Sarah Dunant – O Nascimento de Vênus (pdf)(rev
Sarah Dunant – O Nascimento de Vênus (pdf)(rev
Sarah Dunant – O Nascimento de Vênus (pdf)(rev
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
— E então? Mais algum pedido, minha mulher?<br />
— Não... — fiz uma pausa — meu marido.<br />
— ótimo — levantou-se da cama. — Mando chamar a sua escrava?<br />
Sacudi a cabeça. Ele inclinou-se e, por um segundo, achei que me beijaria<br />
na testa, mas, em vez disso, passou os <strong>de</strong>dos, levemente, em minha bochecha.<br />
— Boa noite, Alessandra.<br />
— Boa noite.<br />
Saiu do quarto, e alguns momentos <strong>de</strong>pois, ouvi as portas principais da<br />
casa se abrirem e se fecharem atrás <strong>de</strong>le.<br />
Após algum tempo, a sensação <strong>de</strong> queimação entre as pernas esfriou e me<br />
levantei para me limpar. Doeu um pouco ao andar, e minha pele estava áspera<br />
on<strong>de</strong> o líquido ressecara em minha coxa, mas sua meticulosida<strong>de</strong> tinha poupado<br />
minha camisola <strong>de</strong> manchar, e a senti macia ao andar.<br />
Lavei-me cuidadosamente, apavorada <strong>de</strong>mais para examinar meu corpo.<br />
Mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a camisola baixar, passei as mãos sobre o corpo, só para<br />
sentir a seda em minha pele. E dos meus seios e quadris, meus <strong>de</strong>dos<br />
extraviaram-se em direção à minha fenda. E se ele tivesse realmente me rasgado<br />
ali e, agora, houvesse um ferimento que não mais cicatrizasse? Minha mãe e sua<br />
irmã, as duas haviam sido rasgadas por bebês gran<strong>de</strong>s. Isso já teria acontecido<br />
comigo?<br />
Hesitei, <strong>de</strong>pois aproximei mais minha mão, separando meus <strong>de</strong>dos e<br />
<strong>de</strong>scobrindo que o médio <strong>de</strong>slizara mais facilmente para <strong>de</strong>ntro do meu sexo. E<br />
ao fazer isso, a ponta do meu <strong>de</strong>do esbarrou com uma pequena protuberância <strong>de</strong><br />
carne exposta, que quando eu toquei, provocou um arrepio por meu corpo. Senti<br />
minha respiração acelerar e movi <strong>de</strong> novo meu <strong>de</strong>do, cuidadosamente, por ela.<br />
Eu não podia afirmar se a sensação era <strong>de</strong> prazer ou dor, mas me fez suspen<strong>de</strong>r a<br />
respiração e ficar tremendo. Foi assim que o pênis me machucara, expondo cada<br />
terminação nervosa na boca <strong>de</strong> meu sexo?<br />
A quem po<strong>de</strong>ria perguntar? A quem eu po<strong>de</strong>ria contar o que tinha<br />
acontecido entre nós? Retirei rapidamente a mão, meu rosto ruborizado ao<br />
lembrar a vergonha, Mas a minha curiosida<strong>de</strong> era maior do que a dor e, <strong>de</strong>ssa<br />
vez, ergui a camisola, antes <strong>de</strong> meus <strong>de</strong>dos vagarem <strong>de</strong> volta, procurando o<br />
lugar. Na parte interna da minha coxa, um fio <strong>de</strong> sangue aguado, rosa como o<br />
céu ao alvorecer, parecia um bico-<strong>de</strong>-pena em minha pele. Acompanhei-o até<br />
meu pêlo púbico e a ternura <strong>de</strong> minha carícia fez com que as lágrimas<br />
retornassem aos meus olhos. Dobrei o <strong>de</strong>do <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim e, quando esbarrei<br />
com aquilo, parecia uma escoriação. Toquei o ponto sensível e, então, pressionei<br />
mais, preparando-me para mais dor. Pareceu intumescer sob o meu toque e o