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Lançamento do livro "História dos índios no Brasil

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Solenidade deabertura daexposição índios <strong>no</strong><strong>Brasil</strong> com apresença da Prefeitade São Paulo, LufzaErundina, daSecretária deCultura, MarilenaChaui e delideranças indígenasGuarani da aldeia<strong>do</strong> Morro daSaudade. Foto: K.Alcovér.tas sociedades indígenas estiveram envolvidas.A partir dessa conceituação da alteridade,passamos para a avaliação das possibilidadesde apresentação museográfica.E aqui tivemos uma grande dificuldade: ade contrapor as representações sobre os índiosrealizadas pelos brancos, com aquelasrepresentações sobre os brancos feitapelos índios, pois buscávamos um equilíbrio,tanto <strong>no</strong> aspecto da comparação formal,quanto na apresentação museográfica.A mitologia é, sem dúvida, o grandeterre<strong>no</strong> para as elaborações sobre o homembranco e sobre o contato. Mas os mitosconstituem uma elaboração filosóficade difícil entendimento e decifração, e muitomais ainda de apresentação museográfica.Há entretanto alguns artefatos produzi<strong>do</strong>spelos índios que ao incorporarempedaços de bens industrializa<strong>do</strong>s, ou representaremde forma pictórica o homembranco, poderiam ser utiliza<strong>do</strong>s para a contraposiçãoque estávamos <strong>no</strong>s propon<strong>do</strong>a apresentar. Há ainda algumas representaçõescerimoniais onde os índios representamos brancos, como por exemplo a festarealizada pelos Bororó, quan<strong>do</strong> satirizama figura <strong>do</strong> branco. Entretanto, os elementosde que dispúnhamos para apresentaro olhar indígena se mostrava muito reduzi<strong>do</strong>e até mesmo empobreci<strong>do</strong> diante <strong>do</strong>que traríamos para apresentar as figuraçõeselaboradas pelos brancos. Na avaliação final,decidimos desistir da contraposição eelegemos as representações sobre os índiose suas apropriações pela <strong>no</strong>ssa sociedadecomo o foco de desenvolvimento <strong>do</strong> conceitoda alteridade e como gancho para aapresentação na forma de umaintrodução- para a segunda e terceira parteda exposição. A visão <strong>do</strong>s índios sobreos brancos -e o registro efetivo de suapresença- foi apresentada na segunda parteda exposição em diferentes módulos.O registro da alteridade serviu de guia,então, para resgatar o imaginário investi<strong>do</strong>na situação de contato e permitiu a organizaçãode um conjunto extremamenterico de obras raras e originais. Aberta comuma reprodução da célebre carta de PêroVaz de Caminha ao rei Dom Manuel, estaprimeira parte da exposição abrigou umconjunto de obras nunca antes reuni<strong>do</strong>.Das cópias das pinturas de Albert Eckhout,feitas por Neils Aagard Lutzen a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong>impera<strong>do</strong>r D. Pedro II, passan<strong>do</strong> por originaisde Debret, Rugendas, Florence eWied-Neuwied; registrou-se a corrente indianistana pintura histórica através <strong>do</strong>s pin-

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