, desenho, fotografia, cinema,etc. Assim, diz Barthes, enquantolinguagem o desenho se aproxima da fotografia,porém seu valor de de<strong>no</strong>tação éme<strong>no</strong>s puro, uma vez que não há desenhosem estilo, enquanto que na fotografia o"ter esta<strong>do</strong> aqui" i<strong>no</strong>centa a mensagemsimbólica, produzin<strong>do</strong> um mascaramento<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> construí<strong>do</strong>, sob a aparência <strong>do</strong>registro natural (1990:35-37).A leitura de Barthes <strong>no</strong>s conduz à descoberta<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> de "descontinuidade"<strong>do</strong> desenho, enquanto expressão de umdetermin<strong>do</strong> código cultural que permite váriasinterpretações de uma mesma imagem,dependen<strong>do</strong> da contextualização e<strong>do</strong> saber investi<strong>do</strong> <strong>no</strong> olhar. Penetramosaqui <strong>no</strong> terre<strong>no</strong> da ideologia, onde o conjunto<strong>do</strong>s significantes (co<strong>no</strong>ta<strong>do</strong>res) expressamuma retórica, na qual os símbolosmais fortes de uma cultura sãoreifica<strong>do</strong>s em um discurso icônico que os"naturaliza" (p.39-40).O desenho enquanto objeto de estu<strong>do</strong>aponta as mesmas questões que se colocampara a fotografia, referentes às condiçõesde percepção, memória,subjetividade <strong>do</strong> observa<strong>do</strong>r e relação queeste estabelece com a imagem. Sua análisepressupõe, portanto, a necessidade decontextualizar a representação temática àtemporalidade retratada e às peculiaridadesestéticas de produção <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>autor (Leite 1988).Por outro la<strong>do</strong>, o desenho distancia-seda fotografia <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> aponta<strong>do</strong> porBourdieu (1985) <strong>do</strong>s seus usos sociais, namedida em que o desenho requer umaprendiza<strong>do</strong>, uma prática criativa especializadae um grau de legitimação e reconhe-Encantamento."Recueil de ladiversité des habits.qui sont de presenten usage tant enpays d'Europe, Asie,Affique & Islessauvage. Le tout faitaprés de naturel"Paris. RichardBreton. 1564. Foto:António Rodrigues.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!